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Eu comi o que o cara tinha deixado ali, escutei o barulho de um carro ligando e corri pro banheiro pra tentar olhar pela janela.
Passar o dia naquele lugar foi horrível, tentei abrir a porta do quarto, a janela do banheiro e não consegui.
Conversei com a minha filha eu estava com sono, mas tinha medo de dormir. Não sabia se tinha mais alguém na casa. A bebê chutou e eu respirei fundo...
Kate: Tudo bem princesa. Nós vamos ficar bem, seu pai deve estar vindo... Ele não vai deixar a gente aqui, nem o tio Topper...
Quando estava anoitecendo um outro cara entrou naquele quarto, com outra bandeja...
Xx2: Você é mais bonita pessoalmente
Kate: Vai ser assim? Eu vou ficar presa e vocês vão trazer comida?
Xx2: Melhor do que nada não é?
Ele virou de costas pra pegar a bandeja da mesa, eu aproveitei a porta aberta e sai correndo...
Xx2: Sua vadia *grita*
Eu corria o mais rápido que conseguia, bati na parede algumas vezes porque fiquei um pouco tonta. Tinha uma escada, e eu subi, o cara corria atrás de mim gritando e me xingando.
Passei por uma porta e bati ela, era uma casa grande, eu corri pra onde era a cozinha. Abri umas gavetas rápido e peguei uma faca. Quando cheguei na porta dos fundos estava trancada, mas a chave estava ali, eu abri e corri, mas assim que passei pela porta tinha outro cara no jardim.
Ele me viu e correu na minha direção, o outro que estava correndo atrás de mim puxou meu cabelo pra me segurar. Eu dei um grito de dor e susto...
Kate: Socorro! Alguém me ajuda
Xx3: Faz essa vadia ficar quieta *grita pro cara*
Xx2: Você só não vai levar uns bons tapas porque o chefe iria ficar com raiva. E porque você está grávida. Mas se eu fosse você ficava quietinha *fala e coloca uma arma nas minhas costas*
Eu respirei fundo, pensando se valia a pena tentar enfiar aquela faca nele e correr. Mas ainda tinha o outro cara, e eu não podia colocar minha filha em risco.
O cara foi me puxando pra dentro da casa, e refez o caminho até o quartinho em baixo da casa, o outro cara entrou mas não nos acompanhou. Ele já não estava mais com a arma nas minhas costas, mas ainda estava apontando pra mim.
Eu sentia meu corpo tremendo a cada passo que eu dava. Comecei a pensar em como o Rafe resolveria essa situação. O Rafe me ensinou algumas coisas na teoria...
Kate: Nós vamos ficar bem bebê *falo baixinho olhando pra minha barriga*
Quando descemos as escadas escutei a porta bater. Tinha que ser agora. No último degrau eu usei a mão pra levantar a arma e dei uma joelhada nas partes baixas do cara. Ele caiu no chão ajoelhado, e eu dei uma joelhada no rosto dele, cravei a faca no braço dele, fazendo ele soltar a arma.
Peguei a arma e ele levantou pra vir pra cima de mim, a faca estava na minha mão, cheia do sangue dele. Quando ele chegou bem perto, eu enfiei a faca na barriga dele. Ele me olhou com os olhos arregalados e eu devia ter atingido alguma coisa importante, porque ele foi caindo pra trás.
Ele caiu no chão, eu vi as minhas mãos cheias de sangue e tremendo. Eu tinha matado aquele cara, senti meus olhos enchendo de lágrimas. Mas parecia que eu escutava a voz do Rafe na minha cabeça, falando "você fez o que achou que era certo" a faca ainda estava cravada na barriga do cara. Eu abaixei do lado dele, ele estava sem conseguir gritar, tinha sangue no chão se espalhando...
Kate: Você não sabe do que eu também sou capaz. Esqueceu que eu sou a mulher do Rafe Cameron? *Falo olhando pra ele com nojo e levanto*
Eu fui andando até a escada e quando cheguei na metade da escada olhei de novo pro cara no chão...
Kate: Vai pro inferno...
Ainda tinha o outro cara lá em cima, ele também tinha uma arma, então eu tinha que ser rápida. Abri a porta e passei indo pra sala, olhei em volta pra ver se o cara estava ali e nada.
Corri até a porta da frente e estava trancada, escutei passos na escada vindo do andar do andar de cima da casa. Me escondi e o cara passou por mim. Ele estava de costas, eu mirei e apertei o gatilho, uma, duas, três vezes, foi como se ele caísse no chão em câmera lenta.
Joguei a arma no chão, respirando ofegante, olhando minhas mãos cheias de sangue. Senti um chutinho bem de leve, como senti como se fosse minha filha dizendo que iríamos ficar bem.
Eu nunca tinha feito aquilo na minha vida, respirei fundo e andei até o cara caído, procurando um celular ou alguma coisa. Achei o celular e um chaveiro com três chaves, eu peguei, andei rápido pra porta da frente. Uma das chaves destrancou a porta, eu respirei aliviada.
Abri a porta e sai correndo digitando o número do Rafe no celular e antes que eu pudesse apertar pra ligar. Dois carros pararam, um deles me fez parar e engolir em seco. Dois caras saíram do carro preto, e um outro saiu sozinho do carro prata.
Eu sabia que tinha que correr e foi isso que eu fiz, mas eu estava exausta e com falta de ar, meu peito queimava de falta de ar.
Os caras conseguiram me pegar, e eu apertei o botão pra ligar, um deles puxou o celular da minha mão e desligou a chamada, e colocou no bolso.
Tinha um de cada lado me segurando pelos braços, me levaram de volta e eu vi o filho da puta parado, encostado no carro me olhando, com os braços cruzados, sem nenhuma expressão no rosto...
Kate: Por que? Por que está fazendo isso comigo? *Falo chorando e ele desencosta do carro*
Deran: Sinto muito filha. Tenho que fazer o que é melhor pros meus planos...

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