In the name of love

♤Capitulo 28♤

  "Isso tudo já aconteceu antes. Várias e várias vezes. Não eram sonhos. Não eram memórias. Eram um aviso."
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  Conforme os pedaços de madeira queimavam, a fumaça tomava conta do lugar até então desconhecido. Gritos de desespero e gritos de alegria podiam ser claramente ouvidos. Joohyun não acreditava que aquilo poderia ser real. E não era. Era mais um sonho, certo? E parecia tão real quanto todos os outros. Seulgi estava um pouco distante e parecia assustada com o que estava acontecendo. Sim, haviam mulheres sendo queimadas na fogueira. Em que época estavam agora?

  -Eles sempre fazem isso e ninguém tenta impedir. - Joohyun pôde reconhecer a voz de sua melhor amiga
  -É porque ninguém está disposto a ter o mesmo destino. - Agora Seulgi estava perto das duas
  -Vocês também têm medo, certo? - Seungwan pergunta tomando a atenção das duas mais velhas para si - De acabarem assim. - explica
  -Não vamos acabar assim. - Joohyun diz em um tom completamente sério

  E como no primeiro sonho, ela saltou para um lugar diferente. Era uma casa pequena e aparentemente velha. Alguns homens adentraram o lugar segurando pedaços de madeira e facas. Eram os mesmos que assistiam com um sorriso nos lábios pessoas serem consumidas pelas chamas antes. O que eles faziam ali? Joohyun temia que o que viera em sua cabeça fosse a realidade ali.

  -É bom que estejam juntas aqui. - o primeiro homem disse aproximando-se de Joohyun e Seulgi
  -O que fazem na minha casa? - A mais velha pôde reconhecer o rosto de seu pai. Então ele estava ali.
  -Viemos buscar as garotas. - o segundo homem disse sorrindo de uma forma estranha
  -O que quer com elas? - O tom do homem agora era de medo
  -Não sabe o que as duas andam fazendo por aí? - o primeiro homem diz
  -Elas estão sendo controladas pelo diabo! - o terceiro homem cospe suas palavras
  -Sabe o que vai acontecer com as duas agora, certo? - o quarto homem disse em um tom calmo - Sinto muito por isso. - diz alternando o olhar entre as três pessoas ali presentes - Estar aqui não significa que eu concorde com isso. - diz baixo - Só estou cumprindo o meu dever.
  -Vocês não podem leva-las! - o homem diz entrando na frente das garotas - Elas não fizeram nada de errado.
  -Tio? - Seulgi o chama - Não há mais nada que possamos fazer. - diz indo até um dos homens que queriam leva-las - Eu sou a única culpada aqui.
  -O que está fazendo? - Joohyun pergunta assustada
  -Está me ouvindo? - dirige-se novamente ao homem em sua frente - Eu sou a única culpada aqui. Disse que estamos sendo controladas pelo diabo, certo? Bem, ela está. Eu sou o diabo aqui. Eu fiz isso com ela. Eu estou controlando ela. Quando vocês acabarem comigo, ela volta ao normal. - diz séria
  -Não! - Joohyun tinha lágrimas escorrendo por seu rosto - O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? POR QUE ESTÁ MENTINDO? - gritava, mas Seulgi permanecia do mesmo jeito
  -Tem noção do que está dizendo? - o primeiro homem pergunta
  -Estou dizendo a verdade. Deixe-a em paz e leve somente a mim. - diz e o homem olha em direção aos outros que apenas assentem
  -Certo. Levem-na! - diz e os outros aproximam-se para a levarem
  -NÃO! NÃO! O QUE ESTÃO FAZENDO?! NÃO TOQUEM NELA! - Joohyun tentava afasta-los de Seulgi
  -Não se preocupe comigo. Cuide dela! - Seulgi diz para o pai de Joohyun que assente indo até a filha
  -PAI, VOCÊ VAI DEIXAR QUE A LEVEM?! VOCÊ PODE IMPEDIR ISSO, PAI! SALVE ELA POR FAVOR! - a jovem gritava em desespero enquanto via os homens carregarem Seulgi para fora da pequena casa. Era um sonho. Era apenas um sonho. Ela sabia disso. Ela sabia, mas conseguia sentir tudo o que aquele momento transmitia.
  -Uma garota passou hoje cedo e nos contou sobre vocês. - contou o quarto homem - Acho que ela não gostava de ver vocês felizes. Peço desculpas por isso de novo. - disse antes de ir atrás dos outros. Então era isso. Mais uma vez alguém não queria ver as duas juntas. Mas quem poderia ser.
  -Precisamos ajuda-la! Precisamos busca-la! Vamos contar a verdade, pai. Eles vão entender. - a garota dizia tentando se soltar dos braços do pai
  -Não, eles não vão entender, filha. Isso acontece todos os dias. Você sabe disso. - disse calmamente - Ela fez isso por você. Faça valer a pena.

                       *Sonho off*

  Aquela foi a última coisa que Joohyun escutou antes de acordar. Novamente viu Seulgi partir e não fez nada para impedir. Seu peito doia e sua respiração estava acelerada. Levantou-se da cama e saiu em direção a cozinha para buscar um pouco de água.

  -Está tudo bem? - Seungwan perguntou. Havia achado estranho o fato de Joohyun nem sequer ter notado a mais nova sentada no sofá da sala
  -Está sim. - deu um sorriso forçado
  -Você parece aflita. Teve um sonho ruim? - pergunta e a mais velha assente - Foi com a Seulgi, certo?
  -Não foi nada demais, Seungwan. Não se preocupe! - diz tentando fazer a outra esquecer disso - Eu vi meu pai no sonho. - sorri - Ele estava igual. E você também estava.
  -Sou uma personagem regular. - sorri - Você não vive sem mim em nenhuma vida, certo?
  -Teria sido melhor ficar calada.
  -Tem planos para hoje? - muda de aasunto
  -Não tenho. Por quê?
  -Faz algum tempo que não saimos juntas. Apenas nós duas, sabe? Vamos ao parque! - sorri
  -Não quero. - diz e vê o rosto de Seungwan ser preenchido por uma expressão de decepção - É brincadeira! Vamos onde você quiser! - sorri fazendo a amiga sorrir também
  -E quando sairmos do parque vamos a um restaurante novo que abriu aqui perto. O que acha?
  -É uma boa ideia. Podemos ver um filme agora. O que acha?
  -Daqui a pouco tenho que levar a Yeri em casa. - diz deixando a mais velha confusa
  -Não lembro de ter visto a Yeri ontem a noite.
  -Ela veio depois que você foi dormir. Estava um pouquinho bêbada. - sorri - Ela está no banho e depois vou leva-la em casa.
  -Ela aprontou alguma coisa? Seulgi disse que quando a Yeri bebe fica um pouco doidinha. - diz e Seungwan ri
  -Ela não fez nada. Só perguntou se eu tinha namorada. - ri ao lembrar da cena
  -Ela perguntou mesmo isso? - ri também
  -Ela pegou no sono pouco depois disso.
  -Entendo. Vou preparar o café da manhã. Me ajuda?
  -Claro! - sorri