Capítulo 11 - A primeira vez

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A dor de cabeça de Cassie estava piorando a cada segundo dentro daquela espaçosa sala de aula, Amélia não parecia estar de bom humor também já que seu rosto estava estranhamente emburrado e sem seu sorriso habitual de sempre, era anormal para ela.

— Onde está seu gloss?

— O que?

— Seu gloss, onde está? — Cassie repetiu a pergunta.

— Na mochila, bolso da frente, porque quer meu gloss?

— Sei lá, estou entediada

— Cass...

— Você tem noção de que ele foi até a minha casa e pediu para dormir lá? Tudo bem, ele tinha problemas e fala sério, não tinha como não ter dó dele, a cara dele estava igual a daqueles jogadores de UFC.

— Foi uma atitude boa.

— Eu sei que foi mas, que merda Amy, porque meu coração tinha que ser tão bom ein?

— Cass vocês transaram? — Amélia perguntou curiosa.

— O que? Claro que não!

— Shhhhh — Um garoto sentado a algumas cadeiras a frentes resmungou alto.

— Claro que não — Cassie sussurrou. — Mas não vou negar, ele é gostoso até fodido como estava.

— Ninfomaníaca.

— Vai a merda.

A loira, emburrada e soltando uma pequena risada, se encostou na cadeira enquanto ouvia mais milhares de regras para ser um advogado de sucesso ou algo parecido saindo da boca do professor no centro da sala, sua mente no entanto estava longe daquele lugar. Quando Cassie acordou na manhã anterior Matthew já havia ido embora e Jack estava sentado na mesa trabalhando como sempre, o que significava que provavelmente Ruby estava de volta e também havia conhecido o guitarrista.

Era muita informação e muito sentimento para a estudante de Direito, mesmo tendo uma ótima mente para lidar com problemas e decorar leis e regras ela não funcionava nada quando o assunto era sentimentos e problemas amorosos, piorava quando esses assuntos estavam relacionados a uma certa pessoa de cabelos escuros e um incrível dom de irritá-la.

— O que Ruby disse quando te viu?

— Perguntou se foi eu quem bateu nele naquele jeito.

— Só isso? — Amy riu. — Ela te conhece mesmo.

— Gente, fodeu.

As suas amigas se voltaram surpresa para a voz que vinha às suas costas, Grace estava ali com o rosto extremamente vermelho e seus olhos arregalados em desespero, algo estava acontecendo e ela com certeza precisava de ajuda, ou alguém precisava.

— Quem morreu?

— Credo Cass, erva daninha.

— Erva daninha? Que tipo de apelido é esse? — Cassie riu.

Eu preciso de ajuda — Grace sussurrou.

— O que foi? — Amélia falou encarando a amiga com preocupação.

Grace conseguiu subir um tom na escala de vermelhidão enquanto olhava para seu colo concentradamente, era engraçado vê-la sem graça, ela era diferente de Amélia e com certeza completamente o oposto de Cassie, estava estampado em seu rosto que ela precisava de ajuda.

— Ok, código ladrilhos — A loira revirou os olhos e se levantou com as amigas em direção a porta da sala.

Aquilo tinha virado um hábito infantil e completamente útil que o trio de garotas inventou, se algo tinha que ser resolvido rapidamente, alguma fofoca famosa da universidade estava circulando ou até mesmo algo idiota como um alface no dente elas apertavam o botão imaginário do "Código ladrilhos". O que era na verdade, apenas um nome bonito para "reunião no banheiro".

Não me deixe ao caosOnde histórias criam vida. Descubra agora