Amarantha conseguiu esconder a gravidez muito bem, ninguém sabia, ninguém desconfiava.
Assim que a pequena Jade nasceu, a recusou, desejando a morte da menina.
A parteira que ajudou Aramantha, levou a criança e entregou nas mãos de sua irmã, Lúcia...
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Marvin me conduzia ao local onde íamos jantar.
Passamos por uma enorme sala de estar, as grandes janelas abertas dava uma visão perfeita do céu da corte noturna. Apesar dos ventos que dançavam fora da Casa, aqui dentro estava com uma temperatura agradável.
- Cassian, seu verme bastardo. Eu mato você. - Escutei uma voz feminina falar com raiva. Risadas ecoam pela casa.
Viramos a direita e dei de cara com uma mesa enorme com umas onze pessoas. Todos os olhares se fixaram em mim.
Meu coração começou a bater acelerado, nunca tinha visto tantas pessoas em um lugar só. Senti minhas bochechas arderem de vergonha. Abaixei minha cabeça olhando para o chão. Todos ficaram em silêncio me observando.
Me senti exposta ali.
Dei um passo para trás, a mão de Marvin encostou calmamente na minha lombar.
- Se quiser voltar - Ele sussurrou no meu ouvido. - A gente corre agora para o seu quarto e finge que nada disso aconteceu.
Ele fazia um leve carinho em minhas costas.
Respirei fundo.
- Tá tudo bem... - Sussurrei, mas tinha certeza que todos ali estavam escutando. - Acho que consigo fazer isso.
Meu olhar se cruzou com o de Azriel assim que levantei a cabeça.
Ele me avaliava com atenção, parecia surpreso por eu estar ali. O machucado em seu rosto havia sumido, dando novamente um aspecto saudável a sua bochecha. Ele acenou brevemente. Um "tá tudo bem" silencioso saiu dos seus lábios. A tensão no meu corpo baixou um pouco.
Tomei coragem.
- Boa noite. - Tentei falar sem deixar minha voz falhar.
- Boa noite. - Eles disseram em uníssono.
- Fico feliz que tenha se juntado a nós hoje, filha.- Meu pai falou ocupando o lugar na ponta da mesa.
Dei um sorriso como agradecimento.
Feyre ocupada o seu lado esquerdo. Haviam dois lados vagas do lado direito e Azriel estava logo depois.
Marvin deu um leve, quase inexistente impulso para começarmos a caminhar até os lugares.
O cheiro amadeirado de Az aflorou meus sentidos assim que me sentei ao seu lado. Meu braço acabou encostando no seu, uma onda de energia percorreu meu corpo o fazendo arrepiar.
Corei com o ato.
- Pessoal, essa é a minha filha. - Rhysand me apresentou com um sorriso no rosto. - Ela morara conosco agora.
Eu estava muito nervosa, nunca tinha me sentado em uma mesa com tantas pessoas, eles pareciam tão a vontade juntos.
Foram anos sendo só eu sentada em uma mesa pequena enquanto comia e rezava para Lúcia só chegar quando eu finalmente terminasse de limpar a casa inteira. Quando ela fazia às refeições em casa nunca me perdia comer a mesa. Ou era no chão ou não comia nada.
