The Experiment (Versão Sameena)

Part 31

Deena se espreguiçou, se deitando no sofá, Sam estava no banheiro lá em cima, mas logo voltaria para a tão 'aguardada' discussão de relação.

"Sinceramente, o que Kate tinha na cabeça?" Deena se imaginou discutindo a relação com Samantha:

 "Eu te odeio, passei por situações odiosas com você, vou te odiar para sempre. Não era bem o que Kate iria querer que Samantha ouvisse, não era? Então por que essa ideia ridícula? A não ser que ela ache que eu vou dizer outra coisa", pensou Deena. "Ha. Sem chance". Sam desceu as escadas e, ao chegar à sala, se sentou na poltrona ao lado de Deena.

Em um dia que parecia ter sido há séculos atrás, Sam a havia feito chorar bem ali. "Mas agora não", Sam pensou, segura. 

–Pode começar – disse Samantha. 

–Por quê? 

–Porque eu falei primeiro. 

–Isso está me cansando. 

–Não custa nada...Comece...

Deena a olhou profundamente. 

–Por favor...

- Tudo bem, desisto, por onde quer que eu comece?

–Depois de quatro dias e meio aprisionada comigo... como se sente? 

Sam a analisou por alguns segundos. 

–Eu não sei. 

Era tudo que Deena não queria ouvir. 

–Aah... não sabe. 

–Não, não sei. Às vezes, eu quero matar você. Outras... er... 

–Ok. Esquece. 

Sam sorriu. 

–É. Você pegou a ideia. Às vezes, eu te odeio. Às vezes, eu gosto de você. 

–Gosta em qual sentido? – perguntou Deena, sem se conter, se arrependendo meio segundo depois. 

Sam a observou detalhadamente. 

–Não sei. Quando eu descobrir, você será a primeira a saber. 

Deena mordeu o lábio.

–Certo. Estou na mesma situação. 

–Gosta de mim, então? 

–Da mesma forma que você gosta de mim: eu não te desgosto. 

Sam quase riu. 

–Acho que você não entendeu. Não estou indiferente. Eu gosto de você, só não sei se é um gostar...

-Saudável – sugeriu Deena. 

–Gostar de forma apaixonada é saudável – retrucou Sam, franzindo o cenho. 

–Não para nós. 

–Por que não? 

–Porque... er... – e, pela primeira vez, Deena não conseguiu pensar em nada. 

Sam parecia ter lido a mente de Deena. 

–Acabamos de confessar que não nos odiamos. Por que, afinal, não poderíamos estar apaixonadas?

Deena abaixou a cabeça, mordendo o lábio. 

–Por que eu não me sinto atraída por mulheres, talvez? 

–Podemos manter um relacionamento puro e inocente. 

Deena riu, a tensão se dissipando.

–Você é inacreditável! 

Sam sorriu, o ego amaciado.

–Vamos pular esse assunto agora, o próximo item é o futuro. Como você acha que vai se sentir em relação a mim quando essa semana acabar? 

–Se eu mal sei como se sinto agora, como vou saber como vou me sentir? 

–Você pode ter sonhos. De uma grande família feliz, por exemplo, com crianças e um cachorro – disse Sam, fazendo-­a rolar os olhos. 

–Talvez o cachorro, mas não as crianças. 

Sam abriu um sorriso enorme. 

–Muito bem, então. Trocamos as crianças por outro cachorro.

–E você? Como vai se sentir? 

Sam semicerrou os olhos em direção a Deena. 

–Não sei. Sinceramente, não faço ideia. Vamos aceitar temporariamente a hipótese da grande família feliz. 

–Nada de grande família feliz, eu só estava brincando. Eu não gosto de você assim. 

–Você não sabe. Nem eu – mentiu Samantha. – Você pode descobrir que me ama. 

–De hoje para amanhã? – perguntou Deena, cética. 

–Claro. Em uma noite na mesma cama que eu, posso fazê-­la concordar em ser minha esposa facilmente. 

Deena virou os olhos, as bochechas ficando vermelhas. 

–Nos seus sonhos. E dá para controlar o seu ego? 

Sam sorriu. 

–Provavelmente não. 

–Acho que acabamos nossa discussão. 

–Foi divertido. 

–Adorável. 

–Descobri que você me ama... 

–Mentira. 

–Verdade, você só não sabe ainda... 

–E eu descobri que você me ama! – atacou Deena.

–Foi tão óbvio assim? – brincou Sam

Deena jogou uma almofada que deveria acertar Sam no rosto, mas ela a agarrou no ar. 

–Você me irrita. 

–Você já disse isso. Roteiro? 

Enquanto Sam lia, Deena rolou os olhos. 

–Descobri meu sentimento do futuro com você. Você vai me irritar para sempre. 

–Para sempre com você? É uma perspectiva animadora.