Capítulo 10

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Hoje quem tá precisando de distração sou eu, então resolvi postar um capítulo novo <3

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Cas mal dormiu naquela noite.

Ele estava sentindo muitas coisas ao mesmo tempo, coisas que não entendia muito bem. A pior delas sendo a falta de compreensão do que afastou Dean daquele jeito, quando ele parecia estar lidando bem com seus sentimentos.

Depois que os irmãos foram embora, ele limpou a cozinha e trancou a casa. Ele escovou os dentes lentamente e vestiu o pijama antes de deslizar para baixo dos cobertores. O travesseiro ao seu lado cheirava a Dean. Cas estendeu a mão e segurou-o com força contra o peito, inalando o perfume fraco e tentando não ficar muito emocionado.

De manhã, seus olhos estavam inchados e ele tinha uma sensação estranha no estômago. A mesma sensação que sentiu todos os dias desde o momento em que disse a Dean e Sam que não iria ficar com eles meses atrás, até o dia em que Dean conseguiu voltar para sua vida.

Cas tentou começar seu dia como se estivesse bem. Ele vestiu seu uniforme e fez café. Trancou a casa e entrou em sua caminhonete. O rádio ligou com o motor e os acordes de House of The Risin' Sun estavam tocando. Ele respirou fundo e desligou o rádio. A última coisa que ele precisava era a memória de Dean cantarolando aquela música em um sábado à noite enquanto escolhia um filme na TV.

Ele dirigiu lentamente pela cidade e estacionou atrás da loja. Patrick não estava lá ainda. Nenhuma novidade.

Ele girou a placa da porta para 'aberto' e destrancou-a. Minutos depois, ele assinou os recibos de uma entrega de papel higiênico e sentou-se em sua cadeira atrás do balcão do caixa.

***

Dean não tinha certeza do motivo de ele ter saído daquele jeito. Mas foi o que ele fez.

Ele não disse uma palavra no carro com Sam e assim que chegou ao bunker fez algumas ligações e encontrou um caso em uma distância de duas cidades. Preparou sua mochila e o porta-malas do carro. Às 2 da manhã, ele estava na estrada, com lágrimas nos olhos.

Ele passou quatro dias na pequena cidade. Os três primeiros dias foram de entrevistas, pesquisas e drinks noturnos no bar local. Tudo indicava um ninho de vampiros. Ele colocou os livros dentro do carro e carregou seu facão para onde quer que fosse. Dean ignorou o zumbido do telefone o tempo todo. Sam não parava de enviar mensagens de texto e ligar, perguntando o que aconteceu e onde ele estava. Cas, por outro lado, mandou uma mensagem para ele apenas uma vez, antes de ele deixar o bunker na terça-feira.

O quarto de motel era horrível, a cama era dura e o banheiro completamente nojento. Mas ele não queria gastar seu salário e não achava que merecia qualquer tipo de mimo no momento, então ele decidiu ficar lá mesmo.

Ele sabia que tinha sido um idiota com Cas ao sair daquele jeito, mas ele havia surtado.

Cas pedir para ele se mudar para sua casa foi tão repentino e cheio de significado... ele não tinha certeza se estava pronto para isso.

Mas, por outro lado, o que o estava impedindo? Eles tinham mais de nove anos de história intensa e isso era muito mais do que outros casais esperavam para morar juntos. Cas disse que queria um futuro e Dean estava ciente disso desde o início. Se ele não estivesse de acordo com um futuro juntos, ele não teria concordado em seguir em frente no relacionamento deles.

O peso da culpa caiu forte sobre seus ombros. Ele estava se sabotando novamente, sua própria felicidade. Porque isso é o que ele fazia toda vez que tinha a chance de ter algo bom.

Crumbling Walls • DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora