Ohana; Asahyuk

6

2018

Bem, o outono tinha chegado e com ele o nascimento mais esperado da década, pelo menos para algumas pessoas. Mashiho havia entrado na sala de parto faziam cerca de quarenta e cinco minutos, desde então asahi e jihoon não pararam de andar em círculos por um momento, era ansiedade, era preocupação, era nervosismo, tudo misturado.

- Vão furar o chão nesse ritmo, tenham calma! -  Hyunsuk falou, mesmo que também estivesse nervoso como um inferno.

- Só vou me acalmar quando vir meus sobrinhos e meu melhor amigo bem. - E jihoon estava falando bem sério. Na noite passada não tinha pregado os olhos, pensar em coisas ruins tinham mantido o padrinho de saki acordado, e asahi não estava diferente, esgotado.

O único que estava calmo até demais por ali era, Pasmem, Yoon jaehyuk. O rapaz estava sentado tranquilamente em uma das poltronas, olhando algo em seu celular, como se estivesse tudo normal, ao menos era isso que ele transpareci, já que seu lobo interior estava mais nervoso que outra coisa, sua vontade era pular por aquelas portas brancas e invadir a sala de parto, para garantir a saúde de seus sobrinhos e seu amigo.

No entanto, a atenção de todos foi tomada para a grande parede de vidro, que dava visão para o berçário aonde os recém-nascidos ficavam, quando um carinho apareceu sendo empurrado por uma enfermeira. O bebê usava uma manta amarela, essa que jihoon reconheceu na hora, já que fora ele mesmo quem comprou, logo atrás vinha outro carinho, empurrado por um homem de máscara, o bebê estava embrulhado numa manta verde clarinho e asahi logo noto que esse era um de seus milhares de presentes. O homem tirou a máscara, então tiveram a visão do sorriso brilhante de kim junkyu, que acenou animadamente, sem fazer barulho algum.

Os visitantes estavam a ponto de desmaiarem ali mesmo, os olhos de todos cheios de lágrimas e de amor. Usando a fala muda, Junkyu lhes avisou que mashiho estava bem e indo para o quarto, depois começou a apontar para os filhotes, indicando que iria apresenta-los.

Se aproximou do bebê que usava manta amarelinha e o pegou nos braços, com todo cuidado do mundo, então começou a falar.

- Kim Saki, quarenta e nove centímetros, dois quilos e trezentos e oitenta gramas. - Disse o papai, e foi aí que Asahi se entregou ao choro de vez, agarrado a jihoon, que também chorava. A menininha era linda como um botão de rosa, vermelinha igual, vale ressaltar.

O kim deixou a pequena no carrinho e se direcionou até o outro bebê, novamente falando sem som:

- Kim Sunwoo, cinquenta e três centímetros, dois quilos e quatrocentos gramas. - Sorriu maior ainda, o garoto era um pouco maior que a irmã e tinha uma leve carinha de bravo, sinalizando que deixaria os bebês ali, para serem observados e iria encontrar mashiho.

Assim, o alfa saiu até o quarto do marido e o quarteto chorão se pôs a tirar um milhão de fotos e comentar sobre a beleza exuberante de seus sobrinhos.

- O woo é tão grande, não é sahi ?- Perguntou hyunsuk, fotografando o menino.

- Possivelmente um alfa mas eu não tenho certeza, jaehyuk já consegue sentir o cheiro deles? - O japonês questionou, afim de fazer um teste amador para saberem a classificação social dos pequenos, no entanto, após respirar profundamente, O yoon negou.

- Talvez daqui umas duas semanas, o cheiro já vai estar mais visível, agora estão com o cheiro do mashi. - Todos acenaram com a cabeça e jihoon abraçou seu ômega, lembrando que o mesmo tinha que ir para o trabalho e tinham concordado que o alfa o levaria.

- Temos que ir, mas voltamos mais tarde, não se matem na frente dos filhotes ou quebro os dois. - Tentou soar ameaçador mas todos conheciam Park jihoon.

- Certo, tenha um bom dia sukkie. - Acenou asahi, vendo o casal sair dali, então parou ao lado do yoon, sentindo o cheiro forte, amadeirado do alfa. - Eles são lindos não é?

- Os mais lindos que já vi. - Riu, ainda abismado com os sobrinhos. - Acho que a saki vai ser a alfa.

- Porque pensa assim ?

- Meu lobo está avisando, de alguma forma, eu não sei, sinto uma ligação muito forte com essa pequena. - Explicou e só então, Asahi prestou atenção em seu animal interior. Ele estava agitado, uivando e o cozinheiro sabia que isso não tinha a ver com seu cio, mas sim com sunwoo.

- Pensando assim, acho que me ligo com sunwoo. - Sorriu, batendo mais algumas fotos dos bebês.

- Vamos ver o mashiho, Kyu me mandou mensagem avisando que já podemos ir. - Hyuk avisou, com o telefone em mãos.

- Vamos claro, deixe só eu fazer isso aqui. - Terminou de trocar seus papéis de parede do celular por fotos das crianças. - Vamos.

Ambos sorriram um para o outro e seguiram seu caminho até o elevador, nisso um yoon muito folgado, na opinião do hamada, colocou um dos braços sobre os ombros do cozinheiro.

- Não posso dar um sorrisinho para você, que você perde a noção, não é? - Falou, mesmo que não estivesse realmente irritado, não conseguiria ficar bravo naquele dia.

O alfa riu, saindo da caixa metálica, ainda com o braço sobre os ombros do outro e ambos caminharam assim até o quarto do amigo. Aquele era um dia feliz, um dia de amor.