Capítulo 35

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George era um cavalheiro nato. Quando entramos no restaurante e pegamos a nossa mesa ele puxou a cadeira para mim e se sentou a minha frente. O garçom entregou o cardápio e escolhemos alguns frutos do mar e champanhe. Comemos e quando terminados nos entregamos a conversa que ele conduzia bem com seu lindo sotaque inglês.

— Eu adoro ostras. — ele disse.

— Na verdade eu comi poucas vezes, mas gostei do sabor. 

George tomou mais um gole do seu champanhe e eu fiz o mesmo já sentindo minha cabeça rodar.

— Eu reparei uma coisa em você. — me encarou — Não se sente tão a vontade em lugares tão refinados. Aposto que iria preferir um hambúrguer. —  riu.

— Observou bem. — arqueei as sobrancelhas — Eu gosto de lugares assim, mas me sinto melhor em lugares simples e menos caros.  — ri.

— Poderia ter me levado a uma lanchonete. Eu não me importaria. — me olhou nos olhos. 

— Então vou levar você em uma na próxima.  — afirmei.

— Eu adoraria comer um hambúrguer bem gorduroso com você. — disse sendo irônico e engraçado. 

George era legal. Se tivesse conhecido ele antes talvez tivesse uma chance disso ser real, mas nesse momento ele era só um cara e mais nada.

— Você pretende levar isso como um encontro real?  — perguntou. 

— Bom, apesar de não ter isso no contrato, quero deixar claro que não tenho intenção de me envolver sentimentalmente. — respondi. 

— Não estou falando de amor. Só do encontro.  — sorriu — Quer que seja sério?

— Bom, sem relações sentimentais, tudo vale. — sorri.

George me olhou e sorriu como se pensasse em algo.

— Então eu posso beijar você?

Ele era bonito, gentil, divertido e sedutor. Talvez eu devesse mesmo beija - lo.  Afinal, eu estava tentando ter emoção e adrenalina na minha vida.

— Você pode me beijar. — disse.

Eu parecia segura dizendo aquilo, mas por dentro eu ainda tinha dúvidas se seria certo. Mas liguei o modo foda se e deixei que ele arrastasse sua cadeira para perto de mim e se sentasse ao meu lado. Quando suas mãos foram para cima do meu joelho senti um frio na barriga que no mesmo instante foi parado pelo toque do meu celular.

— Eu preciso atender.  — disse fazendo George tirar sua mão da minha perna.

Respirei fundo e atendi o meu celular que tocava insistentemente. Para a minha surpresa era da minha casa. Steve estava me dizendo que havia um problema. Uma briga entre dois dos meninos. Billy e, sem nenhum espanto, Shawn. 

— O que houve?  — George perguntou. 

— Precisamos voltar para casa!  — afirmei me levantando. 

[...]

Shawn tinha que socar a cara de algum dos meninos. Eu sabia que alguma coisa desse tipo iria acontecer.  Não sei onde estava com a cabeça em aceitar que ele ficasse na minha casa com os outros. 
Assim que cheguei e abri a porta me deparei com todos na sala e Billy todo roxo.

— Eu saio pela primeira vez e vocês começam clube da luta?  — gritei irritada.

— Esse idiota quem começou!  — Billy, sendo segurado por dois, gritou.

New Girl - (AGCG Volume 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora