A Festa

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Estou em um processo migratório do Spirit para cá, pretendo manter as duas redes sempre atualizadas. Por conta disto, as atualizações desta fanfic vão ser mais "rápidas" até que ela se iguale aos capítulos já postado no Spirit.

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A festa era a fantasia, o que de fato não me surpreendeu, os Jeon's eram conhecidos por suas festas maravilhosas e sempre possuíam várias formas de inovar e neste ano não seria diferente já que aparentemente a inovação era ir caracterizado em uma fantasia para se juntar ao casal na comemoração de mais um ano juntos. Conhecendo Yoora, sabia que não havia a mais remota possibilidade de ir sem estar devidamente caracterizado, ou ela não deixaria entrar, ou pior, ela mesma arrumaria uma fantasia e por seu gosto peculiar, seria algo quase beirando ao nudismo.

Enquanto me arrumava, passando uma maquiagem básica já que tinha certeza que não ficaria a festa toda com aquela máscara, lembrava da última festa organizada por ela que eu fui, acabei de ressaca e jurando nunca mais tomar outro porre na vida. Me olhei no espelho satisfeito com o resultado da maquiagem combinando com as lentes de contato, sendo uma delas azul e a outra verde, arrumei meu cabelo mesmo sabendo que a máscara iria bagunçar ele todo. Caminhei até o closet pegando a roupa que havia separado para a ocasião, uma camisa de mangas longas e gola alta na cor preta que praticamente colava ao meu corpo, a calça de couro preta extremamente justa que valorizava o corpo que havia sido abençoado, calcei os sapatos seguindo a mesma paleta de cores da roupa, puxei as luvas em cima da cama e as coloquei, as mesmas formavam patinhas fofas e por último, coloquei a máscara com cuidado para não borrar a maquiagem e evitar um estrago enorme no cabelo, vendo que ficaria bom a retirei segurando-a em uma das mãos, só a colocaria de fato quando chegasse. Olhei para o cinto que fazia parte da pseudo fantasia e fiz uma careta, não me sentia muito confortável em usar um rabo, por mais fofo que fosse. Decidi que o levaria, mas só colocaria se fosse um item comum entre os demais.

Sai de casa sem pressa, mesmo estando ciente que estava atrasado, peguei as chaves de casa, o celular e a carteira indo para a garagem do prédio. O caminho do meu apartamento até a casa de Yoora foi normal, exceto pelo fato que eu estava começando a me sentir ansioso, talvez fosse por conta de que ela havia me arrumando um encontro às cegas com um alfa, ou talvez porque, quando eu fechava os olhos, ainda conseguia visualizar com perfeição o olhar faminto que o Jeon mais novo direcionava para mim. Desde o jantar na semana passada, quando eu havia acabado de chegar, tinha evitado contato com eles, usei a desculpa que precisava dar uma ordem em casa e fazer algumas compras, assim como precisava rever meus pais, desculpas que não foram contestadas por uma animada Yoora. Mas de qualquer forma, rever o dono daquele olhar me trazia sentimentos de ansiedade, que eu desejava com todas as forças que fossem apenas paranóias da minha cabeça, aquelas sensações me faziam lembrar quando eu ainda tinha dezessete anos e estivesse afim do capitão do time do colégio.

Entrei no condomínio residencial, após deixar o convite para o porteiro e segui até o fim da rua, já podemos avistar de longe as luzes e as pessoas pelo jardim. A música estava alta, felizmente eram músicas mais antigas, e eu podia apostar que era um pedido do dono da festa para que o DJ tocasse este tipo de música, dirigi até um pouco mais a frente, tendo certeza que não conseguiria achar um lugar próximo para estacionar, mas tive uma surpresa agradável ao ver apenas os carros dos donos da festa ali, sabia que nenhum deles iria precisar sair e estacionei o carro. Guardei a carteira no porta luvas, peguei o celular colocando no bolso junto da chave e peguei o cinto que terminava de compor a fantasia, sai do carro colocando aquele cinto e cuidadosamente coloquei a máscara e olhei para o meu reflexo no vidro.

- Perfeito.

Sorri para meu próprio reflexo e caminhei em direção a entrada da casa, passando por algumas pessoas, reconhecendo um ou outro pelo fato de já estarem sem suas devidas máscaras. Havia muitas pessoas fantasiadas de lebre maluca¹ e pelas bandejas que carregavam notei ser os garçons contratados para servir os petiscos e drinks. Assim que passei perto de um, peguei uma das taças que continha um líquido azul e vermelho, com um dos dedos empurrei o pequeno palitinho com cerejas para o lado e tomei um gole da bebida, apreciando seu sabor adocicado e fazendo uma nota mental para tomar cuidado com aquele drinks ou ficaria embriagado rapidamente.

Meu Doce PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora