capitulo 7

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- Diego

A raiva fervia em minhas veias enquanto eu matutava sobre Julian, aquele desgraçado que adora me contrariar. Chegando no morro do GD, desci da moto e encarei os vapores que me olhavam com surpresa, como se nunca tivessem visto um homem furioso antes.

– O que foi, porra? Nunca viram um cara puto não? – gritei, minha voz ecoando pelas vielas.

Joguei-me no sofá, a frustração me consumindo. Coloquei a mão na cabeça, tentando encontrar alguma calma no meio da tempestade que era minha irritação.

– Qual foi, Diego? Tá todo mal-humorado – Victor se aproximou, sua voz cheia de uma preocupação que eu não queria, mas precisava.

Olhei para ele, sentando-se ao meu lado, e desabafei.

– É aquele filho da puta do meu primo, Julian, que estragou meu dia – falei, a raiva me consumindo

- O que ele te fez de tão grave pra te deixar assim? - Victor perguntou, e eu podia ver a curiosidade em seus olhos.

- Ele nasceu, Victor. Esse é o problema. Ele consegue me deixar de mal humor só de respirar - falei, sentindo o ódio crescer dentro de mim.

- E por que não desce a porrada nele então? - Victor sugeriu, e por um momento, a ideia me pareceu tentadora. Mas eu sabia que violência não resolveria nada. Julian era o tipo de problema que você não resolve com os punhos; você resolve com a cabeça. E eu ia usar a minha para dar um jeito nisso.

- Bem que eu queria dar um fim nessa história com Julian, mas não posso - falo, a frustração evidente em cada palavra.

- E por que não? - Victor pergunta, inclinando a cabeça com interesse.

- Porque meus pais com certeza me expulsariam de casa - digo, coçando a cabeça, o nervosismo me consumindo.

- Se isso for o problema, você poderia vir morar aqui na comunidade - Victor sugere, como se a solução fosse simples.

- Ah, não, nem pensar. Eu estou acostumado a viver no luxo, não aqui na comunidade - falo, encarando-o com determinação.

Estava prestes a continuar, mas sou interrompido pela chegada de Henrique.

- Fala, Didi - ele me cumprimenta com um toque, a camaradagem clara em seu gesto.

- E aí, cara, qual a boa pra hoje? - pergunto, tentando desviar o foco da minha irritação.

- Ah, nada demais. Tem um carregamento de drogas chegando, mas o GD e mais alguns caras foram pessoalmente resolver - Henrique fala, sentando-se com uma tranquilidade que me irrita.

- Entendi. E qual a boa pra não irem à escola hoje? - pergunto, curioso sobre os movimentos do dia.

A preguiça era só uma desculpa, a verdade é que Victor e Christian também não foram, e o que eu faria lá sozinho? - penso alto.

- Então, se eles pularem da ponte, você pularia junto? - provoco, um sorriso sarcástico nos lábios.

- Claro - Victor responde, rindo, como se a ideia não fosse tão absurda.

proibido se apaixonar (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora