oito

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Quem inventou essa coisa de que limonada dá futuro? É mentira, ainda mais se alguém vender isso por um mísero real. Você passa a tarde fazendo litros dessa coisa e vende quinze reais por dia, é muita coisa se pensar que seu pezinho de limão vai dar setenta limões todo santo dia, o que é mentira.

E é por motivos assim que minha linda pessoa vende sua deliciosa limonada duas vezes na semana, isso na primavera, e três vezes quando é verão. Estamos no Canadá, esse lugar é gelo puro em qualquer outra estação.

Aqui é verão agora. Diferente de provável qualquer lugar no mundo, onde eu moro, as férias acontecem no inverno. Neve pura, é doido quem sai de casa nessa época.

Mudando rapidinho de assunto, Jaehyun não me pagou até hoje, aquele filho de uma mãe muito legal. Falei na praga e ele tá andando na direção da minha barraquinha. Taeyong, apenas exista e ignore.

Ele começou a falar e eu fingi que não estava ouvindo. Ele falava e eu fingia que ele não estava ali. Ele mesmo disse que era para ser como era antes, então vai ser como era antes.

-Tae, para de pirraça. - Suspirou tocando de leve em minha mão e voltando rapidamente.

-O que você quer?

-Não sabia que doeria tanto ser rejeitado? - Ironizou. Ele ironizou bem na minha cara bonita.

-Não era para voltarmos a agir como antigamente?

-Não leve ao pé da letra.

-Você não disse o que queria e essa sua cara feia tá atrapalhando meus negócios.

-Então eu venho até vossa realeza lhe pagar pelos pequenos ocorridos de algumas semanas atrás. Como você não me informou sobre os valores exatos dos meus descuidos, eu espero que isso cubra mais da metade dos gastos.

O safado me entregou um bolo médio de dinheiro e ficou parado com um sorriso simpático no rosto. Contei o dinheiro, tem muito até, sete reais a menos que a quantidade exata, que bom. Espera, ele ainda está sorrindo esquisito.

-Você tá bem? - Falei hesitante, cara estranho.

-Sim, por que não estaria?

-Você é esquisito. Quer uma limonadinha pra refrescar a vida?

-Tae, deve estar fazendo uns quinze graus. - Ele rodeou a mesa até estar do meu lado e escorou nela.

-Sim, tá quente.

-Eu tô usando três moletons.

-E eu custando ficar com uma blusa.

-Por que não tira ela então? - Agora você esntende o motivo de eu chamá-lo de safado, certo?

-Não sei, me responde você. - Sim, eu debochei tediosamente.

-Não faz assim, pedi aquilo para o seu próprio bem.

-Então se explique, por favor.

-Não, gosto de te ver com raiva.

-Você é psicopata.

-E você é fofo. - É claro que eu levantei uma das sobrancelhas questionando isso.

-Fofo? Eu não sou fofo. - Fiz um bico descontente e franzi a testa levemente. Demorei pra perceber isso, caso queiram saber.

-É sim. - Riu. - Até mais, Taeyongie. - Me beijou. Ele me deu um selinho na cara dura, sem vergonha do cão. Ainda saiu rindo!

Sinceramente, não tenho nem forças pra me alterar. Menos ainda pra responder a entrevista gigante da minha avó sobre isso. Então apenas durma, pequeno TY.

lemonade · jaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora