Cap 22

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Só se preparem!

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Diga que me ama na minha cara
Eu preciso disso, mais do que do seu abraço...
Só diga que me quer, isso é o bastante
Meu coração está se despedaçando pelos seus erros

Camila Mendes

Entreguei meu trabalho ao professor aliviada. Eu enrolei tanto pra fazer e no fim não saiu o que eu queria, mas dava pra ganhar uma nota. Estava todo mundo falando da tal férias e do quanto estavam empolgados, mas eu não estava. Não teria nada pra fazer, nenhum lugar pra viajar e ainda teria a decisão pra tomar de voltar pra Inglaterra. Nas férias eu ficaria presa em minha própria mente.

- Sua vó melhorou? - perguntou Lili enquanto saíamos da sala.

-Ela está bem.

- Eae, meninas. - Cole seguiu caminho ao nosso lado com um lindo sorriso no rosto.

- Quanto tempo, Col. - disse.

- A vida anda corrida, Camimi.

- Eu que o diga...

- Festinha, bora?

- Quando? - indagou Lili empolgada.

- Hoje, as onze.

- Não sei se vou, quero ficar em casa. Caso minha vó passe mal. - esse com certeza era um motivo para eu não ir, mas também tinha a falta de vontade.

- Poxa, não tem ninguém pra ficar com ela? - perguntou Cole. - Chama a vizinha.

- Eu não vou me divertir enquanto minha vó corre risco de vida.

Cole e Lili se entreolharam me fazendo ficar com raiva. Quando virei o corredor da escola dei de cara com aquela aluna nova, a menina não me cheirava bem, depois que vi ela conversando com KJ peguei nojo dela. Não foi ciúmes ou algo parecido, é apenas desconfiâmetro. Ela me encarou um pouco e continuou andando, mesmo sem nunca ter conversado com ela eu tinha a impressão de que ela me odiava. Mas o sentimento é recíproco...

Quando cheguei em casa, assim que pisei na sala, vi minha avó tomando café junto com uma mulher ruiva-falsa ao seu lado. Olhei desconfiada e elas notaram minha presença.

- Até que em fim chegou, Cams! Vem, senta com a gente. - disse a senhora. - Essa é Penélope, minha filha, sua tia.

Apertei a mão da ruiva e ela me deu um sorriso falso.

- É um prazer Came. Vim pra cuidar da minha mãe. Peguei férias do meu trabalho.

- É Camila. - corrigi.

- Que ótimo, é bom que você lembre da sua mãe. - notei que o clima ficou um pouco pesado, talvez ela tenha me entendido errado.

- Vai ficar aqui nessa casa?

- Vou. Não quero deixar essa responsabilidade para uma menina de quinze anos.

- Na verdade, eu tenho dezessete.

- Grande diferença... - ela fez careta.

- Está tudo bem, vó? - ignorei a ruiva.

- Sim, querida. Como foi a escola? - me joguei no sofá e olhei para o teto pensativa, quando KJ não vai pro colégio ele se torna chato.

-Tudo como sempre.

-Entregou aquele trabalho que você foi fazer na casa do seu amigo?- as memórias daquele dia surgiram na minha mente e eu não sabia se sorria ou se chorava.

Nightfall- KjmilaOnde histórias criam vida. Descubra agora