Amarantha conseguiu esconder a gravidez muito bem, ninguém sabia, ninguém desconfiava.
Assim que a pequena Jade nasceu, a recusou, desejando a morte da menina.
A parteira que ajudou Aramantha, levou a criança e entregou nas mãos de sua irmã, Lúcia...
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A noite brigava com os primeiros raios de luz no céu quando levantei. Não consegui dormir um segundo sequer. Me aproximei da grande janela que haviam ali, as cortinas beje, se moviam com o vendo em uma dança lenta. A lua já ia sumindo no horizonte.
Forcei meu corpo a andar até o banheiro e me apressar em bater na porta do quarto enfrente ao meu, a fim de fazer Feyre sair.
Eu precisava estar com a garota. Precisava sentir aquele cheiro novamente, meu corpo gritava por isso. Era como se houvesse uma força me puxando a ela. Como uma carga que passava pelo meu sangue e acelerava meu coração. Talvez fosse o fato dela fazer parte da minha família agora. Eu protegeria minha família de qualquer um.
Meu corpo trabalhava em um ritmo acelerado depois de ser motivado por esses pensamentos. Só me dei conta que já estava arrumado como de costume, quando minha mão encontrou o metal gelado o girando, a maçaneta da quarto da garota foi aberta.
Seu cheiro invadiu meus pensamentos com tanta força que me inebriei com ele. Meu coração parecia lutar com meu corpo para sair.
Meus olhos encontraram seu corpo frágil depositado na grande cama, respirando ainda com dificuldade. O vermelho do seu sangue começou a se fazer presente por trás da pele sensível. Suas bochechas começaram a ganhar cor.
- Az, ainda estar cedo. - Minha atenção se voltou para Feyre, que estava em pé próximo a janela. De braços cruzados. Me olhando. - O que tá fazendo aqui?
Perguntou com a sobrancelha erguida.
Respirei fundo, tentando buscar alguma desculpa para dar a mulher a minha frente.
- Imaginei que você deveria estar cansada. Vim ficar de olho nela. - Falei com meu olhar direcionado a garota. - Pode ir descansar se quiser.
Torci para ela aceitar minha sugestão.
Feyre deu um sorriso franco, quase inexistente.
- Sabe, eu fiquei aqui apostando quem de vocês quatro seriam os primeiros a aparecer por aqui. - Falou enquanto se direcionava a poltrona do lado da cama. Feyre deu um sorriso fraco, seus olhos se direcionaram a garota.
Minhas sombras estavam alinhadas a ela. Fazendo um leve carinho em sua pele. O cachorro permaneceu no mesmo lugar que ontem.
Respirei fundo e entrei. Tomando cuidado para não fazer tanto barulho. Me direcionei a poltrona que estava do outro lado da cama.
- Se Rhys descobrir que você foi o primeiro a chegar aqui antes dele, ele vai matar você. - Falou com um sorriso no rosto. Não consegui conter o meu se formando em meus lábios.
Era engraçado a ideia de Rhysend ser um pai super protetor. Com Nyx e Marvin, Rhys só faltava matar a pessoa que ousasse lançar um olhar diferente para seus filhos. Tenho certeza que com a garota não seria diferente. Feyre não passava longe, era uma leoa quando se travava da sua cria.
