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2017

- Sério, isso é incrível, eu tenho inveja de você. - Mashiho falou, após comer um pouco do kimchi recém feito por asahi.

- São anos de prática, pequeno samurai, você chega lá.

Estavam "comemorando" a compra da nova casa dos casados e não era nada demais, estavam ali mashiho, junkyu, asahi, jihoon e hyunsuk. Jaehyuk, para variar, estava atrasado.

- Junkyu, aonde está o hyuk? - O choi falou, vendo seu alfa sentado sobre seu colo.

- Na puta que o pariu e que fique por lá...- Asahi murmurou mas só mashiho ouviu, dando um risinho e disse baixinho "Sossegue, japonês." .

- Ele disse que iria fazer algo antes de vir, acho que vai comprar cerveja. - O alfa kim falou, abraçando o corpinho esquio de takata.

Em questão de minutos, à campainha tocou e logo um yoon jaehyuk entrou com sacos de cerveja.

- Boa noite, família, hoje é sexta-feira e nossos pombinhos venceram mais uma etapa sem se matarem, vamos comemorar? - Sacudiu os dois sacos no ar e um sorriso na cara.

- Não é como se você já não enchesse a cara todos os outros dias da semana. - Asahi falou, pegando um dos sacos e puxando uma longneck de lá, se apoiando no balcão enquanto esperava o yoon abrir sua garrafinha.

- Boa noite para você, japonesinho atrevido. - Deu língua e entregou a cerveja, parando ao lado do ômega, com outra em mãos.

Jihoon, que analisava a situação, deu uma risadinha juntamente a hyunsuk. A relação de jaehyuk e asahi era engraçada porque tentavam, muito arduamente se odiar, mas não conseguiam, honestamente, eram como um casal que muito brigava. E alguém que não os conhecesse e soubesse de todas as pessoas, com quem o coreano ficava durante a semana, diria que eram um belo par de namorados.

Entretanto, o foco da noite não foi esse, mas sim a comida do hamada, as aventuras de junkyu em seu novo trabalho como escritor de uma editora famosa, os alunos de dança para qual mashiho dava aula, as palhaçadas de do yoon, que faziam todos chorarem de rir, inclusive um certo japonês que se segurava muito mas não resistia, aquele alfa babaca sempre o faria rir.

E ah, claro! O casamento de jihoon e hyunsuk.

- Qual é, nem uma festinha? - O kim reclamou.

- Não temos grana, kyu, pede 'pro sahi aumentar meu salário e pensamos nisso.

- Ya, não me culpe, você quem quis vir trabalhar comigo. - Se defendeu.

- Está tudo bem, decidimos não gastar com festa para termos sobrando na lua de mel! Vamos para Paris! - Hyunsuk falou, com um sorriso no rosto.

- Bonne chance, ma chère, hyunsuk. - Jaehyuk arriscou um pouco de seu francês, para provocar jihoon. - Esse park não vai te dar descanso, vai pedir por mais o tempo todo.

- Eu sou o alfa da relação! Lógico que vou pedir por mais. - Jihoon falou alto, mesmo que agora estivesse sentado no colo do namorado, em uma posição controvérsia ao que ele dizia.

- Alfa com genes de ômega, essa cara não engana ninguém, é você quem dá a bundinha. - Alfinetou e levou um beliscão de asahi, que riu mas repreendeu sua fala.

O yoon revirou os olhos, mas parou de provocar jihoon que estava pronto para mandar ele para a casa do caralho. Era curioso o fato de jaehyuk fazer tudo que asahi pedisse ou mandasse, desde o início do pequeno círculo de amizades era assim, o japonês falava e o coreano, sem nem perceber, acatava as vontades.

- E você, saeng, vai arrumar alguém quando? - Junkyu questionou, como quem não queria nada.

- Ya, eu não sei, talvez tenha um cara que...- Riu sem graça quando ouviu assobios e gritos, vindos de mashiho. Tanto que nem notou a cara fechada do yoon. - Ele vai na padaria todos os dias e é bonito, sabe, acho que é japonês também.

- Oh, eu sei quem é, ele é bonito mesmo, mashi! - Jihoon falou, animado. - Ele é médico, outro dia estava de jaleco e estetoscópio no pescoço.

- Eu não sei, quem sabe no futuro, eu peça o número ou algo do tipo.

Iriam começar a zoar mas o telefone de jaehyuk tocou e ele sorriu, todos conheciam bem aquele sorriso. Ele iria transar.

- Bom meus caros, agora deixarei vocês conversando e etc. - Falou após terminar a ligação e vestir sua jaqueta de couro. - Um beijo para todos e asahi... boa sorte com seu médico ou o que quer que seja. - A voz era carregada de deboche.

Logo ele saiu e o bate papo continuou, ninguém notou a carinha murcha do japonês, que suspirou e foi atrás de uma outra cerveja. Não era ciúmes de jaehyuk, puft, ciúmes... Era só carência, só isso, Tinha certeza.

Ou pelo menos, se forçava a crer que sim.

Ohana; Asahyuk Onde histórias criam vida. Descubra agora