2.2

4.5K 389 289
                                    

O Quartel estava estranhamente vazio, me pergunto quais histórias os dois tiveram que contar para tirar todos dali, mas por precaução saímos por um túnel estreito escondido no porão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O Quartel estava estranhamente vazio, me pergunto quais histórias os dois tiveram que contar para tirar todos dali, mas por precaução saímos por um túnel estreito escondido no porão.

Andamos em silêncio por alguns minutos até chegar a saída e paramos em um corredor escuro.

— E Lucien? — Perguntei, recuperando o fôlego.

— Seu namoradinho está com Stefan, ele era a parte difícil já que estava trancado a sete chaves.

— Ele não é meu namoradinho.

— O que é então?

— Complicado.

— Eu estou intrigado com a vampira que teve coragem de enfrentar Klaus Mikaelson, o híbrido original.

— Não tem nada demais — dei de ombros, olhando para mim mesma. — Eu vou fazer pagar aqueles que me fizeram sofrer. Todos eles, da pior forma possível.

— E ainda dizem que a versão feminina do Klaus é Rebekah — ele balançou a cabeça negativamente, soltando uma risada.

— Então, obrigado pela ajuda mas eu já vou — falei, apontando para a rua. — Diga para o seu irmão me encontrar no cemitério dos ancestrais amanhã.

— Sabe que não pode dizer que ajudamos você a fugir, não é? — ele segurou meu braço.

— Ou vocês estariam mortos, mas sei reconhecer aqueles que me ajudam — respondi. — Aliás, o que vocês têm com o Klaus e por que querem o Kai?

— É uma longa história, mas resumindo o Stefan é ex-namorado da Rebekah e a amizade entre o Klaus e ele é muito antiga, e também teve uma vez que o Klaus foi para Mystic Falls nos atormentar. Quanto ao Kai — sua expressão mudou de neutra para ódio com um suspiro —, ele fez muitas coisas e eu não vou parar até acabar com ele.

— Então ainda não acabou... — pensei.

— Ele é como uma barata, sempre escapa — balançou a cabeça negativamente, fechando os punhos.

— Você tem notícias do Mikael? — Perguntei, olhando para a rua vazia.

— Ninguém sabe aonde ele está e a família Mikaelson está ainda mais furiosa por você trazer ele de volta à vida.

— Isso nem foi ideia minha, mas tudo fica na minha conta — balançei a cabeça com cansaço. — Mas se isso está atormentando eles então eu posso carregar esse feito.

— Você até que é interessante — ele sorriu de lado.

— Mary! — Um grito familiar chamou meu nome.

Me virei rapidamente e Aurora corria em minha direção como se tivesse visto um fantasma. Ela parou antes de chegar e me olhou com mais cuidado, vendo as marcas aonde as cordas com verbena estavam.

— Me disseram que estava morta — ela me abraçou com força, me deixando sem ar. — Eu e James ficamos tão preocupados.

— Quem disse que eu estava morta? — Retribuiu o abraço, deitando minha cabeça no ombro dela.

— O Klaus. Ele anunciou isso pra toda a cidade e é por isso que estão vazias. Todo mundo está com medo do que ele prometeu fazer e o Mikael está desaparecido também.

— E o meu irmão...

— Ele está comigo, o impedi de cometer uma loucura.

Damon limpou a garganta, percebendo que estava sendo totalmente ignorado. Aurora se afastou de mim e olhou para ele com desconfiança.

— Esse é Damon Salvatore — falei, apontando para ele. — Ele e o irmão me ajudaram a fugir.

— Por mais que eu queria passar horas e horas jogando conversa fora vocês precisam ir, o Klaus já está voltando — ele disse, verificando se ninguém estava por perto.

— Obrigada — sorri, em agradecimento. — Agora eu tenho uma dívida com você.

— E eu vou cobrar — ele respondeu antes de entrar novamente no túnel, com um aceno de cabeça.

— Não gostei dele — Aurora comentou, pegando em minha mão.

— O que eu passo fazer? — Dei de ombros. — Ele me ajudou.

— O importante é que você está aqui.

— E você viu o Lucien? — Perguntei, sentindo uma pontinha de preocupação.

— Ele está em casa, chegou muito machucado e se trancou em seu quarto.

Aurora me ajudou a chegar em sua casa e fomos rapidamente para seu quarto.

— Toma — ela me entregou uma bolsa de sangue, sentando ao meu lado.

Bebi o sangue de uma vez com tanta sede que nem fiz cara feia quando o líquido espesso e pegajoso passou pela minha garganta.

— Não dá mais pra adiar as coisas — falei, me virando para ela. — Se a gente não matar eles primeiro, quem morre somos nós.

— O Klaus mandou que todos os humanos saíssem da cidade, ele quer a cidade vazia para o banho de sangue. — Aurora suspirou. — Mas acima de tudo precisamos sobreviver, mesmo que os outros morram.

— Eu vou dar a minha vida pela do meu irmão se ele precisar — falei, antes que ela continuasse.

— Quando quer começar?

— Preciso me recuperar primeiro e depois precisamos do Lucien, ele é mais forte que todos nós e capaz de matar um original.

— Temos as estacas também.

— Cada um de nós fica com uma estaca. O Kol já foi, só faltam quatro.

— E a loba?

— Ela não é prioridade, matamos ela depois. — Pensei por alguns segundos. — A Ester vai ligar a vida dos filhos, só precisamos matar um e todos morrem.

— Eu quero matar o Klaus com as minhas mãos — Aurora disse, de punhos fechados.

— Então nós duas vamos matar ele juntas.

Conclui com um sorriso e olhei para o chão, agora com expressão séria, então suspirei.

— O que foi?

— E se essa profecia for verdade? — Olhei para ela. — Eu não quero morrer outra vez.

— Você não vai morrer, Mary. Estamos juntas nessa, eu não vou deixar nada acontecer a você.

— Eu nunca disse, mas agradeço por ter conhecido você  — sorri, segurando sua mão.

Aurora apertou minha mão, abriu várias vezes a boca como se quisesse dizer algo, então se aproximou e subitamente colou seus lábios nos meus.

A surpresa foi tão grande que fiquei imóvel, incapaz de realizar qualquer movimento, mas por fim dei passagem para sua língua, e minha mão instantaneamente segurou seu cabelo, a puxando para mais perto.

 𝐴𝑙𝑖𝑣𝑒 ✦ 𝐾𝑙𝑎𝑢𝑠 𝑀𝑖𝑘𝑎𝑒𝑙𝑠𝑜𝑛 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora