ᶜᵃᵖⁱ́ᵗᵘˡᵒ ¹⁴

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   Soltei um suspiro, e logo tomei coragem.

Comecei a andar, indo até a sala, onde estavam meus pais.
Eles estavam assistindo TV.
Eles tinham dinheiro o suficiente para ter uma TV, e isso era bom.

Passava, e ainda passo, a maior parte do tempo na TV, apenas porque meu pais são muitos conservadores.
Bem, desde quando era pequena mamãe, e papai, foram preservados comigo.
Não me deixavam sair muito e isso era muito desconfortável, e tedioso para mim, eu era apenas uma criança que queria brincar.

Um desses exemplos, foi quando tentei aprender a andar de bicicleta.
Tinha oito anos, e a bicicleta era rosa, bem delicada.
Eu ia aprender a andar sem rodinhas, mas cabei caindo, e minha mãe veio correndo me ajudar, e então ela me falou que não era mais para eu tentar, e que poderia fazer um estrago maior, e isso me deixou com medo de andar de bicicleta.
No final das contas, eu tinha apenas ralado meu joelho, e até hoje não sei andar de bicicleta.

E meus pais são muitos rígidos com regras.
Então nunca desobedeci eles alguma vez, mas mesmo assim sou alegre, pois já não me importo mais com isso.

Assim que cheguei ao lado do sofá, tomei mais coragem de perguntar para eles.

— Mãe, pai? — os chamei, e eles murmurarão um, " hum" — Eu posso ir na casa da minha amiga? — perguntei nervosa.

— Não sei Shirley. — minha mãe falou, e logo senti uma pequena mágoa.

— Quem é sua amiga? — papai perguntou e me olhou.

— É a S/n. — respondi — Conheci ela no supermercado, e ela é muito gentil e simpática. Então queria saber se poderia ir vê-la hoje. — falei.

Minha mãe suspirou e logo se levantou do sofá indo para cozinha.

Isso as vezes representava que mamãe não iria deixar, ou que ela ainda estava pensando sobre isso, mas a maioria das vezes ela não deixava.

Abaixei minha cabeça triste.
Queria ir ver S/n, e falar mais com ela sobre sua amável história romântica.
Senti meus olhos começarem a lacrimejar, mas me contive e não ás deixei cair.
Mamãe sempre diz que nós apenas choramos por três motivos, tristeza, raiva, e felicidade.

Isso é verdade, mas as vezes parece que não é...
Sempre acho que deveria colocar mais um motivo nessas três categorias, mas acho que seria besteira...,para algumas pessoas.

Ouvi passos se aproximando da sala novamente, e era mamãe, então não me importei e continuei de cabeça baixa, esperando seu não, e logo depois ela falando que é para o meu bem.

— Shirley. — olhei para a minha mãe — Você pode ir na casa de sua amiga. — mamãe falou calmamente.

Um sorriso largo estava em meu rosto, que fazia até minhas bochechas doerem.

— Obrigada mamãe! — corri e a abracei, e logo ouvi um riso de surpresa dela.

— Certo, mas não volte tarde mocinha, sabe que fica perigoso quando escurece. — minha mãe olhou em meus olhos, e logo assenti para ela com meus olhos brilhando.

Me despedi de meus pais dando um beijo na bochecha de ambos, e logo peguei a chave de casa, e sai.

Estava sol, mas mesmo assim estava o frio de outono. Mesmo com o frio de outono, eu não consigo deixar minhas roupas largas, de tecido leves e sofichicados.
Puxei o ar bem fundo, e comecei a caminhar indo em direção onde eu encontrei S/n no mesmo dia que a encontrei no mercado.

Vou tentar achar a casa dela por lá, acho que provavelmente não seja muito longe de onde a encontrei.

Vou ser sincera que aquela não foi a primeira vez que vi S/n no mercado, naquele dia.
A primeira vez que à vi, foi no mercado, mas apenas a vi de relance.
Foi bem no verão, ela vai quase toda a quinta, e suas roupas eram tão bonitas.

Gostava do estilo dela, do cabelo, e o rosto dela é tão perfeito, sinceramente me encantei por ela quando a vi, mas não era d ruma forma romântica ou algo do tipo, sempre apreciei muito as pessoas e com S/n não foi diferente, e vou ser sincera que já sinto um interesse romântico por um garoto do meu colégio.
Aquele dia foi quando eu finalmente tinha tomado coragem para falar com ela, e não me arrependo já que fiz uma ótima amizade, e fico feliz dela ter me contado sobre o seu romance.

Eu acho tão incrível ela estar vivendo uma história romântica, tipo um garoto pode viajar no tempo a qualquer segundo, apenas para tê-la de volta, para poderem ficar juntos.
Isso é tão romântico.

Andei mais um pouco e cheguei ao lugar onde a encontrei, olhei em volta para ver se eu poderia achar alguma pista para saber onde ela mora, mas não achei nada.

Me virei para trás, de onde vim, já que nós estávamos indo para a mesma direção, então deve ser por ali.

Andei mais um pouco e logo tive uma suspeita assim que vi uma certa movimentação em uma casa azul claro, e fiquei olhando um pouco curiosa.

Até que a porta da frente é aberta, e logo S/n aparece com uma feição um pouco envergonhada.

Sorri por vê-la ali, logo levantei meu braço para acenar e logo atrás apareceu um garoto com um uniforme de cores escuras, e seu cabelo um pouco arrumado.

Vi S/n corresponder o meu aceno alegremente.
Ela estava com um sorriso largo nos lábios, ela parecia contente, alegre e feliz.
E isso me deixou um pouco curiosa, então atravessei a rua indo até ela.

Percebi ela abrir os braços indicando um abraço, então aproveitei e corri até ela, e logo senti nossos corpos chocarem pelo meu impulso, então damos um abraço apertado.

— Shirley! — a garota exclamou contente, e logo me olhou — Que bom te ver por aqui! — S/n se separou um pouco para nos vermos — Preciso falar com você. — ela me olhava sorrindo.

S/n olhou para o garoto, e logo fiz o mesmo, estava curiosa para saber quem era o garoto.
Ele estava com uma expressão cínica, e neutra, e parecia meio confuso.

❛𝗡𝗢𝗦𝗦𝗔 𝗣𝗥𝗢𝗠𝗘𝗦𝗦𝗔❜ 𝖼𝗂𝗇𝖼𝗈 𝗁𝖺𝗋𝗀𝗋𝖾𝖾𝗏𝖾𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora