8.

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— Já procurou na cabana que montamos pra ele? — perguntou Caspian.

— Óbvio que já, foi o primeiro lugar que olhei. É sério, esse menino não está em lugar nenhum. Caspian, se ele caiu no mar... — eu dizia até ser interrompida.

— Homens! Atrás de Louis agora! — disse Caspian. — Ele não caiu no mar, vamos encontrar o nosso menininho.

— Vou ter um ataque cardíaco Caspian, é sério.

— Vamos beber uma água, vem.

— Não fala em água se você não quiser que eu pule no mar atrás dessa criança.

Saímos dali correndo e todos estavam procurando Louis.

Eu já estava me desesperando até Ed chamar por mim.

— Você tem um filho bem traquino. — disse ele. Estavam na ponta do barco, na boca do monstro marinho.

Eu nem sabia que dava para entrar ali e não faço ideia de como Louis conseguiu subir lá.

— Você é um anjo Ed. — falei.

Eles desceram e peguei Louis no colo.

— Meu filho só pode ser uma aranha para subir lá sozinho. — falei.

— Tem sorte que ele não tenha caído. — disse Ed.

— Encontraram Louis? Onde ele estava? — perguntou Caspian correndo até nós.

— Estava na boca do monstro marinho. — disse Ed. — Não sei como ele pode ter chegado lá, ele só tem três anos.

— Que eu saiba não há passagem direta para lá a não ser se pendurando nas cordas. — disse Caspian.

— Como você chegou lá Louis? — perguntei.

— Mostra para nós o seu esconderijo. — disse Caspian e coloquei Louis no chão.

É, talvez Caspian tenha mais jeito com os meninos já que Louis pegou a mão dele e nos levou até lá.

— É o meu esconderijo de pirata. — disse ele.

— Isso não deveria existir. Por que tem uma escada que dá direto para a boca do monstro? É uma passagem direta para a morte de quem entrar aqui e escorregar. — disse Caspian.

— É bom que você providencie um jeito de tampar esse lugar, não quero correr riscos. — falei.

— Ainda hoje essa passagem vai deixar de existir. Louis, seu esconderijo de pirata é a cabana. — disse Caspian.

— Mas todo mundo vai lá, não é mais um esconderijo. — disse ele. Menino esperto.

— Você não sabia que as vezes lá fica invisível? É só falar a palavra mágica. — disse Ed.

— Qual palavra mágica? — perguntou Louis.

— É... Vidro. — disse Ed.

— Vidro? — perguntou Louis.

— Cadê você Lou? Não estamos te vendo. — disse Caspian.

Ele deu uma risadinha e foi correndo para dentro, julgo dizer que foi para a sua cabaninha.

— Menos um problema. — falei.

— Por que vidro Edmundo? — perguntou Caspian.

— Olha só, Eustáquio e Ripchip. Estão lutando, isso eu quero assistir. — falei.

Era extremamente vergonhoso ver Eustáquio segurando um facão sem saber usar.

Aparentemente a luta começou porque Eustáquio roubou uma laranja.

Selvagem |3 Onde histórias criam vida. Descubra agora