Capítulo 6

914 103 101
                                    

Parte do quartinho do Cas ^

-

Finalmente aconteceu.

Dean finalmente havia tomado coragem e chamado Cas para sair, e no dia seguinte Castiel o havia beijado na porta de sua própria casa.

Sentado no carro, Dean soltou a respiração que não percebeu que estava segurando. Ele passou longos minutos balançando a cabeça e piscando mais vezes do que o necessário, como se tentasse se convencer de que o que acabara de acontecer era real. As palavras "Cas me beijou" estavam em um loop dentro de sua cabeça.

Dean sabia que parecia um adolescente, mas não se importava. Afinal ele não teve a oportunidade de passar por momentos como esses quando era mais jovem. Ele colocou as duas mãos no volante e respirou fundo. "Ok," falou pra si próprio.

Dando partida no carro, Dean dirigiu até o bunker com um grande sorriso no rosto. Ele assobiou contente da garagem até a cozinha, e pela primeira vez em... sempre, ele bebeu um copo d'água e nem olhou para o armário de bebidas.

"Dean?" Sam chamou do corredor, entrando.

"E aí, Sammy?"

Sam estreitou os olhos para a figura sorridente de seu irmão encostado no balcão, tomando um gole de água. "Uhm... está tudo bem?" ele perguntou.

"Está tudo ótimo," Dean respondeu.

Ok, Sam pensou, estranho. É hora de perguntas diretas.

"Então, como foi?" ele disse. "Tudo bem com Cas? Com o seu encontro?"

"Tudo certo," Dean respondeu simplesmente.

"Se importa em elaborar?" incomodado, Sam gesticulou com as mãos para que seu irmão continuasse.

"Não há nada para elaborar," Dean encolheu os ombros. "Jantamos, fomos ao parque e eu o deixei em casa."

"Isso é tudo?" Sam não estava satisfeito. "Você pelo menos o beijou?"

Dean de repente fechou seu sorriso.

"São dez horas, Dean!" Sam tentou explicar sua estranheza. "Dez horas! Você nunca chega em casa antes das duas da manhã quando sai com alguém. A menos que você não tenha..."

O rosto de Sam se iluminou de surpresa enquanto o de Dean ficou vermelho.

"Você não fez!" ele praticamente gritou, então colocou a mão no peito. "Ah, Dean!"

"O que?" Dean perguntou com uma voz fina, fingindo incredulidade.

"Estou certo, né?" Sam sorriu amplamente e balançou as sobrancelhas.

"Estamos levando as coisas devagar, ok?" Dean deu de ombros e colocou o copo dentro da pia. "É de Cas que estamos falando! Eu não quero estragar tudo."

O sorriso presunçoso de Sam se alargou ainda mais. "Dean Winchester..." ele continuou, e Dean revirou os olhos audivelmente. "De volta pra casa antes da meia-noite depois de um encontro, levando as coisas devagar, sem sexo... uau! Não pensei que viveria para ver isso."

"Meu Deus, Sam," Dean bufou e deu um soco no peito de seu irmão quando passou por ele. "Idiota."

"Vocês dois vão dar certo, Dean!" Sam gritou, ainda na cozinha. "Estarei aqui para conversar quando você surtar pela manhã."

Dean apenas parou de andar e bufar quando entrou em seu quarto e fechou a porta. Ele respirou fundo e começou a se despir, a música do parque ainda tocando em sua cabeça.

Crumbling Walls • DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora