Cap 18

165 16 4
                                    

Camila Mendes

KJ abocanhou um dos meus seios enquanto sua mão brincava com o outro. Ele tirou minha calcinha rápido a jogando em algum canto e fez uma trilha de beijos até lá em baixo sem tirar os olhos dos meus, ele brincou com a língua na minha parte íntima desencadeando diversos tipos de sensações. Meu corpo se contorcia todo e KJ segurava forte minhas pernas para que eu não as fechasse.

Em algum momento eu pedi para que ele parasse com aquela tortura e ele pareceu tão necessitado quanto eu. KJ tirou a cueca e esfregou seu pênis ereto no meu sexo me tirando suspiros, até que ele me penetrou com calma me causando uma dor imensa. Gemi alto com a dor mas KJ não se importou e continuou o que estava fazendo e em alguns segundos depois a dor foi substituída por um prazer imenso acompanhado de sons altos vindos de nós dois.

Eu sentia que meu orgasmo estava chegando, mesmo que eu nunca tivesse sentido isso antes, meu corpo estava trêmulo e cada vez eu lutava para ter KJ para mais dentro de mim. Dizem que esse momento é inexplicável e realmente estava sendo. Eu senti nescidade de dizer algo a ele mas eu simplesmente não conseguia.

-Ka-ge... - cravei minhas unhas em suas costas sentindo sua respiração ofegante para mais perto do meu ouvido.

-, Cami. - ele disse num gemido como se também precisasse dizer algo e seus movimentos só aceleraram.

Pensei em dizer o que sentia ou como me sentia, mas novamente o sentimento de prazer invadiu todos os meus sentidos. Minhas costas arquearam e meus músculos das pernas endureceram, mordi o ombro de Apa pra abafar um gemido e permaneci alguns segundos ali me recuperando, só assim eu pude perceber o tapete felpudo debaixo das minhas costas, eu e ele já não estávamos mais no sofá.

Ele caiu do meu lado e me puxou para mais perto dele, eu não conseguia ter controle sobre meu corpo e podia ouvir o coração de KJ completamente acelerado feito o meu.

Meus olhos pesaram um pouco e eu dormi rapidamente no calor do corpo de Apa...

Abri os olhos e não o encontrei ao meu lado, a sala estava iluminada apenas pela televisão no mudo mas eu podia ver que KJ não estava na sala. Senti a textura do lençol por cima do meu corpo, coisa que não tinha quando dormi e respirei fundo tendo o perfume de KJ refrescando minha memória.

Me levantei devagar e senti minhas pernas fraquejarem com um pouco de dor. A ficha tinha acabado de cair que eu tinha perdido a minha virgindade. Assim como todas as outras meninas, eu sonhava que fosse algo especial - a luz de velas, talvez. Mas não... foi no sofá de uma sala com um cara extremamente assustador para a sociedade. Porém eu não me sinto nem um pouco arrependida, foi bom e foi com alguém que me deixou completamente a flor da pele. Deixei um sorriso bobo escapar e enrolei meu corpo no lençol enquanto procurei por KJ pelo andar de baixo.

Suas coisas são tão bem organizadas que chega me assustam. Fui para a cozinha que não tinha ao menos um copo sujo na pia e abri a geladeira a procura de algo para comer, mas não encontrei nada que me seduzisse.

Continuei andando pelos cômodos debaixo a procura dele, porém nem sinal dele. Resolvi ir para o andar de cima e quando subi as escadas vi no relógio do corredor que era quase nove da noite e eu precisava voltar pra casa ainda hoje, minha vó já devia estar preocupada. Aliás, eu sai a tarde para fazer um trabalho...

O quarto de Keneti estava intacto, o lençol colocado perfeitamente na cama, os travesseiros sem nenhum amasso e a escrivaninha perfeitamente arrumada. O closed dele me chamou atenção por ter tudo separado e organizado por cores. Puxei a cordinha para ligar a luz do espaço enorme onde ele guarda suas roupas e deslizei os cabides das camisas dele para o lado, fechei os olhos e puxei uma. Era preta - minha cor favorita de roupas e serviu como um vestido para mim. Dobrei rápido o lençol que antes estava enrolado no meu corpo e coloquei sobre a cama dele.

Depois de rondar pela casa toda, eu me dei conta de que KJ  havia saído. A frustração já estava aparente, meus dedos não paravam de batucar a mesinha de centro e minhas pernas estavam inquietas. Na casa não haviam fotos, nem lembranças, algo sobre a mãe dele, o irmão que morreu ou até mesmo algo de Sofi. Isso é tão estranho, é como se ele escondesse quem ele é e de onde veio. Procurei meu celular pela bolsa e quando encontrei disquei o número de Lili:

- Falaaaaaaa. - disse Lili empolgada do outro lado da linha.

- Você pode vir me buscar, por favor?

- Onde você tá?

- Na casa do Keneti ...

-OQUEEEEEEEEE?? - ela berrou fazendo eu afastar o celular do ouvido.

- Vim fazer o trabalho lá...

- Vou ver se pego o carro da minha mãe e em dez minutos to ai. Beijão.

- Valeuuu, beijos.

Desliguei o telefone e inalei mais um pouco do cheiro de KJ em sua camisa. Sai a procura das minhas roupas e as encontrei espalhadas pela sala, menos meu sutiã. Vesti-as sem sutiã mesmo e fiquei esperando por Lili. Eu sou uma pessoa tão chorona e estava me segurando para não chorar. Eu queria acordar e ter certeza de que tudo foi real, de que KJ consegue ser um ser humano mesmo, que ele tem sentimentos e que eu consegui notar... mas ele simplesmente saiu. Sabe lá Deus se ele dormiu quando eu dormi ou a que horas me deixou sozinha. Meu corpo estava tão exausto que eu só queria voltar a dormir e me forçar a lembrar apenas do que foi bom.

Mas o que ele queria me falar?

O que eu preciso saber sobre ele?

Quanto mais eu acho que sei sobre Apa, menos eu sei...

.......

O que será que aconteceu pro Kj a ter deixado sozinha? Como as coisas ficarão depois disso?

Nightfall- KjmilaOnde histórias criam vida. Descubra agora