14.

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*11 days after*

Ainda estamos nessa tempestade horrível sendo revirados como panqueca nessa bacia de água.

O aniversário das crianças foi até legal, mas agora estão todos nos culpando já que agora não tem quase nenhuma comida.

— Bom, estamos presos aqui com meias porções diárias pra no máximo duas semanas. — disse Drinian. — Essa é a última chance de voltarem majestades, ninguém garante que vamos avistar essa estrela azul tão cedo. Não nessa tempestade. É uma agulha no palheiro esse lugar chamado Ramandu. Passaremos direto por ele até cair na beira do mundo.

— Ou sermos devorados por uma serpente? — perguntou Ed sarcasticamente.

— Só estou avisando que os homens estão nervosos. Estamos navegando em um mar estranho de um tipo que eu nunca vi na vida. — disse Drinian.

— Então quem sabe capitão o senhor não queira explicar ao Rhince porquê vamos abandonar a busca pela família dele. — disse Caspian. É uma das primeiras vezes que o vi confrontar as chatices de Drinian.

— Vou voltar ao meu posto. — disse Drinian. — Mas quem avisa amigo é. O mar prega peças malvadas na mente da tripulação, bem malvadas. — pegou sua capa e saiu.

— Nós vamos conseguir. — falei.

***

O outro dia foi iluminado. O sol estava de rachar e logo de manhã encontramos uma terra.

— Os fidalgos não pararam aqui altezas, não tem o menor sinal de vida. — disse Rip.

— Tem razão, assim que formos à praia leve seus homens em busca de água e comida. Nós quatro vamos procurar pistas. — disse Caspian.

— Não quis dizer nós cinco? — perguntou Eustáquio. — Por favor não me deixem sozinhos com aquele rato.

— Eu ouvi rapaz. — disse Rip.

— Orelhudo. — disse Eustáquio.

— Continuo ouvindo. — respondeu Rip. Nós soltamos risadinhas e finalmente chegamos na ilha.

Saímos para explorar enquanto Eustáquio ficou com as crianças.

— Vejam, não somos os primeiros nessa ilha. — disse Caspian quando nos aproximamos de um buraco no chão e uma corda.

— Os fidalgos? — perguntou Ed.

— Pode ser. Mas quem sabe? — respondi e fui ver se a corda ainda estava boa.

Caspian jogou uma pedra lá embaixo e não entendi o porquê.

— O que será que tem lá embaixo? — perguntou.

— Vamos descobrir. — falei e desci primeiro.

Tinha um lago, um homem de ouro e mais nada. Os outros desceram e fiquei esperando para que eles encontrassem respostas.

— O que é aquilo? — perguntou Caspian.

— Parece um homem de ouro. Tipo uma estátua. — falei.

Ed pegou um pedaço de madeira e encostou na água. Mas assim que entrou em contato, começou a virar ouro.

Ed jogou na água e limpou as mãos em sua roupa. Nos olhamos surpresos e meio amedrontados.

— Deve ter caído lá dentro. — disse Caspian.

— Pobre homem. — disse Lu.

— Tá mais pra "pobre lord". — disse Ed.

— O brasão de lord Recilmar. — disse Caspian.
*autora: desculpem, eu não entendi o nome do lord, mas parece com o de um porteiro*

— E a espada dele! — disse Ed apontando.

— Precisamos dela. — falei.

Ed pegou a sua espada e com cuidado pegou a que estava na água.

— As espadas não viraram ouro. — disse Lúcia.

— Ambas as espadas são mágicas. — disse Caspian.

— Toma. — disse Ed e peguei.

— Ele nem deve ter se dado conta do que aconteceu. — disse Lu referindo-se ao lord sei lá o que.

— Pode ser, mas quem sabe ele não foi tentar alguma coisa? — perguntou Ed e se abaixou rente à água.

— Por exemplo? — perguntou Caspian.

Ed pegou uma concha e encostou na água. Pegou a concha de ouro e ficou encarando como se fosse o maior tesouro existente no mundo. Ele estava me assustando.

— O que é que você tá olhando? — perguntou Lu.

— Pro ouro. — respondi baixinho.

— Quem tiver acesso à está fonte pode ser a pessoa mais poderosa do mundo. Lúcia, ficaríamos tão ricos que ninguém poderia nos dizer o que fazer ou com quem viver. — disse Ed. Ele tinha razão, mas é errado só pensar no ouro e mas riquezas, não é?

— Você não pode levar nada de Nárnia Edmundo. — disse Caspian.

— Quem disse? — perguntou ele.

— Eu disse. — respondeu Caspian.

Ed virou a cabeça e olhou pra Caspian como quem queria matá-lo. Podem brigar, contanto que não se matem.

— Eu não sou seu súdito. — disse Ed e se levantou, já com a espada na mão.

— Ficou só esperando não foi? Para me desafiar? Duvida de minha liderança? — perguntou Caspian.

— Você duvida de si mesmo! — disse Ed.

— Você é uma criança!

— E você é um covarde sem força!

— Edmundo. — disse Lúcia ao tentar parar os dois, mas foi empurrada.

— Estou farto de ficar em segundo plano. Primeiro com Pedro e agora com você. Sabe que sou mais corajoso que vocês dois. Por que ficou com a espada do Pedro? Eu mereço um reino só meu! Eu mereço governar! — disse Ed em um surto. Me senti ofendida porque o reino também é meu. Mas em parte, gostei do que disse em ficar sempre em segundo plano. Todos me ignoram também.

— Se você se acha tão corajoso, prove! — disse Caspian e empurrou Ed. Suas espadas se chocaram e fiquei sem saber como pará-los.

— Não! Parem! Parem com isso! — disse Lúcia e se colocou entre os dois. — Vocês dois! Tomem vergonha. Não veem o que está acontecendo? Esse lugar tentou vocês, é enfeitiçado. Era disso mesmo que o Koriakin estava falando. Vamos sair logo daqui.

Olhei para Caspian e ele entendeu que eu quis dizer para se controlar e parar de fazer briga de reizinho.

Deixei que todos saíssem primeiro para ter certeza de que ninguém se mataria e depois subi.

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Atualizando aqui, fingindo que nada aconteceu e que eu não sumi.
Mas tudo tem um porquê e esse em específico é a minha falta de ânimo para escrever aqui.

Desculpem, eu não vou abandonar Selvagem, mas a frequência pode diminuir. Estou focando em projetos novos e acabo ficando sem saber o que escrever aqui.

Eu amo esse mundinho dentro de Nárnia que construí, mas acho que vocês já estão cansados e isso está me fazendo olhar para novos planos legais, e um deles é Crossed Swords. Eu ainda não publiquei, mas está quase pronto e não vejo a hora de vocês lerem e reagirem lá.

Tô dando meu tudo nessa nova história e prometo que vocês vão amar. É isso galera, love u <3

*não revisei o cap, pode ter erros ortográficos*

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⏰ Última atualização: Jan 02, 2022 ⏰

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