Não era comum os recém coroados receberem flores de presente, mas aquele arranjo havia captado a atenção do mais novo rei de Daegu, mesmo não conhecendo nada sobre elas e, encantado pelo perfume suave do arranjo, Yoongi decide deixá-lo na sala do tr...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Reino de Daegu, 23 de junho 1982
— Já faz uma semana que o chefe da minha guarda pessoal viajou em busca do Príncipe de Seul e não tivemos nenhuma resposta. — Yoongi disse encarando o céu, não precisava olhar para o lado para saber que o intruso, que agora sabia ser Park Jimin, estava lhe encarando com aqueles olhos cheios de curiosidade.
— Ele já deveria ter voltado? — Jimin perguntou.
— Voltado não, mas esperava que pelo menos tivesse enviado algum soldado para nos avisar ou uma carta, ficar sem nenhuma resposta me deixa aflito. — o Rei revelou virando seu rosto para encarar o outro.
— Você deveria me contar essas coisas? — Yoongi negou em silêncio. — Então por que o faz?
— Estranhamente, sinto que posso confiar em você, mesmo depois de descobrir quem você é. — Jimin sorriu com a confissão do Rei.
— Culpado, eu estava extremamente nervoso, mas no final, foi melhor assim. — Yoongi apenas assentiu, e bom, ele era muito bom fisionomia e com história, principalmente a da Coreia.
— E eu entendo, a minha curiosidade também falou mais alto. — o Rei deu de ombros voltando a encarar a noite estrelada.
Estavam no jardim fazia alguns minutos, Yoongi dera a ideia enquanto conversava sozinho com Jimin na forma de arranjo na sala do trono, pois mesmo ali dentro onde se sentia em paz, algo em si lhe dizia que precisava do ar gélido da noite de Daegu, para saber que tudo ficaria bem. Mas no fundo, ele sabia que precisava mesmo era conversar com Jimin frente a frente.
A conversa durou pouco, um silêncio nada constrangedor se instalou ali e eles voltaram sua atenção para a lua. Estavam realmente confortáveis com aquele momento, Yoongi organizava seus pensamentos e pensava em sua agenda da manhã seguinte, enquanto Jimin alternava seu olhar entre o Rei ao seu lado e a lua, não entendia o que estava sentindo, mas sabia que havia gratidão por Yoongi confiar nele e o deixar se mostrar, mesmo que por pouco tempo.
— Temos que ir, vou me virar pra você voltar a ser o arranjo, tudo bem? — Jimin assentiu, mesmo querendo permanecer ali por mais tempo.
Ao que o Rei virou de costas, Jimin desamarrou o hanbok — que agora era seu, presente do próprio Yoongi — e despiu-se, a luz da noite refletia em sua pele e a deixava com um brilho totalmente diferente. Fechou seus olhos, agachou na grama e se concentrou para dar início a sua transformação, aos poucos sua respiração se tornou compassada, sentia seu corpo inteiro mudar, ele não via, mas sabia que sua pele estava tornando-se uma mistura perfeita do rosa e branco, aquela cor era algo que Jimin adorava, pois era única. Aos poucos, sentia tudo diferente, no lugar que havia o corpo de um homem, agora jazia um arranjo impecável de Peônias. Yoongi já não ouvia mais a respiração de Jimin, e soube que podia virar seu corpo novamente na direção, avistou o hanbok ao lado delas, o dobrou devidamente e colocou o arranjo em cima, levantou-se com todo o cuidado do mundo e rumou para a sala do trono.
