Capítulo 7 - Morreria por você

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— QUE MERDA VOCÊ ESTAVA FAZENDO ALI CASSIE?

Amélia estava brava, ela estava muito, muito brava com Cassie e a loira sabia disso, mas sua cabeça não conseguia pensar em nada além dos dedos de Matthew e em sua voz grossa e rouca de sempre sussurrando levemente em seu ouvido.

— Tomando um ar.

— Tomando um ar?

— Sim, eu estava com calor lá dentro.

Aquela era uma péssima desculpa mas tinha um fundo de verdade, após muitos drinks e danças sem sentido a garota realmente precisava tomar um ar e ao ver Matthew Turner saindo de trás do balcão de bebidas extremamente bravo, Cassie sentiu que o álcool em seu corpo a incentivou a segui-lo e quando percebeu, já estava prensada na porta e próxima o suficiente do guitarrista. Ela não iria mentir, por mais que odiasse o garoto naquele momento a loira queria segui-lo, queria beijá-lo, queria sentir seu cheiro e seu toque, queria...

— Vocês se beijaram? — Amélia disse trazendo Cassie de volta para a realidade, uma realidade onde ela estava encostada na parede do banheiro ouvindo a amiga perguntar coisas que ela não queria responder.

— Não.

— Você bateu nele?

— Não.

— Isso é um bom começo.

— Ótimo, podemos voltar para a festa? — A loira disse sem paciência.

— NÃO!

Cassie franziu o cenho em confusão, o grito de Amélia a pegou totalmente de surpresa e ao encarar o rosto da amiga teve a total certeza de que ela não parara de falar não por preocupação com Cassie, mas sim porque estava nervosa com algo, e a loira tinha uma vaga impressão de que sabia o motivo desse nervosismo todo.

— Não estamos aqui por minha causa não é?

— Eu acho que estou ficando louca — Amy disse com os olhos arregalados em preocupação.

— Kevin?

— Porra ele é... ele está...aquela merda de camiseta...

— Ok, se você não montar frases que façam sentido eu nunca vou conseguir te ajudar — Cassie disse calmamente.

— Não consigo fazer isso Cass, que merda, ele não... na verdade ele...

— Minha nossa você é péssima quando está nervosa, podemos sentar cada uma em uma cabine e você pode me contar tudo, como se estivesse fazendo uma confissão na igreja.

— Cass!

— Minha saia está curta mas posso ser uma freira, acho que elas também podem ouvir confissões.

— Aí cala a boca — Amélia deu uma pequena risada e logo em seguida respirou profundamente. — É difícil conversar com ele, na verdade acho que nem ele quer conversar comigo depois de tudo que aconteceu.

— Você quer dizer depois de você ter dado um pé na bunda dele.

— Era para você servir como apoio e não jogar na cara o que eu fiz.

— Foi mal — A garota segurou uma risada. — Está arrependida?

— Você sabe que era a melhor coisa a se fazer.

— Na verdade...

— Eu não estou pronta Cass, também não acho justo colocar problemas da minha vida em cima dele, seria informação demais.

— Eu, Grace e Miles sabemos de tudo e não achamos que é informação demais, na verdade ficamos felizes que você foi sincera e nos contou tudo.

Não me deixe ao caosOnde histórias criam vida. Descubra agora