Amarantha conseguiu esconder a gravidez muito bem, ninguém sabia, ninguém desconfiava.
Assim que a pequena Jade nasceu, a recusou, desejando a morte da menina.
A parteira que ajudou Aramantha, levou a criança e entregou nas mãos de sua irmã, Lúcia...
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Meu pai havia dito que Feyre estava no ateliê que tinha aqui em Jane, passei mais de meia hora para encontrá-la.
Era uma enorme sala com paredes de vidro, dando uma visão privilegiada as montanhas e grandes árvores de Velaris, a vista daqui era a mais linda. Havia muitas telas de diferentes tamanho espalhadas por toda sala, pinturas de diferentes pessoas estavam aqui, inclusive de todo círculo íntimo.
Feyre estava bem no centro da sala, de costas para a porta principal. Ela pintava com ternura e amor o quadro a sua frente. Não queria atrapalhar seu trabalho, dei passos silenciosos para trás, afim de voltar para o quarto.
- Eu posso sentir você a quilômetros de distância, querida. - Sua voz ecoou pela sala, me fazendo parar no mesmo lugar. - Não adianta fugir... Vem aqui.
Caminhei até ela com cuidado, para não atrapalhar sua pintura. Em um passe de mágica, um cavalete, pincéis, tintas e um banquinho apareceu ao seu lado. Feyre apontou para ele, me fazendo sentar junto a ela.
- Pensei que estava cansada para treinar hoje. - Voltou para o desenho. - Por isso vim pintar.
- Consegui dormir um pouco. - Encarei a tela a minha frente. Peguei um pincel e comecei a talhar.
- Você estar bem com tudo? - Perguntou.
- Sim. Estava até conversando com Azriel sobre isso. É estranho uma mudança assim, de repente, mas estou conseguindo me adaptar a tudo isso. - Falava sem tirar os olhos do quadro, cada pincelada que eu dava, era uma tentativa de entender o que queria passar. - Me sento livre, sabe? Estar com vocês me fez ter coragem e isso é bom.
- Fico tão feliz que você esteja se adaptando a tudo isso. Comigo também foi assim, é óbvio que não estou comparando nossas histórias, mas eu me sentia pressa antes daqui. Era como se quisessem tirar a essência de quem eu sou. - Ela parou de pintar e virou para me encarar, Feyre olhava cada traço do meu rosto como se quisesse capturar algo. - Todos nós estamos aqui para ajudar uns aos outros, somos uma família, meio louca, mas para mim, a melhor família do mundo. E você faz total parte dela.
Sorri para ela. Talvez fosse isso mesmo, a sensação de ter para quem voltar quando partir. De ter uma casa cheia com aqueles que amamos, eu tenho uma família. A melhor do mundo.
- Obrigada. - Falei.
- Mas então. - Feyre se voltou para o quadro. - Você e o Az, hum? O que estar rolando?
Corei com a menção.
- Não sei. - Voltei para meu quadro também. - Eu gosto dele, gosto muito. Todos os sentimentos aqui dentro são muito novos e difíceis de nomear. Eu só sei que... - Que era ele. - Que gosto dele.
- O Az é um bom rapaz. Um dos melhores amigos que tenho. Fico feliz que estejam dando certo.
- Também fico, sem contar que ele estar sendo um ótimo professor. - Merda merda merda. Saiu tão naturalmente que não consegui segurar.
