Crumbling Walls • Destiel

Capítulo 28

Dean perdeu a conta de quantas vezes ele quase desistiu e contou todo o seu plano para Castiel.

Cas estava ficando longe e dando-lhe espaço, como se tivesse medo de Dean fugir se eles se tocassem por mais de cinco segundos. Eles não tinham feito nada juntos, dentro ou fora de casa, desde a conversa no parque, e também não haviam se abraçado, dormido enrolados ou feito sexo.

No domingo, Dean estava quase explodindo. Ele ligou para o joalheiro e implorou que acelerasse o processo antes que tudo tivesse que ser cancelado. O homem disse que não trabalharia no dia de Natal, mas no dia seguinte pela manhã faria o possível para terminar os anéis.

Enquanto preparavam o jantar da véspera de Natal, Castiel chamou Dean de lado, sua expressão preocupada e cansada.

"Eu quero falar sobre o que você disse no parque outro dia," Cas disse diretamente. "Mas não agora ou mesmo hoje... só quando o Natal acabar."

Dean assentiu e tentou falar, mas Castiel levantou o dedo, impedindo-o.

"Farei o meu melhor para fingir que não me incomodou, a fim de tornar esta uma boa experiência para Jack. Mas falaremos sobre tudo mais tarde," Cas continuou.

"Sim." Dean suspirou com um aceno de cabeça. "Eu realmente sinto muito, eu... eu preciso que você saiba disso, Cas."

Castiel assentiu e franziu os lábios.

"Eu sei," ele disse e tentou sorrir, e Dean sabia que ele estava falando sério.

Dean cuidadosamente se inclinou para frente e acariciou a bochecha de Cas, fechando os olhos.

"Eu te amo, amor," ele sussurrou.

"Eu também te amo," Cas sussurrou de volta e deu um beijo na bochecha de Dean antes de voltar a preparar a comida.

***

Quando Dean sentiu seu corpo acordar, ele também sentiu frio. Pela primeira vez, não foi culpa do inverno.

As coisas não haviam passado daquela conversinha na cozinha. Dean sentia falta desesperadamente do calor do corpo de Castiel, sua pele macia e seu toque suave. Suas palavras, sua voz e seu afeto. Era tão difícil ficar sem tudo isso depois de ter se acostumado.

É por isso que Dean fez a única coisa plausível naquele início de manhã: ele fingiu que ainda estava dormindo e se encostou nas costas de Cas, deslizando para mais perto dele e respirando contra seu cabelo escuro.

Castiel silenciosamente suspirou em seu sono e se empurrou contra o corpo de Dean. Dean sorriu onde seus lábios encontraram a nuca de Cas antes de deixar um beijo suave lá.

"Porra, estou com saudades de você," ele murmurou.

Obviamente, isso não durou.

Menos de cinco minutos depois, Dean ouviu uma batida alta seguida por Jack gritando um "Estou bem!" do corredor. Castiel se sentou com os olhos arregalados, claramente assustado com o barulho. Dean franziu os lábios, sentindo-se triste por perder o calor de Cas tão rápido.

"Ai meu Deus!" Outro grito veio e Cas começou a se levantar preocupado. "São tantos presentes!" Jack continuou entusiasmado.

Cas bufou uma risada e se sentou de volta na cama.

"Devíamos ir lá com ele," ele murmurou, olhando para Dean, que ainda estava deitado.

"Sim," Dean disse com os olhos fixos em Cas, tentando convencê-lo de que eles poderiam voltar ao normal sem usar palavras.

Castiel franziu os lábios em um sorriso e se ajeitou, inclinando-se para dar um beijo nos lábios de Dean.

"Feliz Natal, Dean," ele disse suavemente.