4

267 40 72
                                    

2017

Novamente, Asahi, agora de cabelos pretos, chorava como uma criança desmamada, mas que culpa tinha ele se os votos trocados por jihoon e hyunsuk foram demais para seu pobre coração?

- Ya, você não se cansa de chorar? - Jaehyuk disse, após assinarem a certidão de casamento dos amigos, como testemunhas.

- Se você é um alfa insensível e insuportável, eu não tenho nada a ver com isso, se manca. - Como sempre seco, o japonês respondeu.

- Vocês dois, chega de brigar, vão tirar uma foto juntos, vão já. - Hyunsuk os fez encostar na parede.

- Eu não quero ter fotos com ele, Hyung.- Asahi manhou.

- Não foi uma pergunta, façam pose. - Mashiho sacou o celular, para a foto.

- Não coloque como wallpaper, Sahi.- O yoon provocou.

- Vá se foder, Yoon jaehyuk.

Mesmo entre tapas e xingamentos, a foto foi tirada e era impressionante como na foto, pareciam duas crianças. Aparências enganam.

Agora estavam no carro de junkyu, indo em direção ao restaurante que foi alugado pelo kim, para comemorar o casório dos amigos. Enquanto isso, os casados iam no outro carro, para terem privacidade.

- Sabe, nós estávamos pensando em algo, meninos...- Mashiho disse.

- Vish, quando começa assim, não tem bom final. - O hamada disse, e até jaehyuk, concordou com ele.

- Não é nada demais, depende do ponto de vista. - Junkyu se pronunciou, sorrindo, o alfa estava claramente ansioso. - Diz, mashi, diz.

- Bem, nós estamos pensando e não é nada decidido ainda, mas... - Foi cortado pelo marido.

- Vamos ter filhotes!

- Era para eu falar, kyu...- O ômega kim resmungou, ouvindo um pedido de desculpas.

Deixe-me descrever as reações: Asahi deu um grito tão fino que poderia ter rachado as janelas do carro, um sorriso se formou no rosto do homem, que já se autodeclarava  o melhor tio do mundo. O yoon, no entanto, estava sem piscar, porque na visão do coreano, os planos de junkyu e mashiho eram a pior loucura que poderia ser cometida em todos os tempos.

- Enlouqueceram? - Foi tudo que disse.

- Jae, a gente sabe que sua vida é uma loucura, sem responsabilidades ou qualquer coisa do tipo mas a nossa não é, e queremos ter mais esse "problema", é nossa vontade. - Junkyu falou, com um sorriso casto e a mão sobre a de seu marido.

- Minha nossa, o que o casamento fez com você, Kim junkyu?- Era engraçada a forma com qual o alfa estava espantado.

- Um dia, meu amigo, você vai se apaixonar e aí vai entender.

- Esse dia está bem distante, bem distante...

Enquanto isso, Mashiho e asahi falavam sobre enxoval e tudo que fariam com os filhotes, que de fato seriam muito mimados.

- Mas nós estamos contando para vocês por um motivo. - O kim disse.

- Sim, bem, por questões judiciais, nós já estamos aprontando documentos que podem ser importantes e um deles é o nosso testamento, seguro de vida e etc, sabem com junkyu é. - O takata explicou, os vendo acenar com a cabeça.

- O nome é precaução!

- Sim sim, vejam bem, no nosso testamento tem uma cláusula, sobre nossos filhotes... E ali pede para responsabilizarmos alguém sobre nossos bebês, caso algo de ruim nos aconteça.

- Gente, não vai acontecer nada com vocês, que isso... Não falem besteiras. - O hyuk revirou os olhos.

- Mas porquê estão dizendo isso para gente, Mashi? - Asahi perguntou.

- Porque colocamos os nomes de vocês nessa cláusula. - Explicou, enquanto seu marido estacionava o carro e o yoon engasgou.

- Vocês são as pessoas em quem mais confiamos no mundo e caso algo ruim aconteça...- Junkyu foi interrompido por asahi.

- Não vai acontecer!

- Mas se acontecer, queremos deixar nossos bens mais valiosos em segurança e eles só estarão em segurança, se estiverem com pessoas confiáveis.

- Não se preocupem, não vamos morrer ou qualquer coisa assim mas estamos nos precavendo, hm? - Shiho falou, sorrindo.

- Gente, esse papo está muito assustador! Vão ficar bem para sempre, nossos sobrinhos também e tudo certo, não faça essa cara, Asahi. - Jaehyuk falou, já saindo do carro, em direção ao restaurante, aonde hyunsuk e jihoon aguardavam.

- Porque eu e ele, Mashi?

- Ele é assim, mas tem suas qualidades, não seja injusto, hm? - Arrumou a gravata do amigo e lhe selou a testa.

- Obrigado por confiar tanto em mim, eu te amo, coelinho.

- Nah, sabe que eu te daria minha vida se fosse preciso, não é? Não esquenta a cabeça com isso, é só um documento. Eu te amo! - Sorriu e juntou sua mão a de seu marido.- Vamos curtir na noite, Sahi!
Então estavam todos sorrindo e bebendo, afinal eram uma família, comemorando.

Ah, se eles soubessem...

Ohana; Asahyuk Onde histórias criam vida. Descubra agora