Capítulo 2

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Alya

— Empregada!

Eu revirei os olhos e balu me encarou com tédio.

— Sabe que poderia dizer tudo ao seu pai e ele daria uma bronca enorme nas três, não é? -ele me encarou.

— E assim que ele fosse ao castelo branco elas iriam transformar minha vida em um inferno, como se já não fosse o suficiente. -falei.

Ele suspirou.

— Mas quando o seu pai chegar e te ver desse jeito ele vai partir um mundo ao meio. -ele me lembrou.

Eu dei de ombros.

— Não quero me preocupar com esse fato agora.

— RATA!!

— Almas sebosas. -bufou balu.

Eu equilibrei as bandejas de café da manhã, nas mãos e na cabeça.

— Poderíamos fugir e entrar em um circo, você de equilibrista e eu como piadista. -ele disse me seguindo.

Eu subi as escadas com cuidado.

— Ah, sim? Que piadas contaria? -emtrei na brincadeira.

— O que é o que é? Te fere os ouvidos e assusta pela manhã. -ele disse.

Eu o encarei de relance.

— Suas irmãs postiças. -ele disse gargalhando.

Eu bufei uma risada, terminando de subir as escadas.

— Fique invisível para elas. -alertei.

Ele assentiu, se tornando visível apenas a mim.

Eu cheguei a porta do quarto das duas, é um gigante quarto e elas escolheram esse para elas.

Eu equilibrei a bandeja em meu joelho e girei a maçaneta, abrindo a porta.

Eu peguei a bandeja e adentrei o quarto.

— Bom dia. -sorri para elas.

Encarei as duas fêmeas de cabelos negros ondulados e olhos esmeralda tirarem as máscaras de dormir. Me encarando.

— Ah, já chegou? Sua rata. -Arabela disse se aconchegando a cama.

— Espero que você tenha feito as torradas direito. -Annabeth me encarou.

— Está como vocês gostam. -falei pondo as bandejas em seus colos.

Annabeth mordeu a primeira torrada.

— Até que está bom, mas você esqueceu do tempero. -ela disse.

— Vocês são alérgicas ao tempero que uso. -murmurei.

— Usasse outro. -elas disseram.

— Amanhã eu usarei um tempero que não cause reação nas duas. -falei antes de me retirar.

— Você lavou os meus vestidos? -Arabela questionou alto.

— Lavei os de todas, senhorita. -falei em um suspiro.

— Acho bom.

Eu saí de lá, tirando a bandeja de minha cabeça, descendo as escadas.

— Eu disse, são almas sebosas. -bufou balu.

— Não tenho o que fazer, balu, você sabe. -murmurei.

Ele suspirou, me vendo com um olhar distante.

— Ei, Moranguinho. —ele abanou a calda na frente do meu rosto— pelo menos você verá o Jonh hoje.

Eu sorri.

Rubi de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora