Capítulo 3

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Alya

Eu limpei as minhas lágrimas e me vesti, me arrumei, trajando um lindo vestido azul, cachos nas pontas ruivas dos meus cabelos.

Eu surgi com Balu em meu ombro no alto das escadas, as descendo com elegância, ficando ao lado de Annabeth e Arabela.

Elas me encararam curiosas.

— Está doendo? -elas perguntaram.

Eu as encarei.

— A alma dói mais que o físico. -desviei meu olhar.

Lady Corina me encarou compreensiva, eu levei as mãos às costas e encarei meu pai adentrar.

Um feérico alto e forte de pele azulada, de olhos e cabelos prata como a lua, vestido elegantemente como um nobre. Uma espada repousada na bainha de seu cinto.

Ele abriu um grande sorriso ao nos ver.

— Queridas.

— Papai! -Annabeth e Arabela saltaram no mesmo, o abraçando.

Ele as abraçou, sorrindo.

Eu me encolhi levemente, eu deveria estar mesmo aqui?

Voei tanto em meus pensamentos que mal percebi quando ele ficou diante de mim. E só percebi quando ele me ergueu no ar.

— Pai! -soltei um gritinho e ele uma gargalhada.

— Não me dá nem mesmo um abraço? Minha princesa dos cabelos de fogo. -ele sorriu.

Eu sorri para ele, as inseguranças sumindo quando eu o abracei.

— Senti saudades. -murmurei.

— Eu também senti, senti saudades de todas. -ele enfatizou quando as meninas cruzaram os braços o encarando.

Elas sorriram para ele.

— Tenho uma novidade. -ele disse.

— Qual? -as meninas questionaram.

Ele me pôs no chão, beijando a minha cabeça.

— Haverá um baile daqui três dias no castelo branco. —ele disse— todas as jovens deste reino estão convidadas, os rapazes também.

A casa explodiu em gritinhos.

— Um baile??

— De máscaras. -ele concordou.

— Eu vou arranjar um marido! -gritou Arabela dando pulinhos pela casa.

— Pelo o que depender de mim vocês só se casam com seicentos anos. -ele fez careta.

— Azasel. -Corina ergueu uma sobrancelha.

Ele suspirou.

— Com quinhentos. -ele disse.

Ela balançou a cabeça.

As meninas saíram correndo, alegando irem pedir para as cruadas desenharem o modelo de seus vestidos.

E Lady Corina as seguiu com a mesma animação que as filhas.

— Olá, balu. -meu pai sorriu coçando atrás das orelhas do panda vermelho.

— Assim, mais para a esquerda, ahhh. -suspirou ele sentindo a carícia.

Eu suspirei.

— O que foi? Querida, não gostou da notícia? -ele sorriu.

— Gostei. -murmurei.

Ele caminhou comigo, um braço envolvendo meus ombros.

— Então por que está assim?

Rubi de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora