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Acordei com o sol forte e leve brisa da manhã soprando em meu rosto, causando arrepios por todo meu corpo

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Acordei com o sol forte e leve brisa da manhã soprando em meu rosto, causando arrepios por todo meu corpo.
Abri os olhos lentamente e encarei o teto e sorri, feliz por sentir o ar em meus pulmões outra vez e não ter mais que aguentar dia após dia a dor agonizante de se estar literalmente no inferno, só que sem os tridentes e o diabo de fato. O demônio no qual me assombrava era o Klaus.

Peguei o celular que Aurora me deu e tentei mexer nele, mas são tantas aplicações e com um toque tudo muda, até que decidi desistir de tentar entender os aparelhos eletrônicos dessa época e me concentrei em algo melhor.

Me sentei na frente do espelho e fechei os olhos com calma, recitando um antigo feitiço de família. Como um dia eu já havia sido bruxa, a magia corre em minhas veias e feitiços só são possíveis com magia negra. Magia negra pode consumir qualquer um, mas é bem melhor do que não poder fazer nada.

Quando abri os olhos novamente, uma mão estava marcada no espelho com um líquido pegajoso preto.

Passei o dedo indicador sobre o líquido, sentindo sua textura conhecida por mim, coincidentemente igual ao líquido que me afundava na escuridão enquanto eu estava morta.

Me assustei com batidas na porta e encarei a mesma, desconfiada de quem seria.

— Entra — falei.

Lucien abriu a porta e colocou a cabeça para dentro do quarto, sorrindo, então entrou e se aproximou.

Voltei meu olhar ao espelho, mas a marca havia sumido, como se nunca houvesse estado ali.

— Está preocupada? — Ele perguntou, colocando as mãos sobre meus ombros.

— Não, é só que... — Minha voz falhou e soltei um suspiro. — Esquece. — Olhei para ele sorrindo. — O que eu fiz para receber essa visita?

— Olha, tem muitas coisas que eu poderia fazer uma lista, mas por ora vou dizer apenas que queria te ver.

— Me tira uma dúvida — me levantei e fiquei próximo a ele, olhando em seus olhos —, você é mesmo legal assim ou eu sou privilegiada?

— Eu não sou nem um pouco legal, você é previlegiada, sim. Mas eu posso fazer mais para provar o quanto sou legal.

— Como o quê?

Sem responder minha pergunta, colocou a mão em minha cintura e me puxou para si, encostando sua bochecha na minha e beijando meu pescoço.

Pensei em me afastar, mas não queria e tive que me segurar para não soltar um suspiro.

— E posso fazer muito mais — concluiu, sorrindo sem mostrar os dentes.

— Talvez um dia possa me mostrar — sorri também —, mas agora preciso que você saia para eu começar a me arrumar. Nada pode dar errado essa noite.

— E não vai. — Foi até a porta, piscando para mim antes de sair.

Tomei um banho e tentei esquecer o calafrio que aquele líquido preto me causava, mas ignorei esses pensamentos quando a água quente caiu sobre meu corpo.

 𝐴𝑙𝑖𝑣𝑒 ✦ 𝐾𝑙𝑎𝑢𝑠 𝑀𝑖𝑘𝑎𝑒𝑙𝑠𝑜𝑛 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora