Três dias depois, Jisoo, A beta do serviço social que cuidava do caso de Saki e Sunwoo, chegou a casa de Asahi com um sorriso no rosto e o japonês tentou sorrir também, um tanto nervoso e com os dois bebês no colo.- Então... Você decidiu que vai ficar com eles sozinho? - Ela perguntou a Asahi, que colocava eles no cercado, ao lado de onde ficaria sentado.
- Sim! Eu e o Jaehyuk decidimos isso, é o melhor para nós dois mas ele ainda continua vendo os filhotes de quinze em quinze dias, ele esteve aqui no Chuseok e... - Ele engoliu em seco. - Foi tudo ótimo, estamos levando isso numa boa, eu estou indo muito bem.
- Ok, posso perguntar o motivo? Na última visita, vocês pareciam íntimos e muito felizes, estavam em sintonia, ele parecia gostar muito de viver com os bebês. - A beta falou distraída, anotando a nova informação em sua prancheta.
Ela estava tão distraída que não notou o quão forte aquele comentário tinha batido em Asahi, porque durante esse tempo, ele vinha tentando não pensar sobre Jaehyuk e o tempo que passaram juntos.
Na última visita, eles tinham acabado de dar o primeiro beijo deles e estavam extremamente felizes com a situação, até os bebês pareciam estar mais felizes, tranquilos, o contrário dos dias atuais mas mesmo assim, o cozinheiro estava tentando o melhor de si.
- Sim mas... Ele recebeu uma promoção e foi morar em Busan. - Disse, sentindo os olhos molhados.
- O senhor... está chorando? - Ela se desesperou, tocando a mão dele com cuidado.
- Eu só... me sinto muito bobo porque eu o amo. Eu o amo desesperadamente e não sei o que posso fazer para reverter essa situação ridícula! Ele é um babaca mas eu o amo loucamente. - Disse tudo de uma vez, como se tirasse um peso muito grande das costas.
- E você já disse isso a ele? - Ela sorriu pequeno, apertando sua palma contra a do ômega, tentando lhe dar algum apoio.
- Eu... Não... - O Hamada suspirou, muito cansado daquilo. - Nem mesmo se eu quisesse, a essa altura, ele já está no aeroporto, voltando para Busan.
- Que horas era o voo dele? - Jisoo perguntou, se levantando e arrumando a saia.
- Uma e quinze da tarde, Por que a senhora se levantou? - Secou as lágrimas, muito confuso.
- Ótimo, temos vinte minutos, se levante. - Ela conferiu o relógio de pulso e colocou sua bolsa no ombro.
- Eu n-não posso fazer isso, Jisoo, por Deus...
- Você o ama?
- Amo, amo muito.
- E vai deixá-lo ir? - A assistente social bateu o pé, fazendo sua melhor expressão séria.
- Eu... Não! Não vou! - Ele se levantou também, agora um tanto quanto esperançoso. Rapidamente, segurou os dois bebês nos braços e pegou as chaves do carro, saindo correndo pela porta da sala, até sua garagem. Iria até ele, se tudo desse errado, ele saberia que tentou.
Já estava dando partida quando viu uma figura de estatura média e cabelos pretos correndo em direção ao banco do carona, se sentando ali um pouco ofegante.
- Não vou perder essa cena por nada no mundo, Senhor Hamada. - Kim Jisoo disse, após afivelar o cinto.
Então os quatro começaram a dirigir um pouco acima da velocidade permitida por aquela avenida enorme que levava até o aeroporto de Incheon. Um pouco mais adiante, um engarrafamento mas nem isso tirou a esperança de Asahi, só agravou mais a ansiedade de Jisoo que conferia o relógio de pulso a cada segundo.
Após exaustivos oito minutos parados no trânsito, eles conseguiram avançar para dentro do aeroporto, e novamente se puseram a correr para comprar passagens e entrar na área de embarque, a essa altura o voo de Jaehyuk já estava sendo chamado pela última vez mas Asahi não desistiu.
Passagens pagas, eles correram para a área onde seria feita vistoria daqueles que desejavam embarcar e esse foi o momento mais complicado.
- O que você acha que vamos esconder dentro do sapato de um bebê?! - Jisoo, que segurava Saki e fazia a neném gargalhar, gritava com a segurança do detector de metais. Se dirigindo a Asahi, ela disse: - Corra, me dê ele e corra!
O japonês acenou positivamente e entregou Sunwoo para ela também, então se colocou a correr para a área de embarque. Procurava por todos os lados, corria e chegou até a gritar o nome de seu alfa mas era tarde, assim que olhou no painel, viu que o voo já tinha decolado. Se sentou em um banco, desolado e viu o avião levantando voo, através da janela. Ali seu amor ia embora.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ohana; Asahyuk
FanfictionA vida é inconstante e com certeza, Asahi e jaehyuk não estavam preparados para o que veio, virando as vidas dos rapazes de cabeça para baixo. asahyuk | abo! fic | inspirado no filme: Juntos pelo acaso.