Capítulo 02

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Você abriu os olhos os fechando em seguida tentando se acostumar com a claridade. A primeira coisa que percebeu era que estava em uma sala fechada, tendo uma única porta como saída.


Reprimiu o riso ao ver a situação quase cômica dos criminosos mais perversos do país, tal vontade morreu ao se ver algemada em uma desconfortável cadeira.

— Mas que porra é essa!? - Gritou irritada com tal situação — Estão loucos, seus otários? Me tirem daqui!

— Não acha que deveria pedir desculpas por agredir meus subordinados? - Disse o agora conhecido, Manjiro, em um tom de voz calmo. — Anda pede logo, e te soltamos.

— Vocês arrombaram a porta da minha casa, me sequestraram enquanto eu dormia, me apagaram e me prenderam e eu que tenho que me desculpar? É uma piada?

— Ela tem um ponto - Falou Kakucho, dando um gemido de dor em seguida. — Mas ela ainda é perigosa.

— Me tirem daqui eu quero voltar para minha casa! - Gritou balançando a cadeira. — Eu estava melhor lá.

— Melhor lá? Eu poderia facilmente dizer que você estava sobrevivendo por sorte - Apontou Sanzu — Iria sobreviver só de comida instantânea e esperar pegar um câncer?

A afirmação alheia tirou um revirar de olhos de sua parte.

Começou a balançar a cadeira tentando desesperadamente sair do aperto das algemas.

— Eu tenho um compromisso. Se vocês tem amor a própria vida eu os aconselho a me soltar, agora.

O seu tom de voz tirou uma careta do "comandante" do grupo.

Takeomi em outra ocasião recusaria o seu pedido resultado em mais brigas, mas o mais velho sabia do tal compromisso inadiável.

— Takeomi, o que está fazendo? - Indagou Kokonoi vendo o colega lhe liberar — 'Cê enlouqueceu? A gente vai acabar morrendo.

Já livre do aperto das algemas, olhou para seu irmão esperando o pedido que com certeza viria.

— Uma mulher vende flores em frente ao cemitério.

— Valeu - Falou indo em direção a porta. Com certeza Takeomi era o irmão que mais odiava, mas não podia negar o quão bem você e ele se entendiam — Se eu faltasse hoje ele puxaria meu pé - Disse dando um sorriso forçado.

-— Espera! - Gritou o Akashi mais velho, você se virou olhando para ele — Depois você volta, ainda temos muito o que conversar.

— E se eu não voltar? - O confrontou, a frieza no tom de voz gelando até a alma.

— Você vai voltar, [Nome].

— Por quê pensa assim, velho?

— Porque você é minha irmã, e temos muitos assuntos inacabados - O mais velho foi até você colocando um brinco dourado na sua orelha.

— O que é isso?

— Você vai precisar.

Você deu de ombros e tentou encontrar a saída, evitando contato visual com qualquer um da sala.

Depois de tantos corredores errados finalmente chegou no portão que dava a saída – ou entrada.

Quando passou pela porta de vidro, deu de cara com o segurança do lugar. O homem a analisou de cima abaixo parando os olhos no brinco e logo abrindo passagem.

"Saquei, velho" - Você pensou, depois que tomou uma distância segura. — Acho que isso vai facilitar a minha vida.

E o compromisso? Bom...

The Carnation And Rose - Manjiro Sano.Onde histórias criam vida. Descubra agora