Youtubers e o Segredo da Cabana

Cap. 16: A Marionete

Sábado, 10:15 da noite

A sala de reunião do departamento era grande e bem iluminada. Em uma de suas paredes, havia um grande telão e nas de laterias e de fundo, grandes bancadas com computadores e armários. Havia uma enorme mesa redonda no centro, com várias poltronas ao seu redor, e sobre ela, haviam várias pastas, papéis soltos e notebooks. O lugar era bem reservado, então continha apenas uma larga porta como entrada e saída. Cerca de doze pessoas estavam reunidas ali, em pé, contornando quase toda a mesa, porém se sentassem ainda sobrariam acentos. General Almeida, Jéssica, Yuri e Roberto também estavam. Vários deles pareciam inquietos e apreensivos, aguardando ansiosamente a presença do chefe. Como se tratava de uma reunião urgente, todos se juntaram o mais rápido possível, antes mesmo do horário em que ela foi marcada. Sabendo disso, Dr. Fernandes surpreendeu-se.

O chefe, acompanhado de Flávia e de Augusto, adentraram apresadamente no recinto. Ela, assim que se aproximou da mesa, colocou suas pastas sobre e se permaneceu em pé, ao lado de uma poltrona. Augusto contornou a mesma e ficou parado, de frente à mulher. Já Fernandes, se pôs diante da mesa, de costas para o grande telão, e de frente para o grupo.

Dr. Fernandes: Os senhores já devem estar cientes sobre o porque convoquei esta reunião.- dizia firmemente, passando os olhos pelo pessoal, que o ouvia atentamente - E pela rápida união, também sabem o quanto é urgente. - ele engoliu em seco - O nosso sistema organizou muito bem a preparação para o início do "O Experimento", entretanto, no início do nosso desempenho, já estamos enfrentando problemas. - respirou fundo - Não foi atoa que Sarah Collins nos comunicou isso pessoalmente. - lembrou-os, causando um pouco mais de nervosismo neles. - E é sobre esses problemas que temos que tratar aqui, pois precisamos agir rapidamente e reverter essa situação o quanto antes.

Yuri: Por onde começamos, senhor? - perguntou o jovem.

Dr. Fernandes: Vamos começar pela arma que foi enviada para dentro do Experimento. - sugeriu.

- Isso é um absurdo. - comentou um homem - Ajudar as oferendas? Isso é contra o sistema!

Augusto: Creio eu que o responsável deverá ser punido. - sugeriu.

Jéssica: Isso não quebra o protocolo. - ela interviu, fitando Augusto - Já que tem facas e outros itens lá dentro que podem ser utilizados como defesa pelas oferendas, acredito que o responsável deverá se explicar primeiro, antes de tomarmos qualquer decisão. - disse, suavemente.

Roberto encarou Flávia por um momento. A mulher desviou o olhar e tentou disfarçar seu nervosismo.

Augusto: Foi uma atitude infantil! - comentou - Claramente quem enviou o item teve a intenção de ajudá-los. Sem falar que uma arma como aquela pode ferir gravemente uma de nossas criaturas. - observou - Até pode matar uma delas!

Yuri: Acho que isso não é um problema para nós, já que temos criaturas de sobra. - comentou, com um sorriso.

Gen. Almeida: Augusto tem razão, meu rapaz. Devemos manter a segurança do sistema.

Dr. Fernandes: Você tem ideia de quem é o responsável? - o chefe encarou Roberto - Já tem alguma pista de quem seja? - perguntou.

Nesse momento, um arrepio percorreu todo o corpo de Flávia. Roberto sabia que foi ela quem enviara aquele a arma para o chalé e ela já se preparava para sofrer as consequências. A mulher encarou ele por alguns segundos, inexpressiva, tentando disfarçar sua tensão. Ele a encarou de volta por um breve segundo e depois fitou o chefe. Augusto percebeu a rápida troca de olhares.

Roberto então, se manifestou:

Roberto: Ainda não, senhor. - mentiu.

Um alívio desceu dolorosamente pela garganta de Flávia, que sentiu sua pressão cair um pouco. Não entendeu o porque de ele não denunciá-la naquele momento, mas ainda estava muito nervosa, pois pensou que, apesar de ainda ter a chance de continuar o seu plano, Roberto agora poderia ser um grande obstáculo para ela, pois provavelmente ele deveria ter alguma intenção por trás disso.