Capítulo 6

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Alya

Não tive ao menos a oportunidade de me despedir do meu pai, ele estava brigando com Lady Corina, mas eu sabia que eu o veria no castelo.

O caminho na carruagem fora um silêncio venenoso e cruel, e ao chegar ao castelo, a primeira coisa que aconteceu foi que me jogaram em um escritório.

— O que está havendo? -encarei o príncipe.

— Tire o encanto. -o ser que estava na cadeira mestra de costas a mesa falou.

Um véu caiu do príncipe, mas ele continuava igual para mim.

— Talvez agora você não fique confusa entre mim e meu irmão. -disse a figura se virando.

Eu o reconheci, príncipe Ermes, o filho mais velho do rei.

E este do meu lado.. eu arregalei levemente os olhos. Príncipe Raven.

— Continuo vendo o mesmo que antes. —falei— ele não se parecia com você em nenhum momento. -apontei para o príncipe ao meu lado.

Um suspiro do feérico loiro de olhos azuis, cabelos cacheados, era como estar vendo um anjo.

— Você não usou o feitiço de troca de faces com ela? -ele encarou o irmão.

— Não achei necessário. —ele levou as mãos aos bolsos— todos que olhavam para mim viam você, mas ela me via.

— Não entendo. -encarei os dois com cautela.

— Você está aqui por um motivo, Alya Morgnstar. -disse Ermes.

— Suponho que eu ser a "dama de vermelho" não seja o único motivo. -o encarei.

— Também. —ele assentiu— mas o principal, é que eu preciso da sua ajuda.

Eu arqueei uma sobrancelha.

Ele gesticulou para a cadeira á sua frente, analisando a situação devagar eu me sentei na mesma, encarando de relance o príncipe que estava recostado no canto da sala.

Uma expressão de desinteresse.

— O que quer de mim? -eu questionei.

— Suas habilidades. -ele disse.

— Poderia ser mais específico? Alteza. -me mantive cordial.

Ele sorriu torto.

— Eu quero garantir a minha subida ao trono. -ele falou.

— Sendo o filho mais velho do rei, já não tem essa garantia? -o encarei confusa.

— Os conselheiros do meu pai, estão subindo sua cabeça e armando um complô para me derrubar. —ele falou— estão querendo eleger um deles, porque segundo eles eu não tenho capacidade para governar gardênia.

Ele batucou com os dedos na madeira nobre de sua mesa. Eu segui devagar o movimento.

— E onde eu entro nesta história? -questionei.

Ele sorriu.

— Eu já a vi lutando.

Claro, no pequeno piquenique que houve anos atrás, onde meu pai estava de guarda e me levou junto para brincar com as filhas do rei, ele havia visto eu lutar contra seu primo, na brincadeira porque ele estava me provocando, mas ele viu toda a habilidade e manejo.

— Sem rodeios, alteza, por favor. -inclinei a cabeça.

— Eu quero que você mate os conselheiros. -ele disse.

Eu arregalei os olhos.

— Você será a minha assassina. —ele disse— tem até a coroação que acontecerá na primavera, você tem um mês para isso, quero que mate cada um deles, de forma que todos pwensem ter sido um acidente, ou ato de vandalismo.

Rubi de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora