𝗍𝗁𝗂𝗋𝗍𝗒-𝗌𝗂𝗑.

936 95 28
                                    

"𝖮𝗌 𝖻𝖾𝖻𝖾̂𝗌 𝖾𝗌𝗍𝖺̃𝗈 𝖺 𝖼𝖺𝗆𝗂𝗇𝗁𝗈!" 𝖤𝗎 𝗇𝗎𝗇𝖼𝖺 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝖿𝗂𝖼𝖺𝗋 𝗀𝗋𝖺́𝗏𝗂𝖽𝖺, 𝖾𝗌𝗌𝖺 𝖽𝗈𝗋 𝖾́ 𝗂𝗇𝖿𝖾𝗋𝗇𝖺𝗅!
---------------------------------------------------

- Acho que devemos fazer pontos aqui, e talvez um aqui, se sua barriga ficar apertada no casamento pode machucar. - Heyoon falava enquanto arrumava o vestido branco de casamento de Any.

- Eu nem acredito que mês que vem vou estar casada. - Me olhei no espelho.

- Eu espero que Noah cuide bem de você. - Heyoon me abraçou. - Você também espera que o papai cuide bem da mamãe, né, Ethan? - Olhou o bebê que estava sentado no chão comendo banana.

- Ele já vai fazer um ano! Como isso é possível? - Dei um sorriso sincero.

O tempo está passando muito rápido, extremamente rápido, Ethan já está andando, ele se segura nas paredes para conseguir ficar em pé, o que me preocupa é que ele não disse nenhuma palavra, e com um ano ele já deveria falar: papai, mamãe, tetê e outras coisas, mas não! Ele não fala nada.

- Ethan. - Chamei sua atenção.

Ele me olhou curioso.

- Vem aqui na mamãe. - Chamei.

Ele levantou do chão e veio andando de apoiando na parede.

- Isso, meu amor! - segurei sua mãozinha. - Senta aqui. - Coloquei Ethan sentando na minha frente.

- Acho que seu vestido está pronto, vou deixar um pouco mais solto já que sua barriga pode crescer mais um pouco.

Foi aí que eu comecei a sentir uma dor, não tão forte, mas incomodava.

- Heyoon... Eu preciso sentar. - Me contorci quando a dor aumentou.

Heyoon preocupada puxou uma cadeira que estava na porta da loja, eu me sentei no mesmo momento, tentando recupera a respiração.

- O que foi, Sina? - Heyoon se abaixou ficando da minha altura.

- Tá doendo. - Falei antes de soltar um gemido de dor - Porra, que dor!

A dor ia ficando cada vez mais forte, até chegar uma hora que ficou insuportável, eu já estava morrendo de dor.

- Que merda é essa? - Heyoon perguntou em um tom elevado ao ver uma água escorrendo pelo vestido. - Puta que pariu, sua bolsa estourou. - Ela começou a tremer.

- E agora? - Eu tentei manter a calma.

Ethan estava me olhando assustado, a ponto de chorar.

- Vamos fazer um parto... Como faz um parto? - Me olhou assustada - SABINA! - Heyoon saiu da loja me deixando sozinha. - Vou fechar a loja, não quero ninguém aqui dentro.

- Vai logo. - Pedi. - Ethan. - Olhei o menino que se encolhia no chão, provavelmente assustado com o tanto que eu gritava.

Eu tive que esquecer toda aquela dor e me levantar de uma vez, indo em direção Ethan, eu peguei o menino no colo e comecei a cantar e a sorrir, escondendo minha dor, dando atenção apenas a ele.

Eu andei pela loja com ele no colo, até sentir que o menino estava mais calmo.

- Sina, a meu deus, não tá doendo? - Sabina chegou perto de mim.

- Tá, sim. - Continuei sorrindo olhando para Ethan - Mas ele tava assustado. - Deixei uma lágrima escorrer ao sentir a dor ficando mais forte. - Agora eu preciso que alguém segure ele. - Falei quase tombando no chão pela dor aumentando.

- Pega ele Heyoon, leva pra fora, eu vou fazer esse parto aqui e agora. - Sabina falou séria.

Assim que Heyoon saiu, Sabina pegou um tecido branco na loja e colocou no chão.

- Deita aí, quanto mais rápido melhor. - apontou para o pano.

Com um pouco de dificuldade eu deitei em cima do tecido.

- Tu já dilatou assim tão rápido? Acho que você está em trabalho de parto desde cedo viu? Só não sentiu dor. - Riu.

- Eu nunca mais quero ter um bebê de novo. - Choraminguei.

- Deu de drama, agora esses bebês tem que sair! Empurra, Sina. - Sabina me olhou com raiva. - Se você não empurrar eu vou puxar.

O que seria pior? Arrancar um bebê de mim ou eu mesma tirar empurrando?

- Eu não consigo - Tentei colocar força. - É impossível. - Me entreguei de uma vez ao choro.

Ouvi a porta da Loja ser aberta, era Any.

- Sina, por favor continua empurrando. - Sabina pediu desesperada.

Any se sentou do meu lado e segurou minha mão com força.

- Você consegue, você é forte, só mais um pouco. - Any tocou meu rosto.

Assenti e tentei mais uma vez, era como se quanto mais eu empurrasse mais a dor aumentava.

- Eu não tô vendo o bebê. - Sabina começou a se desesperar. - Empurra mais, são dois bebês, precisam sair agora!

- Vamos Sina, você consegue! Sei que consegue. - Any me passava confiança toda hora.

Eu estava cansada, aquilo doía e me deixava cansada, eu só pensava em uma pessoa.

- Eu quero o Noah. - Choraminguei mais uma vez. - Por favor. - Olhei para Any.

Ela assentiu e soltou minha mão, saindo correndo pela porta em direção minha casa.

Eu continuei empurrando, enquanto chorava e gritava.

- Tá vindo uma, empurra mais e eu te ajudo, vou puxar. - Sabina se posicionou para me ajudar.

Eu empurrei mais duas vezes e ouvi um chorinho, agora eu chorava de alegria ao ver a bebê no braço de Sabina.

- Amor. - Noah estava desesperado.- Calma. - Ele se posicionou atrás de mim.

- Any, pega ela e joga água no corpo. - Deu a bebê para Any.

- Eu não consigo mais respirar. - Tentei puxar ar, mas não conseguia.

- Amor, eu estou aqui com vocês. Respira fundo e empurra, por nossa filha. - Noah olhou no fundo dos meus olhos.

Eu respirei fundo e gritei, empurrando com força, sem parar, eu estava ficando fraca e minha visão estava ficando escura.

- Tá aqui, você conseguiu, Sina. - Sabina puxou a bebê com cuidado e deu para Joalin. - Sina?

Eu estava ficando sem ar ali.

- Ela está muito mole. - Noah me puxou. - Amor, o que foi? Sina? - Ele segurou meu rosto.

Minha visão embaçou e meus olhos foram se fechando, e tudo ficou preto.

Minha visão embaçou e meus olhos foram se fechando, e tudo ficou preto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝘁𝗵𝗲 𝗱𝗲𝗽𝗿𝗲𝘀𝘀𝗶𝗻𝗴 𝗴𝗶𝗿𝗹. ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora