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Abri os olhos com dificuldade e os forcei para conseguir enxergar no escuro, mas foi inútil

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Abri os olhos com dificuldade e os forcei para conseguir enxergar no escuro, mas foi inútil. Eu só conseguia ouvir uma discussão do lado de fora do ambiente e tentei levantar da cadeira, mas senti uma forte dor no corpo e uma ardência aonde as cordas estavam amarradas.

A porta de metal finalmente se abriu com um rangido, revelando Kol e Rebekah.

— A bela adormecida acordou — Kol falou, vindo até mim.

— O que é isso? — Perguntei, tentando me soltar. — Por que arde tanto?

— Seu corpo está coberto de verbena e está muito fraca. Poupe seus esforços.

— O que vão fazer? — Questionei, já sabendo a resposta.

— Vamos torturar e matar você — respondeu como se fosse óbvio.

— Kol — repreendeu Rebekah —, não vamos fazer nada até Klaus decidir o que fazer com ela.

— O bastardo está no meio disso? — Questionei, rindo. — Por que eu não me surpreendi?

— Ele não sabe de nada disso — Rebekah respondeu, com os braços cruzados.

— Mas ele vai me agradecer — Kol falou. — Vou tirar de vez uma pedra do sapato dele.

— Não podem me trancar aqui!!

— Você já está aqui, então o que nos impede?

— Vão me procurar.

— E vão morrer também.

— Não pode simplesmente arrancar o coração dela, Kol — Rebekah falou, preocupada com alguma coisa.

— Ela tem um coração? — Kol perguntou em tom de ironia e me olhou. — Lembro muito bem que o Klaus arrancou ele.

— Graças a vocês eu não tinha, mas ele se regenera quando o corpo ressuscita, idiota!! — Respondi, revirando os olhos.

— Tá legal — Kol falou, com cara de tédio —, cansei dela, acho que vou me divertir um pouco.

— Pode fazer o que quiser — Rebekah falou saindo. — Eu não vou matar ela e passar por cima do nosso irmão.

— Klaus nunca fez nada por mim, eu não devo nada a ele — Kol respondeu.

Ele não obteve resposta pois Rebekah saiu e bateu a pesada porta de metal.

— Por que não me solta e eu te mostro o que sou capaz de fazer — falei, desafiando ele. — Isso não é muito justo, eu estou amarrada e com verbena pelo corpo.

— Eu prefiro te mostrar o que eu sou capaz de fazer — Ele respondeu, pegando uma faca que eu reconheci imediatamente. — Lembra disso? — colocou ela em frente aos meus olhos. — Lembra do nosso último Natal?

Fiquei em silêncio lembrando de quando ele me olhou, tentando achar algum ponto fraco.

— Ainda usa o anel que o Klaus te deu? Porque ele ainda usa o seu anel.

O anel ainda se mantinha guardado na cripta Stuart, onde eu deixei todas as lembranças da minha antiga vida e agora consigo me lembrar claramente de quando Klaus me deu o anel com pequenos diamantes.

— Não quer conversar, tudo bem — ele falou, dando de ombros e pegou a faca cravando ela em meu ombro —, pode gritar se quiser.

Tentei resistir ao ímpeto mas um grito saiu da minha boca e tive que fechar os olhos pra aguentar a dor.

— Por que está fazendo isso? — Perguntei.

— Fiquei sabendo de uma tal profecia e me contaram que meus queridos pais vão voltar dos mortos e eu vou morrer — respondeu, com outra faca na mão. — Eu odeio os meus e não quero morrer e você é o motivo disso tudo, Mary. Se você morrer tudo acaba bem.

Ele passou as duas facas de cada lado do meu pescoço e sangue escorreu manchando todo o meu vestido.

— Então por que não me mata logo?

— Acho que ainda não aprendeu que nunca se deve desafiar um Mikaelson e você fez isso duas vezes e vai morrer uma segunda vez.

— Sabe por que se sente traído e enganado por todos? — Ergui minha cabeça e olhei para ele. — Porque ninguém se importa se você está vivo ou em um bueiro qualquer. Seu próprio pai tentou matar você várias vezes e tudo que os seus irmãos fizeram foi colocar uma adaga em você e tranca-lo em um caixão por anos porque ninguém te quer por perto. Sim, vocês me mataram e podem fazer de novo mas eu sei que pelo menos eu fui amada e que eu tive um irmão que sempre me protegeu, e você teve o quê? Conseguiria deitar a cabeça no travesseiro sem pensar que todos estariam melhor sem você aqui? Você carrega o sobrenome Mikaelson com tanto orgulho na boca, exibindo a hipócrita frase "sempre e para sempre" mas na primeira oportunidade atacam uns aos outros. Você se esconde por trás da sua família, mas tem vergonha de tê-los. E eles odeiam você.

— Como sabe que eles colocaram uma adaga em mim? — Questionou boquiaberto.

— Aurora me contou. Ela me disse tudo o que eu precisava saber para matar um por um.

— Não vai matar se estiver morta. Aliás, as duas vão morrer de um jeito que faria até o diabo chorar.

Dei uma risada alta, desafiando ele.

Kol enfiou uma estaca próximo ao meu coração e pude sentir a madeira rasgando minha carne e se aproximando cada vez mais do coração.

 𝐴𝑙𝑖𝑣𝑒 ✦ 𝐾𝑙𝑎𝑢𝑠 𝑀𝑖𝑘𝑎𝑒𝑙𝑠𝑜𝑛 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora