Tudo por quem ama

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--Will e Sophy são amigos desde a infância, na verdade ela era a única amiga que ele tinha.

--Como? Mais Will sempre foi tão comunicativo. --resmungou o moreno confuso, lembrava bem que Will sempre fora extrovertido.

A garota apenas balançou a cabeça em negação.

--Will era um garoto fechado, lembro que nenhuma criança gostava de chegar perto dele.

--Por que? —Nico a encarou confuso.

--Também não sei—a morena deu de ombros—Bem, eles eram carne e unha e depois viraram praticamente irmãos. Viajavam juntos, dormiam um na casa do outro e tudo mais. Parece que foi nas férias, ela viajou com a mãe e ficou longe por mais ou menos um mês se me lembro bem. Depois do dia que ela voltou tudo desandou.

--Desandou? Como assim? –Nico estava ficando nervoso.

--Começou a ficar distante, eles começaram a brigar por qualquer coisa.

--Sem motivos?

--Eu não sei, tia Naomi ficou bastante triste quando eles pararam de se falar. E no dia que Will chegou chorando foi...desesperador. —os olhos de Reyna eram janelas de uma melancolia sombria. Will era o mais próximo que ela tinha de uma família e quando viu a forma como o loiro havia ficado depois da partida da morena foi aterrorizante. —No dia seguinte Sophy viajou e não deu mais notícias.

--E eu encontrei Will chorando no parque tarde da noite...—completou, tudo ficou no mais sombrio silêncio. –Eu preciso saber o que aconteceu. —disse se levantando e começando a andar pela sala, enquanto bagunçava o cabelo.

--Infelizmente eu só sei disso...—ela respirou fundo, poderia ser uma cartada arriscada. Muito arriscada. —Mais eu sei de alguém que pode te contar o que quer saber.

Nico se virou para a garota rapidamente.

--Quem?

--É arriscado e nós três podemos sair ferrados mais na frente. —o garoto franziu o cenho.

--Quem pode me ajudar? —perguntou por fim. Respirando fundo enquanto colocava a xicara na mesa de centro ela finalmente respondeu.

--Leonardo Mizuke, o namorado da Sophy.

~...~..~

--Você e sua mania de acordar cedo—comentou o moreno assim que Sophy entrou na casa.

--Não me culpe se você é um dorminhoco. —sorriu dando um beijo no moreno. —Acordou faz muito tempo?

--Não muito—respondeu, enquanto via a namorada tirar a regata suada e ficar de top. Ele amava aquela tatuagem dela.

--Se você não piscar, vai ficar com os olhos doendo—ela comentou brincalhona. Ele apenas deu de ombros. —Vou me jogar uma água, já que eu volto.

E subiu as escadas para o quarto do casal, namorava o Mizuke a praticamente três anos, quase quatro. Não demorou muito no banho, estava faminta. Após vestir-se desceu as escadas correndo.

--Não, tudo bem. Passo por ae mais tarde. —ela ouviu o namorado responder.

--Quem era? —questionou enquanto ia para a cozinha e ele desligava a ligação.

--Meu pai—bufou revirando os olhos.

--Aconteceu alguma coisa? —franziu o cenho preocupada.

--Não sei direito—deu de ombros agarrando a cintura da morena que estava encostada no balcão da cozinha.

Uma Segunda Chance Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora