Meu Doce Pecado

A Matriarca Jeon e o Depoimento.

Oi, oi!
Olha quem finalmente voltou!
Estava com saudades de postar e finalmente consegui um tempinho entre uma troca de fralda e outra para terminar o capítulo e vir postar para vocês.

Fico imensamente grata pelo apoio noa comentários e muitíssimo feliz em saber que vocês tem a paciência de me esperar.

Meu neném e eu agradecemos hihi

Sem mais delongas,
Boa leitura!
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Eu estava ansioso!

Deitado naquela cama hospitalar, cercado por paredes brancas e ouvindo o baixo barulho da medicação caindo me deixava nervoso e ansioso, fazia mais de horas que Jeongguk havia saído na companhia do oficial Kim e desde então, não tive mais notícias. Vez ou outra entrava uma enfermeira para verificar meu estado e o medicamento e então tudo voltava a ficar em silêncio, apenas eu com meus pensamentos e as dores no corpo.

Com dificuldade me virei na cama, olhando para a janela percebendo que aos poucos o dia ia escurecendo, quando Jeongguk chegou havia acabado de amanhecer, a quanto tempo ele estava longe? O que havia acontecido? Eram muitas questões em aberto e aparentemente não tinha ninguém que a pudesse esclarecer.

— Sr Park?

Ouvi meu nome soando baixo ao que a porta do quarto se abria e nem me dei ao trabalho de me virar porque não era quem eu queria ver, não era Jeongguk. 

A voz feminina voltou a me chamar e com a pouca paciência que me restava tratei de me virar na cama, esperando que a médica não quisesse encher-me de mais perguntas.

— Se houve troca de plantão, não devia ler meu prontuário ao invés de me aborrecer?

Virei o rosto de forma infantil na direção da voz e quase tive um infarto ao ver a mulher parada próximo a cama.

— Sra Jeon…!

— Infelizmente, o médico da família não sou eu. — Ela abriu um sorriso, mas seus olhos pareciam opacos e sem vida, aquele sorriso nada mais era do que um simples gesto educado. — Gostaria de conversar com você, se importa?

Ela perguntou apontando para a poltrona ao lado da cama, como se eu precisasse autorizar que ela se sentasse, apenas confirmei com a cabeça e me forcei a sentar para que pudesse prestar atenção ao que a matriarca da família tinha a me dizer, mesmo sabendo que todos eles não passavam de um bando de ratos, estava disposto a ouvir as atrocidades que ela queria me falar. Talvez fosse me culpar de tudo, dizer que se eu não tivesse voltado nada disso teria acontecido, ou que eu seduzi seu filho e tantas outras possibilidades.

Aguardei em silêncio que ela começasse a falar, embora ela só estivesse se arrumando da melhor forma na poltrona e olhasse para a janela com pesar, ponderando por onde nossa conversa deveria chegar.

— Eu sei de tudo que aconteceu. — Ela falou com tanta calma, como se estivesse escolhendo o cardápio de um restaurante. — Durante muito tempo, eu soube o que acontecia debaixo do meu teto e não fiz nada. 

— Eu não sei…

Comecei meio sem jeito, já havia feito um estrago falando a Jeongguk o que a família dele era, não queria ser o responsável pela descoberta da Sra Eunji também. Mas ela apenas levantou uma das mãos delicadas em sinal para que eu me calasse e a ouvisse e diante de tanta elegância eu o fiz, me calei e aguardei com paciência o que ela tinha para falar.

— Eu sempre soube de tudo rapaz, mas diferente de você, eu nunca tive coragem de me opor a um alfa ou muito menos enfrentar um. — Enquanto ela falava seus olhos brilhavam de uma forma especial e infelizmente eu não sabia traduzir o significado por detrás daquele olhar. — Eu sempre soube do caso de Yoora com Jinyoung, foi muito difícil passar todos esses anos me obrigando a aceitar isso. Era um misto de raiva pelo meu filho estar sendo traído por duas pessoas que o juravam amar e um pouco de inveja por não despertar em meu próprio alfa, aquilo que ela despertava. Mas como minha criação foi sempre a de servir o alfa, eu tentei manter tudo sob vista grossa e continuar caminhando ao lado dele, porque no fim, eu era sua ômega marcada. Ridículo, não?