FINAL ALTERNATIVO

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Deitei minha cabeça sobre o ombro de James e fechei os olhos, retomando o fôlego e enchendo meus pulmões de ar, à medida que meu coração desacelerava e eu finalmente consegui abrir os olhos mais calma.

— Você está bem? — Ele questionou, passando a mão em meu cabelo.

— Estou, eu só... — a voz falhou quando minha garganta fechou e sangue saiu com uma tosse seca.

— O que é isso? — Klaus se ajoelhou ao meu lado e segurou meus ombros, olhando para Davina com preocupação.

— É o efeito colateral — Freya explicou, encostada em uma parede no canto. — Ela morreu com a toxina do Lucien no sangue.

— Isso vai passar? — James questionou.

— Não vai. A Mary vai ter que conviver com isso no corpo. Ela tem o veneno do Lucien no sangue, significa que se ela morder um vampiro vai matá-lo em menos de 24 horas.

— Eu sou como o Lucien? — Perguntei, passando a mão na boca e limpando o sangue que escorria.

— Não totalmente. — Ela se aproximou, se abaixando para ficar na minha altura.  — Você não tem a força ou a rapidez dele, nem a maldade.

— Então ela é uma bolsa de veneno ambulante? — Rebekah perguntou. — Que ótimo.

— Rebekah — Klaus chamou, lançando um olhar mortal a ela.

— Devemos um pedido de desculpas a você, Mary — Hayley se pronunciou, vindo até mim com as mãos cruzadas em frente ao corpo. — Eu errei em te julgar, se eu estivesse no seu lugar teria feito o mesmo.

— Exatamente — Elijah falou. — Sinto muito. Espero que algum dia possa nos perdoar.

— É o nosso pedido de desculpas — complementou Rebekah. — Eu só quero esquecer isso — estendeu a mão para James —, e espero que me perdoe também.

— Eu te perdoo — James respondeu.

— Vamos — Freya chamou eles, indo até a porta. — Acho que os dois precisam de um momento a sós.

Todos saíram, menos Hope. Ela ficou no canto da sala quando decidiu vir até nós e segurou os ombros do pai com um sorriso.

— Trate de reconquistar essa mulher — ela falou com os olhos estreitos, ainda sorrindo. — Eu quero ela na minha família como minha segunda mãe.

Coloquei a mão sobre a boca, evitando rir daquilo, então Hope saiu e tudo ficou em silêncio.

Klaus se ajoelhou ao meu lado e segurou minhas mãos com cuidado, abrindo a boca várias vezes na tentativa de achar as palavras certas.

— Eu sei que você disse que me perdoava, mas eu preciso pedir perdão novamente — ele disse com voz embargada. — Eu cometi tantos erros que me arrependo, com pessoas tão boas e infelizmente você foi uma delas. Eu tenho certeza que se nunca tivéssemos nos conhecido, você seria menos uma vítima, mas olha onde estamos. A vida está nos dando uma chance novamente depois de tanto tempo e de tanta dor. Eu só preciso que me dê uma chance e eu farei tudo certo dessa vez. Por favor, Mary.

Respirei fundo e apertei as mãos dele, sorrindo sem mostrar os dentes. Claramente, meu coração ainda o amava, desejava por ele e queria passar o resto da minha vida com ele, mas não sei se seria a mesma coisa. Não poderíamos voltar no tempo e apagar o que estava feito. Eu não era a mesma Mary e ele não era o mesmo Klaus, mas talvez poderíamos tentar. O brilho nos olhos dele deixava claro o arrependimento.

— Eu esperei esse pedido de perdão por muito tempo, Klaus. Sempre imaginei como seria e em todos eu te matava no final — respondi, rindo involuntariamente. — Mas agora eu só sinto que o perdão é necessário para seguir em frente e é sobre seguir em frente, não voltar ao passado.

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