o namorado de fachada

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Olá amores, eu tenho um comunicado a fazer. Este livro vai conter algumas cenas sobre crise de ansiedade. É um tema que eu considero de muita relevância, e por ser um assunto ainda muito desconhecido, no sentido das pessoas no modo geral não dominarem, não terem a empatia necessária e não saberem mesmo como lidar com alguém nessa situação, associarem tal questão a falta do que fazer e até falta de Deus, eu acho de extrema importância pincelar algumas coisas das quais eu acredito aqui. Claro, não será o foco do livro, e eu irei indicar as cenas para que não venha a ocorrer gatilhos com você, que é de certa forma, sensível a esse tipo de tema.

Eu acredito muito que um livro tem o objetivo de fazer com que conheçamos outras realidades, e nisso, aprendemos lições que levamos para o resto de nossas vidas. Então, se uma pessoa que ler esse livro mudar a sua perspectiva sobre questões emocionais, e se dedicar a ter ainda mais empatia com as pessoas que a cerca, eu já estarei muito feliz. Faço um apelo como ser humano, cuidem da saúde mental de vocês e das pessoas que convivem com vocês.

Ninguém faz ideia do que vive dentro do outro.

Fiquem bem, amores. Gratidão por ter lido até aqui, e boa leitura! ♡

⚠️A seguir, um trecho contendo uma crise de ansiedade. Se você for sensível a esse tipo de conteúdo, não leia. ⚠️

A formatura estava ocorrendo bem, se não fosse o fato de que, depois do pequeno intervalo, eu seria chamada para fazer o famoso juramento em nome de toda a turma.

Eu já tinha estudado a minha fala milhares de vezes. Milhares mesmo. Eu já tinha recitado na frente dos professores, de toda a turma. Eu repetia toda a minha fala no banho, na hora de dormir, mas, ver o espaço lotado de gente estava me deixando ofegante.

Pensamentos rodeavam minha mente, nenhum deles eram bons. E se eu errasse alguma palavra e todos rissem de mim? Se eu tropeçasse? Se todos se levantassem e fossem embora?

Sentia uma aflição.

E nisso, minha respiração foi ficando cada vez mais ofegante. O coração se angustiada ainda mais, e lágrimas banham o meu rosto. Corro para o banheiro a fim de que ninguém me veja nesse estado, e no caminho, acabo esbarrando em alguém.

— Kimberly? — ainda com a visão embaçada, sinto mãos em meus ombros, e por não saber de quem se trata, fico ainda mais nervosa. — Tudo bem Kimberly, sou eu, Dominic. Dominic Jhones.

— Amiga, vamos no banheiro. — Amber, minha amiga desde a infância, pega na minha mão e sou arrastada para o banheiro, ainda chorando e com a respiração ofegante.

— Você não sabe ler? Banheiro de meninas. —minha amiga diz me colocando em uma cabine do banheiro.

— Eu não vou deixar vocês sozinhas. — Dominic diz e Amber me coloca sentada na privada e se agacha ficando de frente para mim.

— Amiga, se concentra, daqui a pouco você vai ser chamada para o juramento e... — meu choro se intensifica ainda mais, e Amber proferi pedidos de desculpas enquanto me abraça.

Me sinto sufocada.

— Amber, deixa eu tentar, você está deixando ela mais nervosa. — ouço Dominic dizer e Amber após me encarar aflita, dar espaço para ele. — Oi Kimberly, não precisa ter vergonha de mim, tá tudo bem. Preciso que você se concentre na sua respiração, em normalizar ela, tudo bem? Respira comigo. — eu inspiro lentamente junto com Dominic e depois expiro, e pouco a pouco vou ficando mais calma.

— Sobre o juramento, não precisa ficar assustada, você vai se sair muito bem. Será memorável para todos. — fala acariciando o meu braço. — Não esquece da respiração. — ele diz em tom doce e enxuga algumas lágrimas que caiam em meu rosto, até que a sensação de perigo iminente vai sumindo.