Prólogo

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Solidão, abandono, bebidas, festas, sexo e drogas. Esse é o resumo básico da sua vida.

Você não sabe quem é seu pai por ele ter deixado sua mãe quando ainda era criança. Sua
mãe, morreu quando tinha doze anos.

Todo dia que passa você amaldiçoa seus irmãos por terem te largado. Eles hoje em dia devem achar que você é uma empresária de sucesso ou uma milionária metida a fodona, ambos sabiam o quanto você era empenhada em ser alguém na vida.

Você mora em uma casa não muito grande e nem muito pequena, uma casa que dê para alguém morar sozinha. A casa era de uma vizinha que cuidou de você e infelizmente morreu de câncer. Você sobrevive com o pouco dinheiro que foi deixado por ela que dá para uns dois anos – com sorte.

As vezes consegue arrumar emprego mas, sempre é demitida por agredir alguém que lhe irritou ou se demitiu por achar o emprego entediante.

Resumindo... sua vida é uma merda.

Estava jogada no sofá com uma garrafa de vodka pela a metade em uma mão e um baseado em outra, pensando em quão patética sua vida se tornou de uma hora para outra.

Um dia delinquente e em outro desempregada, largada e abandonada.

Sua melhor e única amiga morreu em uma rincha de gangues, virou alvo por ser irmã do líder e foi atacada enquanto andava na rua.

E o seu outro melhor amigo que era um gangster, se suicidou para salvar alguém – de acordo com o próprio.

Vida de delinquentes se tornam ferradas com o passar do tempo ao seu ver.

— Acho que eu vou naquele bar hoje - Murmurou deixando a garrafa no chão e apagando o baseado — Essa vida é um saco.

Depois de andar um pouco finalmente chegou no bar, que não era tão longe de sua casa.

Virando garrafa por garrafa no intuito de esquecer a própria existência até não lembrar o próprio nome.

Com um bufo, resolveu ir para a casa tentar ter o belo sono que qualquer ser vivo deveria ter.

— Eii, gatinha! está tarde para andar em a noite em ruas tão perigosas, sabia? - Um homem, adolescente, seja lá oque disse, um sorriso estampado em seu rosto — Quer companhia?

— Dispenso - Falou sem sequer dirigir o olhar ao mesmo — Boa noite.

Mas talvez cooperar não estava nos planos do homem, pois saiu do lugar onde estava se revelando com mais dois comparsas.

Quando o que parecia ser mais velho, fez a menção de alisar seu braço teve o pulso agarrado com velocidade por sua pessoa.

Virou o pulso e puxou o homem para mais perto dando uma ajoelhada no maxilar alheio o deixando desnorteado.

Bom os que acompanhavam o homem tiveram um destino parecido, ou pior.

Mesmo guardando um "leve" ressentimento por seus irmãos agradece o fato de ter aprendido a lutar com eles – mesmo que quem mereça os créditos seja outra pessoa.

— Vocês são irritantes - Disse dando um chute na barriga de um deles — No final as aulas de luta serviram para alguma coisa, não é?

Começou o mesmo caminho para sua casa e sentiu suas costas queimarem por um par de olhos, mas não poderia se importar menos.

Chegou em casa tendo o objetivo de tomar um banho para aliviar um pouco a dor de cabeça infernal que estava começando a ter.

Quando de banho tomado olhou ao redor da pequena sala vendo a enorme bagunça que alí tinha.

The Carnation And Rose - Manjiro Sano.Onde histórias criam vida. Descubra agora