Capítulo 53

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Olho a enorme loja perto da praça ofegante. Kayllane é uma louca por adrenalina, tanto que tive um puta medo de vomitar meu neném de tanto gritar por ela ter acelerado tanto nas ruas, me senti em uma corrida de carros.

-Chegamoos, e aí o que acharam da corrida?-Pergunta olhando nossas caras surpresas e assustadas com um sorriso divertido.

-Você subornou o seu professor de direção?-Pergunta Vanessa a fazendo rir.

-O Ethan me faz essa pergunta até hoje.-Diz divertida.-Vamos as compras, relaxem meninas.-Diz estacionando o carro e saindo dele. Faço o mesmo trêmula e respiro o ar puro enquanto agradeço por minha vida. Depois do choque inicial, seguimos juntas pra loja elegante e nos separamos pra procurar as fantasias e máscaras, a ideia é não deixar que nenhuma saiba qual roupa a outra está levando, pra ser uma surpresa pra todos na hora da festa, o que facilita tudo é o fato da loja ser imensa e com dois andares então duas de nós ficamos aqui embaixo e as outras três ficaram lá no corredor de cima. Sigo pelos imensos corredores olhando as variedades de roupas e vestidos. Olhos vários deles até me decidir por um longo cor vermelho escuro perto do vinho com um longo decote e andando mais um pouco, me decido por uma máscara branca e preta linda. Vou pro provador e visto o longo vestido sorrindo ao ver que o decote vem até perto do umbigo

Poderia parecer exagerado mas nesse modelo de alças finas, ficou perfeito. Pego meu telefone e mando fotos pra Leon.

"E aí levo ou não? 🤔🤔"

"Leva, com certeza, você me deixou de pau durasso, você com certeza é a mamãe mais linda desse mundoooo."

Manda me fazendo rir muito. Mudo rapidamente minha roupa e vou até o caixa pegando meu cartão e o pagando. Assim que a moça coloca a máscara e meu vestido na sacola, vejo a ruiva vindo até o caixa com um vestido branco em mãos. Tão clichê tentando passar a imagem de um ser angelical. penso revirando os olhos.

-Aqui senhorita, muito obrigada pela compra.-Diz a caixa me devolvendo o cartão e me entregando a sacola. Espero sentada nas poltronas mexendo em meu telefone e reviro os olhos ao ver a ruiva sentar na poltrona a minha frente momentos depois me encarando com raiva.

-Você se acha a mulher mais bonita desse mundo não é? Sua amarela de merda.-Diz mostrando finalmente sua verdadeira face.

-Não sou amarela ruivinha, sou indígena, pelo menos é isso que consta em minha certidão de nascimento, e não vejo nenhuma merda além de você.-Digo calmamente enquanto coloco na câmera e começo a gravar, colocando meu celular disfarçadamente na barriga reprimindo meu ódio.

-Por que não volta pra o meio do mato e me deixa em paz com o meu homem? Você não passa de uma vagabunda!-Fecho minhas mãos em punhos enquanto respiro fundo lhe dando um sorrisinho.

-Calunia e difamação é crime sabia ruivinha? Racismo também.-Digo em um tom calmo a fazendo rir.

-Você acha mesmo que eu me importo com isso? Não reparou que eu sou branca não? Você acha mesmo que com essa justiça de merda do nosso país eu iria mesmo ficar presa? Além de burra você é uma puta, uma mulher de merda! Eu te odeio sua Índia filha da puta!-Diz pegando com força o vão das cadeiras. Respira Sam, você sabe como se vingar direito de putas como essa. Pego meu telefone e salvo o vídeo.

-Coitadinha, está bravinha porque o idiota que iria te bancar prefere a mim do que você? Tadinha, quer um abraço?-Pergunto com um sorriso debochado.-Você vai me pagar muito caro por todas essas coisas que me disse sua desgraçada filha da puta.-Digo com um sorriso.-Eu realmente não iria querer ser você a partir de agora.

-Eu juro que vou me vingar de você sua vaca, você me paga!

-Entra na fila bebê.-Digo lançando uma piscadela mas ela não pode me responder mais já que as meninas chegaram com suas sacolas.

O mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora