De frente com Sangmin ✓

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Camila

Está tudo muito quieto, não sei se o pessoal esta marcando de fazer alguma coisa hoje, mas até agora está cada um no seu canto.

Jin chegou perto de mim e se sentou ao meu lado, nas mãos possuía uma vasilha com brigadeiro dentro.

-Toma, fiquei sabendo que gosta de chocolate - ele me entrega a vasilha, me lança um sorriso e em seguida sai.

Apenas concordei em agradecimento e comecei a comer. O clima está estranho, tudo muito quieto... Onde estão as meninas? Olho de um lado pro outro as procurando e nada, nem mesmo Tae estava aqui.

-Cadê esse povo? - murmuro me levantando.

-Calma aí, você tem certeza do que está falando?? - ouço pessoas conversarem no andar de cima.

-Não, é muito improvável, mas e se for verdade? - reconheço a voz de Luana.

-Tem noção do que está falando? Luana, ela não é... Isso aí.

-Vamos testar, só pra ter certeza...

Como é que é? Que conversa estranha, espero que não seja o que estou pensando.

Meu coração começa a ficar apertado, escuto uma porta se abrindo e passos descendo as escadas, me bateu um desespero.

-Não, elas não vão me colocar contra a parede de novo, não aqui.

Me levanto imediatamente, largo a vasilha de doce e corro até a porta, escutei Jin chamar meu nome porém o ignorei e segui para o elevador.

Pego meu celular e disco o número do meu pai, aguardo até que ele atendesse.

-Pai! - digo assim que ele atende - Preciso de ajuda, ou um conselho.

-O que aconteceu? - sua voz ficou firme no mesmo instante, coloquei minha máscara no rosto e sai do elevador até a recepção.

-Tem um cara, o nome dele é Sangmin, ele faz parte da... - digo, porém cruzo com uma moça na porta e me calo, assim que ela passa continuo a falar num sussurro - Ele é da Yakuza, ele me deu um prazo pra sair daqui de Seul, mas eu não consigo. E encontrei com ele hoje, e ele sabe que estou aqui!!

-Misericórdia! Você precisa vim embora, tipo agora.

-Não tem como, meu vôo tem só pra domingo, não sei se sobrevivo até lá... - atravesso a calçada em passos rápidos.

-Mas, aconteceu alguma coisa de grave?

-Sim, o infeliz apenas deixou um acônito na porta como presente. E agora minhas amigas estão desconfiando.. Pai, me ajuda, o que eu falo pra elas? - na minha garganta se fez um nó, e o desespero bateu, meus olhos se encheram de água mesmo que eu tentasse evitar, lágrimas caíram.

-Muitas vezes não conseguimos guardar um segredo pra sempre, acha que elas entenderiam? Estaríamos quebrando as regras de contar assim, mas a situação é delicada, se elas soubessem talvez pudessem te ajudar..

-Ou talvez se afastariam me deixando ainda mais sozinha... Pai, eu não sei o que faço... - enxugo meu rosto, as pessoas que passavam me olhavam com dó.

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