New Girl - (AGCG Volume 2)

capítulo 32

Eu realmente me sentia louca,  mas eu queria me sentir assim. Depois de Dean eu recebi os outros nove e escolhi dentre eles sete.
Dean, o moreno forte; Steve, louro de olhos claros e pele perfeitamente sedosa; Carlos, latino e super animado; Patrick, magro, alto e tatuado;  George, nascido em Londres, cavalheiro e um legítimo inglês; Joe, cabelos grandes e músico; E por fim, Billy, musculoso, sexy e alto. 

O dia em que eles se mudaram foi extremamente estranho para mim. Eles perguntavam se eu tinha fetiche naquilo, mas eu nem sabia responder. Talvez fosse um fetiche, mas no meu caso não era. Era como uma fuga de mim mesma. Era como ser alguém diferente. 

— Bom dia! — disse Billy ao descer as escadas só de cueca. 

— Oh, meu Deus! — pulei do sofá. 

— Eu assustei você? — franziu a testa. 

Na verdade assustou. Eu não tinha me acostumado com aquilo. Naquele momento vi o tamanho da loucura do que estava fazendo, mas engoli a seco e respirei fundo. 

— Não, eu só estou me adaptando ainda. — voltei a me sentar. 

— Eu vou beber um pouco de café. — disse me achando totalmente estranha e saiu. 

Eu pensei em desistir, mas era isso que a Camila de antes faria. Eu era uma nova garota e queria arriscar um pouco as coisas e dar emoção a minha vida. 

— É estranho ter sete homens andando de cueca em casa? — disse uma voz. 

— Ah, bom dia George! — sorri. 

— Estou de calças. — disse apontando para as suas pernas e rimos. 

— É só um pouco estranho. — rolei os olhos.

George, como o bom garoto inglês, se sentou ao meu lado, mas foi cavalheiro o suficiente para não ser invasivo. 

— Se está sendo estranho por que quis sete homens na sua casa? — franziu a testa. 

— Boa pergunta, George! — ri — É um misto de coisas que aconteceram e me trouxeram até aqui. 

— Quero ouvir. 

— Longa história.  — bufei.

— Então pelo menos poderia me dizer o que pretende fazer com a gente? — me encarou. 

— Bom, me divertir, sair, dançar, beber e conversar. — disse. 

— Está solitária a esse ponto? 

Aquilo mexeu comigo e me fez pensar por alguns segundos. Eu não estava solitária. Não mesmo. Eu até tinha um namorado a dias atrás. Eu só quis fazer isso, mais nada. Pensei.

— Não é solidão. Sou apenas uma garota querendo viver a vida. — expliquei. 

— Ótimo. — sorriu — Então deveria me chamar pra sair já que é a anfitriã do... seja lá o que for isso. — riu divertido. 

— É, eu deveria chamar alguém para um encontro. — pensei — George, você quer sair essa noite? 

— Seria uma honra. — assentiu com a cabeça. 

E eu me senti animada. Talvez fosse isso que ele sentia quando escolhia uma de nós. Ele devia se sentir animado para seguir a vida. Shawn nos usava pela emoção que havia perdido quando Savana supostamente morreu. E enquanto pensava nisso e olhava o sorriso gentil e galante de George, a campainha tocou. Me levantei e fui em direção a porta. Naquele momento senti como se alguém estivesse em minha cabeça ouvindo os meus pensamentos.