21_doador de genética

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Vou em direção a minha casa. Entro lá e escuto risadas na cozinha.

-oi, família- eu falo.

-megan- todos gritam juntos e vem me abraçar.

-também senti saudade- eu falo rindo.

-casou e esqueceu da gente- o Noah fala rindo.

-claro que não, só estou atarefada e está dando resultado- eu falo com um sorriso.

-atarefada com o que em dona sn?- escuto o Noriega pergunta com a cara fechada.

-com trabalho, ué- eu falo simples.

-vem, quero conversa com você- ele fala ríspido e sai da sala.

Eu olho pro resto das pessoas meio assustada e sigo ele. O mesmo vai em direção ao meu escritório e entra. Eu entro e ele fecha a porta.

-então... O que você quer falar?- eu pergunto com um leve medo.

Nunca vi o Noriega assim.

-é só trabalho, Megan?- ele pergunta.

-sim, eu já disse- eu falo.

- eu não sei o que é pior, você mentir pra mim ou pra si mesma- ele fala.

-como assim, Noriega?- eu pergunto.

-megan, tá na cara que não é só trabalho. Seus olhos brilham ao tocar em algum tipo de assunto que envolva ele- o Noriega fala bravo.

-para de ser neurótico, não tem nada disso- eu falo me fingindo de boba.

- como voce mesma diz, os olhos nunca mentem- ele fala.

Eu me calo e abaixo a cabeça, por mais que eu quisesse negar até morrer, no fundo eu sabia que era verdade. Eu sabia que estava criando sentimentos por ele e eu me odiava por isso.

-pudera eu, escolher o que sentir- eu falo depois de um tempo.

O noriega vem até mim e me abraça, sinto uma lágrima escorrer em minha bochecha.

-por que está chorando, amorzinho?- ele pergunta.

-eu não queria, noriega. Ele vai me machucar, de novo. Igual o Josh fez- eu falo e solto um soluço.

-se ele fizer isso, eu mato ele- ele fala ainda me abraçando.

Eu choro mais. Estava com medo, estava com medo de jaden. Dele me machucar igual o Josh fez, não quero passar por isso de novo.

-você já morreu muitas vezes, querida. Não é fácil morrer, difícil é renascer, fingir-se de sol... Detestável seria ter a covardia dos que te mataram. Você segue renascendo, eles seguem covardes- ele fala.

-obrigado- eu falo e beijo sua bochecha saindo de seu abraço.

Ele me devolve um sorriso leve e passa seu dedo de leve no meu rosto limpando a lágrima.

-SAI AGORA- escuto gritos lá de baixo e logo saco a arma.

Eu e o noriega descemos e logo depois encontramos o Noah e o Chase expulsando um cara, que eu sinto que conheço, só não sei da onde.

-o que você está fazendo aqui, pai?- escuto o noriega fala e passar ao meu lado.

-espera o que?- eu pergunto.

-filho, eu só queria te ver- o homem fala.

Eu desço as escadas um pouco pasma e paro na sua frente.

-como ousa?- eu pergunto.

-megan?- ele pergunta.

-não, a dona dessa casa, melhor amiga do Noriega e filha da melhor amiga da mulher que você engravidou e abandonou- eu falo ríspida.

O acordo Onde histórias criam vida. Descubra agora