Capítulo 5

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Alya

No dia seguinte quando me juntei a mesa para tomar café, um único assunto era tratado alí e falado com euforia.

A dama de vermelho.

— Tinha que ver! Aquela fêmea foi completamente vulgar! -bufou Arabela para mim.

— Um baile preto e branco e ela foi de vermelho, apenas para chamar a atenção do príncipe. -Annabeth bufou.

Eu pisquei.

— Ela dançou com o príncipe! -bufaram as duas.

Eu me engasguei com o suco.

— Querida?? Você está bem? -meu pai disparou um olhar preocupado para mim.

Eu assenti tomando o meu ar.

— Ela dançou mesmo com o príncipe? Viram direito? -questionei.

Elas assentiram.

— Ela dançou com ele, e depois ele levou ela para sabe sei lá que inferno. -bufou Annabeth, cruzando seus braços.

— Ela devia estar muito bonita, para chamar a atenção do príncipe. -comentei cortando um pedaço de torta.

— Ela estava vulgar. —disse Lady Corina— uma falta de respeito com vossa alteza.

— Eu não acho. —disse meu pai— a moça estava bela, estão culpando por ter se destacado entre as demais?

— Mas ela estava de vermelho! -as meninas protestaram.

— É apenas uma cor, garotas, o que há se o baile era preto e branco? Se o príncipe não se incomodou, quem somos nós para ficar especulando?

Elas se calaram, bufando como dois bois raivosos.

— Ela me parecia familiar. -Lady Corina me encarou.

— Era alguém da cidade? -me fiz de desentendida.

— Não sei, mas me era familiar. -ela falou, desconfiança em seu tom.

— Eu também a achei familiar. —meu pai murmurou— porém não a reconheci.

— Queria ter ido. -murmurei.

— Seria a mais bela de todas. -Ele sorriu para mim.

Eu inclinei a cabeça.

— Teria sido divertido. -falei.

— Haverá outros bailes, minha princesa, se quiser faço um para você. -ele sorriu.

Eu sorri para ele.

— Mal sabe o vexame que foi, o castelo entrou em pânico pela guarda. -disse Arabela.

— Por que? -pisquei.

— O príncipe, ele se interessou pela moça. —ele disse— ele deseja se casar com ela.

Eu travei.

Casar? Com o príncipe??

— E ela fugiu. -completou Annabeth.

— A única coisa que deixou para trás fora a sua máscara. —meu pai disse tomando um gole de seu suco— E o príncipe encontrou ela no pé das escadas.

— Mas do que adianta uma máscara? -fiz careta.

De nada, pela mãe, de nada.

— Essa é a parte que eu não contei para vocês, belas fêmeas. -ele disse.

— O que?? -questionamos em coro.

— Com a máscara da dama de vermelho, o príncipe acionou uma busca esta manhã, ele testará a máscara em todas as jovens do reino, se a máscara servir, ele terá achado a misteriosa fêmea, e então, se casará com ela. -ele disse.

Rubi de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora