ᶜᵃᵖⁱ́ᵗᵘˡᵒ ⁸

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   O nervosismo de S/n era nítido neste momento, ela não sabia se contava ou não para Shirley sobre o assunto que S/n guardava apenas para si mesma.

S/n respirava fundo várias vezes, e isso estava deixando Shirley um pouco preocupada com a garota.

— Você está bem? — Shirley perguntou um pouco preocupada. — Você quer que eu ache água para você tomar? — Shirley perguntou mais uma vez preocupada.

S/n sentia suas mãos suarem, pois as duas garotas se conheceram hoje, isso já faz talvez algumas horas, mas Shirley não se levou a preocupar em falar literalmente todas suas coisas pessoais e privadas. E era isso que S/n não entendia, porque a garota de cabelos de fogo contaria para alguém que acabara de conhecer todas suas coisas pessoais.

E isso deixava S/n um pouco confusa.

— Shirley. — S/n a chamou — Por que me contou suas coisas pessoais? — S/n perguntou curiosa.

— Oh. — a garota ruiva riu um pouco — Bem,... acho que é porque eu meio que nunca tive alguém para me abrir. Amigos. — a ruiva falou um pouco envergonhada — Quer dizer. Eu tive, "amigos". — Shirley fez aspas com os dedos — Mas, umas vez os ouvi falarem mal de mim... pelas costas. — a ruiva falou um pouco magoada, e abaixou a cabeça.

S/n não imaginara que a garota ruiva não tinha amigos ou amigas de bom coração, pois a garota é simplesmente incrível, e alegre.

— Por que? — S/n à questionou.

— Eu não sabia o porquê. — Shirley suspirou — Até ouvir eles falarem o que achavam de mim, sem eu ter feito nada á eles. — a garota falou encolhida.

— O que eles falaram? — S/n perguntou mais uma vez — Claro, s-se você se sentir confortável, v-você pode falar. — S/n falou um pouco trêmula por não querer pressionar a garota.

— Tudo bem. — Shirley soltou um leve sorriso, e limpou seu olho — Eles disseram que eu falava demais, e que eu era uma insuportável que não calava a boca. — Shirley suspirou — E que, eu apenas fingia ser legal, e me chamaram de falsa. — Shirley falou por fim, e então limpou seus olhos.

— Desculpe. — S/n falou olhando a ruiva, se sentindo culpada — Desculpe, não queria te fazer chorar. — Ela completou se culpando.

— O que? Tá tudo bem. — Shirley sorriu — Nunca contei isso à ninguém, você foi a primeira. — ela falou colocando suas mãos em suas coxas, deixando seu rosto vermelho a mostra.

Por impulso, S/n abraçou a ruiva, que retribuiu pelo consolo de sua nova amiga.

— Certo. — S/n falou se separando do abraço, respirando fundo — Agora, eu que vou contar. — ela falou olhando nos olhos da ruiva. — Lembra quando você me perguntou o por que de eu ter vindo para San Francisco? — Shirley assentiu.

S/n apertou suas coxas como uma forma de se acalmar, e relaxou seus ombros.

— Bem, isso tudo aconteceu por causa de uma família. — S/n falou, e Shirley à olhou confusa — Em novembro de 63, foi quando tudo começou a vir a tona. —

Shirley se arrumou mais no banco de madeira, sabendo que essa história seria longa, e interessante.

S/n tentou explicar cada detalhe para Shirley, que a olhava admirada. Até que chegou na parte mais triste desta história. Onde a querida S/n perdeu seus pais.

Isso deixou Shirley magoada pela garota, o coração de Shirley se derreteu pela história, romântica e dramática, que S/n acabara de contar.

Shirley à escutava com atenção, como se fosse uma crítica de alto patamar à examinando. S/n por sua vez, ficava olhando para um ponto fixo, para não acabar parando no meio do caminho.

❛𝗡𝗢𝗦𝗦𝗔 𝗣𝗥𝗢𝗠𝗘𝗦𝗦𝗔❜ 𝖼𝗂𝗇𝖼𝗈 𝗁𝖺𝗋𝗀𝗋𝖾𝖾𝗏𝖾𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora