O sol estava forte do lado de fora daquela pequena casa, o barulho dos carros passando invadiam o interior do lugar e um vento leve balançava as cortinas do quarto rosa enjoativo, o caminho entre a entrada até um corredor cheio de portas estava repleto de peças de roupas e sapatos jogados. Tudo ali estava tranquilo e silencioso, bem, na verdade nem tão silencioso quanto era de se esperar.
— Oh....Matt...
— Será que você pode fazer um pouco de silêncio?
— D-descul... você é incrível — Uma voz aguda e alta soava — E-eu estou quase...
Mas eu não comecei direito.
— OH MATT.
— Shhhhhhhh — O guitarrista falou tampando de leve a boca da ruiva embaixo de si. — Não precisa desse estardalhaço.
— Você quer me enforcar? Eu gosto de violência
— Eu não vou te enforcar...
— OH EU ESTOU CHEGANDO.
— Para de gritar.
— Ai meu Deus isso foi bom.
Matthew se jogou ao lado da garota ruiva que não conseguia controlar seus gemidos enquanto ouvia ela respirando pesadamente, o guitarrista não havia chegado nem perto de seu ápice e aquilo o deixou com um extremo mal humor, sua cara nervosa estava encarando adesivos idiotas no teto do quarto da garota e uma pequena memória surgiu em sua cabeça sendo logo jogada para fora.
— Sabe, eu estava pensando — A garota falou se aninhando em seu peito. — Podíamos comer alguma coisa, um café com bacon, suco, o que acha?
— Eu...
— Estou livre durante o dia inteiro, fiquei sabendo que hoje vai ter um evento legal no Central Park, ia ser um programa divertido para fazermos.
— Tenho que trabalhar — Matthew se desvencilhou da ruiva recolhendo suas roupas pelo chão e as vestindo depressa.
— Mais já? Hoje é segunda e são oito da manhã, que eu saiba o bar não abre esse horário.
— Preciso organizar as coisas para quando abrir estar tudo certo.
— Quem sabe eu possa ajudar.
— Não precisa, sei me virar.
— Eu te vejo depois não é? — Ela perguntou com uma voz melosa.
— É...acho que sim.
Como um furacão, Matthew Turner saiu daquela casa desconhecida e que possuía um forte e desagradável cheiro de lavanda entrando no carro parado a frente do portão, ligou-o rapidamente e sentindo o calor do sol abriu o vidro o máximo que podia e saiu em direção às ruas de Nova York. Aquilo não era algo tão incomum na vida do guitarrista durante os últimos meses, dirigir por algumas ruas desconhecidas após uma noite de sexo com alguma garota que conheceu na noite anterior estava virando uma rotina em sua vida, uma rotina diferente do que ele esperava a alguns meses atrás...
Podemos pular essa parte.
Ao ligar o rádio do carro, uma música que ele costumava tocar em sua guitarra começou a soar e Matthew voltou sua atenção para as ruas movimentadas que virava, seu mal humor habitual estava estampado em suas sobrancelhas franzidas e nos olhos escuros focados a sua frente, o cabelo rebelde do guitarrista voava levemente com o vento e um de seus braços estava apoiado na janela aberta enquanto o outro segurava o volante com desleixo. Enquanto cantarolava baixinho a melodia que ouvia, sua mente trabalhava a todo vapor listando todas as coisas que ele deveria realizar aquela manhã, fazer uma encomenda de bebidas, reorganizar o lugar das mesas, pagar os músicos amadores que tocavam e milhares de outras tarefas comuns em seu dia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não me deixe ao caos
Romance"Dentre todas a pessoas no mundo, você é a única que eu torço todos os dias para não me odiar nunca mais. Eu preciso de você..." Pessoas quebradas e confusas magoam pessoas quebradas e confusas. Essa é uma frase conhecida e criada por provavelmente...