Camila, uma garota nascida lobisomem em Portugal, por causa da suspeita caçadores acabaram encontrando sua alcatéia e os obrigando a viverem escondidos. Seu pai na esperança de protegê-la, a manda ao Brasil para morar com sua mãe afim de tentar ter...
Sonolenta abro meus olhos e me incomodo com a claridade do lugar, após alguns segundos pude reconhecer o local, eu havia dormido na sala... Vejo várias cobertas sobre mim e travesseiros próximos. Mexo nos meus cabelos e me sento na cama.
-Bom dia... - vejo Kook sentado no sofá.
-Oh, bom dia... - respondo, encostadas no sofá vejo as meninas sorrindo pra mim, algo suspeito no ar - O que houve?
-Teve uma bela noite? Normalmente ele fala quando dorme... - Kook ri.
-Ele...?
Olho ao redor e me deparo com Tae dormindo ao meu lado, quase desfaleci naquele momento, engasguei com minha própria surpresa.
-Meu Deus! - me levanto imediatamente, todos ali riram e Kook se aproximou de Tae para acorda-lo.
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Não pude ouvir o que Kook havia dito, estava mais concentrada em meu corpo completamente em choque, quando vejo me assusto com Tae sentando no colchão.
-Ah, bom dia... - ele murmura sonolento. Assim que nossos olhos se cruzaram minha bochecha parece que tinha começado a pegar fogo, apenas assenti com a cabeça.
-Ham... Eu já desço novamente - me levanto e subo as escadas correndo, todos me observaram sem dizer nada.
Subo até o quarto e me arrumo, a todo momento pensando naquela cena, apesar do susto não pude evitar de sorrir.
Momentos depois desço novamente, Tae não estava mais lá, a sala estava toda arrumada, e alguns dos meninos já estavam sentados comendo panquecas.
-Bom dia!! - Hope grita animado.
Me servi com alguns pedaços de panqueca e me sentei, graças a Deus algo que não se come com hashi ksks.
Olho no relógio e já eram nove na manhã, pelo que ouvi os meninos comentarem sairíamos em uma hora.
Não tivemos muita cerimônia e nem muita bagunça, comemos, arrumamos tudo e subimos para pegar nossas coisas. Amanda e Luana estavam bem contentes, já eu pensava mais no lado negativo de ter que ir embora.
Arrumo minha mochila nas costas e desço acompanhada das meninas, que comentavam sobre seus momentos com os Oppas, mas claro que falavam em português para que os meninos não entendessem, em certos comentários eu apenas ria.
Pegamos um carro e fomos até o aeroporto, graças a Deus eu não estava mais vendada, o clima apesar de descontraído ainda tinha uma atmosfera séria, Tae não falou mais uma palavra comigo desde que acordamos.
Embarcamos no avião que sairia rumo a Seul, Luana e Amanda sentaram juntas dois bancos a minha frente, eu escolhi as últimas poltronas e lá fiquei.
Não sei o que posso fazer, não sei se contradizo o que Sangmin me aconselhou ou se vou embora, não quero ir, mas sinto que possa ser o melhor para todos.
De repente meu celular começa a vibrar dentro de minha mochila, assim que o pego vejo uma chamada do meu pai.
-Alô? Pai? - respondo atendendo o celular.
-Camila aonde você está? Sua mãe me disse que você saiu do país, pra onde foi?
-Sinto muito, esqueci de avisar o senhor, foi de última hora, eu vim para a Coréia com minhas amigas... - respondo com sotaque mais puxado como os portugueses.
-Seul??
-Sim...
-Tome cuidado, se conseguir por favor, volte... A Yakuza está atrás de todos os lobisomens da região, aqui em Lisboa já começaram... O Brasil é o local mais seguro pra você ficar nesse momento.
-Tudo bem pai, irei tomar o máximo de cuidado. Por favor, se alguma coisa acontecer me liga que eu pego um avião e vou o mais rápido pra aí.
-Se alguma coisa acontecer, já fique ciente que terá que voltar para cá para assumir a alcatéia...
-Pai, não ouse falar uma coisa dessas, o senhor ainda será alfa por muito tempo - abaixo o tom de voz para que as meninas não escutassem - Eu volto assim que conseguir, não se preocupe. Te amo...
-Também te amo...
O celular desligou, dou um longo suspiro de tristeza, meu coração se apertou só de imaginar acontecer alguma coisa com eles.
Ouço alguém anunciar que decolariamos, alguns minutos depois sinto uma sensação horrível no corpo a ponto de fechar os olhos, assim que tudo de estabilizou sinto alguém se sentar ao meu lado.
-Você está bem? Parece chateada... - Tae se ajeita ao meu lado.
-Só saudades de casa... - murmuro olhando as nuvens pela janela.
-Quanto tempo mais vão ficar em Seul? - questiona ele.
-Ah, não sei, duas semanas... Porém, talvez eu precise ir embora antes, coisas de família pra resolver - meu coração se apertou mais uma vez, não quero ir embora, mas devo.
-Pode ao menos ficar no show de sexta que vem...?
-Não sei... Eu preciso ir para casa, minha família precisa de mim - respondo. Sinto ele colocar sua mão sobre a minha, nossos olhares se cruzaram por alguns segundos.
-Tudo bem... - ele se solta e volta a se sentar no banco mais a frente, suspiro desanimada, fico feliz que ele goste da minha presença, mas não posso por a vida de todos em risco assim.
