Part 29

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Samantha estava na cozinha, esperando (im)pacientemente Deena procurar qualquer coisa na despensa. 

–Deena, pelo tempo que você está aí é possível que já tenham varrido toda a areia da praia. 

Deena saiu da despensa, parando exasperada na soleira da porta. 

–Kate se esqueceu!

–Do quê? – Perguntou Sam, surpresa. 

–Como vamos construir um castelo de areia sem baldinhos e pazinhas?

Sam se controlou para não rir perante a expressão séria de Deena. 

–Deena, nós não temos cinco anos de idade. É claro que dá para construir um castelo sem isso.

–Não, não dá. Samantha, não vai ficar reto e perfeitamente geométrico.

–E quem se importa? – Perguntou Sam, fazendo um gesto para saírem da cozinha.

–Eu! – Exclamou Deena, deixando as sandálias para trás e afundando os pés na areia morna.

–Nem tudo pode ser planejado – observou Sam. Deena deu de ombros.

–Mas eu posso tentar.

Sam não conseguiu raciocinar uma resposta tendo a visão ofuscada pelos cabelos de Deena no sol quente da manhã. 

–E onde se constrói um castelo de areia? – Perguntou Deena, parando indecisa a alguns passos do mar.

–Mais ou menos ali – apontou Sam. – Onde a areia não está nem encharcada nem seca demais.

–Humm. Certo, então – e Deena foi até o lugar, se sentando na areia.

Sam se sentou à frente de Deena e a olhou de forma engraçada. 

–E por onde começamos? 

–Humm... – murmurou Deena, olhando a areia à sua frente como se ela fosse um quebra-cabeça de 3500 peças. 

–Você fica perdida sem os baldinhos? – Provocou Sam.

–Fique quieta – ordenou Deena. – Está atrapalhando minha concentração.

Sam riu. 

–Não perca seu tempo pensando. É só fazer um retângulo forte como base e construir as torres. 

–Sem medir a altura, largura e volume?

Deena parecia realmente assustada, o que fez Sam sorrir.

–É, sem medir nada. 

–Mas Samantha, pode ficar instável e cair.

–Deena, isso é um castelo de areia, não um grande projeto. Se ele cair, é fácil construir outro.

Deena franziu o cenho, parecendo pensativa. 

–Você sabe fazer isso, então, sem um planejamento que garante a execução perfeita?

–Claro que sei. 

–Não deixe que o seu ego interfira – alertou Deena. 

–Não deixarei. Ando ocupada demais tendo que me esquivar do seu, Senhorita Perfeição.

Deena rolou os olhos.

–Muito bem, então. Por onde começamos?

–Primeiro, vamos trazer a água para cá. E isso é bem fácil. 

Sam se levantou, foi até o mar e pegou um pouco de água com as mãos. Pisoteou a areia próxima a elas e construiu uma pequena piscininha.

–Interessante – concluiu Deena. 

The Experiment (Versão Sameena)Onde histórias criam vida. Descubra agora