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2019

Naquele mesmo dia, ocorreu o enterro de takata mashiho e kim junkyu, durante a tarde e a casa dos pais do coreano estava cheia de pessoas querendo demonstrar sua dor.

" Tão novos!", " E os bebês, órfãos, coitados.", " Tinham uma família tão linda e um futuro." Eram coisas que os familiares diziam, lamentando a morte do casal.

Mas para asahi, jihoon, hyunsuk e jaehyuk era tudo mais intenso porquê se viam todos os dias e de repente, eles se foram. Os casados estavam cuidando de junghwan, que brincava com os primos, fazendo eles rirem mesmo que o ambiente não fosse próprio para risadas, enquanto isso, o hamada e o yoon procuravam por parentes dispostos à cuidar dos bebês.

- Então, vocês não moram na cidade? - Asahi perguntou a jeonghan, primo de junkyu, que era casado com joshua.

- Na verdade, não moramos nesse país, moramos nos Estados Unidos.

- Foi uma infeliz coincidência estamos aqui esse mês. - Respondeu, o americano.

- Entedi. - Falou o hamada, olhando para jaehyuk e balançando a cabeça em negativa.

Toda a situação era complicada, queriam alguém que ficasse com as crianças mas que não as levasse para longe.

- Ah nós temos uma ninhada de sete crianças, sabe... Yuna desça dessa escada! - Minatozaki sana, prima de mashiho falou, gritando com uma das filhotes. - Amor, vá buscar o jeongin, ele está com a frauda suja. - Virou-se para dahyun, sua alfa. - yeji e ryunjin, sosseguem.- Ela sorriu para Jaehyuk, gritando com mais algumas filhotes.

Menos uma família na lista.

- Oh querido, nós cuidaríamos deles mas mal conseguimos ficar em pé sem ajuda. - A mãe de Mashiho disse, era uma senhora muito velhinha assim como o marido, que estava muito apático.

- Entendo, Senhora takata.  - Asahi se conformou. Os pais de junkyu eram
jovens mas trabalhavam muito, não poderiam ficar com as crianças, então não tinham mais o que fazer.

Asahi suspirou e foi atrás de jihoon, precisava conversar, antes de tomar qualquer decisão.

- Eu sei que é uma situação difícil, Sahi mas os filhotes deles eram a coisa mais importante que eles tinham e eles deixaram o tesouro deles para vocês. - O alfa falou, suspirando com o rosto inchado pelo choro.

- Eu não sei como fazer isso, Honnie, eu não sei...

- Pense no que eu te falei, hm? Você tem a resposta. - Falou antes de sair dali, atrás do filho.

Asahi ficou por lá, ainda tentando entender como sua vida tinha virado de cabeça para baixo quando jaehyuk se aproximou. Não tinham o que falar, o alfa sabia que se falasse algo, diria coisas erradas então simplesmente ficou calado.

Ao ouvir a risada de saki o alfa sorriu, amava tanto o pequena garotinha, logo depois sunwoo soltou uma gargalhada mais grave e foi a vez do japonês sorrir. Só aí entendeu, não podia deixar de fazer o que prometeu, mashiho confiava em si, então pegou o celular e enviou uma mensagem à seunghun.

*

"Vamos viajar, até onde o sol, possa nos guiar..." Era o que o Bita cantava na televisão, que os irmãos assistiam, hipnotizados.

Enquanto isso, Asahi e jaehyuk tinham  uma discussão fervorosa na varanda. Já era noite e eles tinham voltado para a casa que agora era deles e o yoon não estava tão contente com a decisão do cozinheiro.

- Você tem noção disso? São duas crianças, Asahi! - Diziam o alfa, exaltado.

- Sim, eu tenho e você acha que eu estava esperando por isso? Eu não estava, Jaehyuk mas eles eram nossos melhores amigos, prometemos isso à eles.

- Não prometemos, você prometeu! Eu não tenho nada a ver com isso!

- Ah é, e qual seria seu plano? Mandar seus filhotes para a adoção e simplesmente esquecer deles, do mashiho e do junkyu? - O ômega gritou, logo se culpando com os, agora seus, filhotes.

- Eles não são meus filhotes! - Jaehyuk usou a voz de alfa, assustando as crianças, que começaram a chorar mas não intimidando asahi. 

- Ah é? Então são filhotes de quem? -Apertou os olhos, vendo o alfa sair pela rua, indo atrás de sua moto e sumindo pela noite. Suspirou e abraçou o próprio corpo, correndo para dentro de casa, cuidar dos pequenos.

- Titio está aqui. - Juntou as duas crianças em seus braços, acalmando-os aos pouquinhos. O choro deles cessava e o de asahi queria, mais que tudo, cair por seu rosto.

Ohana; Asahyuk Onde histórias criam vida. Descubra agora