Quando desci daquele carro naquela madrugada fria, eu não esperava que fosse passar tanto tempo sem ele e muito menos poderia imaginar que eu sentiria tanta falta de estar com aquele pirralho, talvez eu estivesse ficando um pouco louco, ou fosse só a saudade e a carência batendo violentamente contra mim, mas independente do que fosse ou de como eu iria denominar, ainda sim não supria a falta de estar ao lado dele, de estar com ele.
Olhar para a cara de Taehyung todos os dias me dava enjoo, porque ele não chegava nem perto do alfa que eu queria e por mais atenciosos e amigável que ele fosse, ainda sim não era aquele ser de olhos pretos e profundos como a escuridão. E toda vez que eu pensava isso me sentia infinitamente culpado por saber que meu ômega estava ficando tão irracional que conseguia forçar meu cérebro a pensar uma coisa dessas sobre meu melhor amigo, que sem precisar ou ter algum dever, se dispunha todos os dias a me ajudar sem pedir nada em troca, às vezes eu podia ser um mesquinho cruel e babaca. Como agora que eu olhava, pela parede de vidro que separava meu escritório da sala da recepção, para Taehyung sentado no sofá disposto para os clientes e não conseguia pensar em nada além de como ele era um fresco quando estava conversando com o Yoongi, todo sorrisos e palavras melosas um para o outro e porra, eu que tinha um compromisso não tinha isso com o meu alfa, mas ele fazia isso com alguém que ele nem pretende assumir oficialmente.- O mundo é injusto! - Reclamei pela milionésima vez, parecendo um velho ranzinza e rabugento, desviando a atenção para o controle ao meu lado na mesa e apertei para que as cortinas se fechassem e assim eu não fosse mais incomodado nem pela visão do meu amigo, como por mais ninguém do trabalho.
Assim que estava no conforto e privacidade do meu escritório, evitando de qualquer maneira o projeto que brilhava na tela do meu notebook, peguei meu celular abrindo na conversa que há muito tempo não tinha o verificado de entrega e muito menos um visualizado.
"Sinto sua falta, não apenas dos seus toques carinhosos, mas de adormecer em seus braços. Queria ter mais tempo com você, aproveitar cada segundo, porque agora tudo que tenho são lembranças que me deixam com medo de nunca mais estar próximo a você. Me desculpe, queria que tudo tivesse sido diferente."
Enviei a mensagem bloqueando a tela do celular em seguida, precisava me focar em trabalhar, estava a quase dois meses em Seul e até agora não tinha tido uma única notícia de Doyoung, sabia que ele estava na capital e que estava ocupado com o hospital, mas por algum motivo ele simplesmente não veio atrás de mim e isso me impedia de seguir com meus planos de voltar para Busan, sendo assim eu não podia ver Jeongguk e pelas poucas e parcas notícias que eu vinha tendo de Yoongi, ele seguia com as visitas ao psicólogo, entretanto já não falava mais de mim com frequência para o amigo e sendo assim, me deixando inseguro se teria para onde voltar se ele ainda queria que eu voltasse.
- Porra Doyoung! Filho da puta do caralho!
Murmurei irritado demais para não expressar todo meu descontentamento com o que estava acontecendo, podia sentir meus olhos marejados pelo misto de sentimentos confusos que vinham tomando minha mente e coração. A vontade de chorar me invadia com cada vez mais frequência e ficava mais difícil se conter cada dia mais, tanto por não estar com Jeongguk como por saber que ele deveria achar que eu o estava ignorando durante esse tempo. Durante as primeiras semanas eu acreditei que Doyoung estaria vindo correndo para me ver e buscar resolver as coisas da maneira dele, ou seja, forçando situações para que eu pudesse ceder a ele, mas não aconteceu nada como o planejado, assim como também não teve uma Yoora mais flexível liberando o celular do mais novo, segundo Yoongi ela continuava monitorando as ligações e o notebook do garoto e como se toda essa palhaçada não fosse o suficiente ele ainda estava precisava lidar com o fato de precisar de um estágio no curso e finalizar o TCC.
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Meu Doce Pecado
Fanfic[Em Andamento] Park Jimin era um ômega e tanto! Com seus trinta e cinco anos, formado em arquitetura e com um escritório bem sucedido, tinha a vida profissional que sempre almejou, porém devido a algumas viagens de trabalho, não conseguia manter nen...