*11 days after*
Ainda estamos nessa tempestade horrível sendo revirados como panqueca nessa bacia de água.
O aniversário das crianças foi até legal, mas agora estão todos nos culpando já que agora não tem quase nenhuma comida.
— Bom, estamos presos aqui com meias porções diárias pra no máximo duas semanas. — disse Drinian. — Essa é a última chance de voltarem majestades, ninguém garante que vamos avistar essa estrela azul tão cedo. Não nessa tempestade. É uma agulha no palheiro esse lugar chamado Ramandu. Passaremos direto por ele até cair na beira do mundo.
— Ou sermos devorados por uma serpente? — perguntou Ed sarcasticamente.
— Só estou avisando que os homens estão nervosos. Estamos navegando em um mar estranho de um tipo que eu nunca vi na vida. — disse Drinian.
— Então quem sabe capitão o senhor não queira explicar ao Rhince porquê vamos abandonar a busca pela família dele. — disse Caspian. É uma das primeiras vezes que o vi confrontar as chatices de Drinian.
— Vou voltar ao meu posto. — disse Drinian. — Mas quem avisa amigo é. O mar prega peças malvadas na mente da tripulação, bem malvadas. — pegou sua capa e saiu.
— Nós vamos conseguir. — falei.
***
O outro dia foi iluminado. O sol estava de rachar e logo de manhã encontramos uma terra.
— Os fidalgos não pararam aqui altezas, não tem o menor sinal de vida. — disse Rip.
— Tem razão, assim que formos à praia leve seus homens em busca de água e comida. Nós quatro vamos procurar pistas. — disse Caspian.
— Não quis dizer nós cinco? — perguntou Eustáquio. — Por favor não me deixem sozinhos com aquele rato.
— Eu ouvi rapaz. — disse Rip.
— Orelhudo. — disse Eustáquio.
— Continuo ouvindo. — respondeu Rip. Nós soltamos risadinhas e finalmente chegamos na ilha.
Saímos para explorar enquanto Eustáquio ficou com as crianças.
— Vejam, não somos os primeiros nessa ilha. — disse Caspian quando nos aproximamos de um buraco no chão e uma corda.
— Os fidalgos? — perguntou Ed.
— Pode ser. Mas quem sabe? — respondi e fui ver se a corda ainda estava boa.
Caspian jogou uma pedra lá embaixo e não entendi o porquê.
— O que será que tem lá embaixo? — perguntou.
— Vamos descobrir. — falei e desci primeiro.
Tinha um lago, um homem de ouro e mais nada. Os outros desceram e fiquei esperando para que eles encontrassem respostas.
— O que é aquilo? — perguntou Caspian.
— Parece um homem de ouro. Tipo uma estátua. — falei.
Ed pegou um pedaço de madeira e encostou na água. Mas assim que entrou em contato, começou a virar ouro.
Ed jogou na água e limpou as mãos em sua roupa. Nos olhamos surpresos e meio amedrontados.
— Deve ter caído lá dentro. — disse Caspian.
— Pobre homem. — disse Lu.
— Tá mais pra "pobre lord". — disse Ed.
— O brasão de lord Recilmar. — disse Caspian.
*autora: desculpem, eu não entendi o nome do lord, mas parece com o de um porteiro*— E a espada dele! — disse Ed apontando.
— Precisamos dela. — falei.
Ed pegou a sua espada e com cuidado pegou a que estava na água.
— As espadas não viraram ouro. — disse Lúcia.
— Ambas as espadas são mágicas. — disse Caspian.
— Toma. — disse Ed e peguei.
— Ele nem deve ter se dado conta do que aconteceu. — disse Lu referindo-se ao lord sei lá o que.
— Pode ser, mas quem sabe ele não foi tentar alguma coisa? — perguntou Ed e se abaixou rente à água.
— Por exemplo? — perguntou Caspian.
Ed pegou uma concha e encostou na água. Pegou a concha de ouro e ficou encarando como se fosse o maior tesouro existente no mundo. Ele estava me assustando.
— O que é que você tá olhando? — perguntou Lu.
— Pro ouro. — respondi baixinho.
— Quem tiver acesso à está fonte pode ser a pessoa mais poderosa do mundo. Lúcia, ficaríamos tão ricos que ninguém poderia nos dizer o que fazer ou com quem viver. — disse Ed. Ele tinha razão, mas é errado só pensar no ouro e mas riquezas, não é?
— Você não pode levar nada de Nárnia Edmundo. — disse Caspian.
— Quem disse? — perguntou ele.
— Eu disse. — respondeu Caspian.
Ed virou a cabeça e olhou pra Caspian como quem queria matá-lo. Podem brigar, contanto que não se matem.
— Eu não sou seu súdito. — disse Ed e se levantou, já com a espada na mão.
— Ficou só esperando não foi? Para me desafiar? Duvida de minha liderança? — perguntou Caspian.
— Você duvida de si mesmo! — disse Ed.
— Você é uma criança!
— E você é um covarde sem força!
— Edmundo. — disse Lúcia ao tentar parar os dois, mas foi empurrada.
— Estou farto de ficar em segundo plano. Primeiro com Pedro e agora com você. Sabe que sou mais corajoso que vocês dois. Por que ficou com a espada do Pedro? Eu mereço um reino só meu! Eu mereço governar! — disse Ed em um surto. Me senti ofendida porque o reino também é meu. Mas em parte, gostei do que disse em ficar sempre em segundo plano. Todos me ignoram também.
— Se você se acha tão corajoso, prove! — disse Caspian e empurrou Ed. Suas espadas se chocaram e fiquei sem saber como pará-los.
— Não! Parem! Parem com isso! — disse Lúcia e se colocou entre os dois. — Vocês dois! Tomem vergonha. Não veem o que está acontecendo? Esse lugar tentou vocês, é enfeitiçado. Era disso mesmo que o Koriakin estava falando. Vamos sair logo daqui.
Olhei para Caspian e ele entendeu que eu quis dizer para se controlar e parar de fazer briga de reizinho.
Deixei que todos saíssem primeiro para ter certeza de que ninguém se mataria e depois subi.
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Atualizando aqui, fingindo que nada aconteceu e que eu não sumi.
Mas tudo tem um porquê e esse em específico é a minha falta de ânimo para escrever aqui.Desculpem, eu não vou abandonar Selvagem, mas a frequência pode diminuir. Estou focando em projetos novos e acabo ficando sem saber o que escrever aqui.
Eu amo esse mundinho dentro de Nárnia que construí, mas acho que vocês já estão cansados e isso está me fazendo olhar para novos planos legais, e um deles é Crossed Swords. Eu ainda não publiquei, mas está quase pronto e não vejo a hora de vocês lerem e reagirem lá.
Tô dando meu tudo nessa nova história e prometo que vocês vão amar. É isso galera, love u <3
*não revisei o cap, pode ter erros ortográficos*
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Selvagem |3
Fanfiction🚨Terceira Temporada de Selvagem🚨 Lúcia, Edmundo e Eustáquio se encontram com o rei Caspian e a rainha S/n (e outros amigos). Começam uma nova aventura a bordo do navio "O Peregrino da Alvorada" para encontrar os Lordes Desaparecidos de Telmar. Lá...